sexta-feira, 20 de maio de 2011

Receitas com cascas de frutas: dizendo não ao desperdício

(imagem da internet)


Outro dia postei sobre o desperdício de alimentos no mundo. Hoje apresento minha modesta contribuição para evitar tal desperdício. Sei que se trata de uma gotinha num oceano, mas o oceano, afinal, é feito de muitas gotas. Não consigo pensar em jogar fora qualquer sobra sem pensar na fome de milhares. Portanto, aí vai uma receitinha criada para aproveitar cascas.


BOLO DE CASCAS DE BANANA

Ingredientes


2 xícaras (chá) de cascas de bananas maduras

4 gemas

4 claras em neve

2 1/2 xícaras (chá) de açúcar

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

5 colheres (sopa) rasas de margarina ou manteiga

2 colheres (sopa) de fermento em pó

Canela em pó para polvilhar

Modo de preparo

Bater no liquidificador as cascas de banana com 1/2 xícara (chá) de água. Reservar. Na batedeira, bater a margarina, as gemas e o açúcar até obter um creme homogêneo. Misturar as cascas de banana batidas, a farinha e o fermento. Por último, envolver as claras em neve, sem bater. Polvilhar com canela em pó, antes de levar ao forno. Assar em forma untada por cerca de 30 a 35 minutos.

(receita cedida por http://www.dako.com.br/)


Quer mais sugestões para o aproveitamento de cascas? Visite o site Minha Vida e irá encontrar: Farofa com cascas de abacaxi e talos, Filé de frango empanado e casca de banana frita, Doce de casca de abóbora e Geléia de casca de melão.

Experimente uma dessas gostosuras e tenha um ótimo fim de semana. Beijos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rapidinhas da cozinha: queijo minas especial, uai!

(imagem da internet)

Vi na tv e compartilho: na Universidade de Uberaba, MG, mais especificamente no curso de Engenharia de Alimentos, um time de pesquisadores chegou a uma receita do nosso delicioso queijo minas sem sódio. Carinho e dedicação com os hipertensos: eles vão poder continuar usufruindo dessa delícia, agora temperada com cloreto de potássio, que, além de fazer bem para a saúde, ainda equilibra o sódio no corpo. Ponto para os pesquisadores da nossa terrinha das Gerais e meu reconhecimento a todos os brilhantes pesquisadores deste nosso Brasil. Quem quiser saber mais visite: http://www.uftm.edu.br/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Desperdício global

(imagem da internet)
Relatório da ONU revela que um terço dos alimentos produzidos no mundo vão para o lixo

Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos produzidos para o consumo humano - um terço do total - é desperdiçado todos os anos, segundo um estudo feito pelo instituto sueco SIK e divulgado recentemente pela agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês). Todos os anos a quantidade total de comida desperdiçada só pelos consumidores nos países ricos (222 milhões de toneladas) é quase o equivalente ao total de alimentos produzidos na África Subsaariana (230 milhões de toneladas).

Apesar da quantidade total de comida jogada fora nos países emergentes e nos desenvolvidos ser quase a mesma - (630 e 670 milhões de toneladas, respectivamente -, o modelo de desperdício é diferente. De acordo com a FAO, enquanto nos países pobres a maior parte dos alimentos é perdida durante o processo de produção e transporte, nos países ricos os responsáveis pelo desperdício são os consumidores (grifo meu). Na Europa e na América do Norte, a média de desperdício per capita está entre 95 e 115 quilos ao ano; já os consumidores da África Subsaariana e do Sudeste Asiático jogam fora entre 6 e 11 quilos anualmente.

"A perda de comida também constitui um grande desperdício de recursos, incluindo água, terra, energia, trabalho e dinheiro, sem falar dos gases do efeito estufa, que são emitidos em vão", assinala o relatório.

(Fonte do texto: desconhecida)


Enquanto isso, milhares morrem de fome...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Este veio do bloguinho da Zizi

Mais um selinho: desta vez do Bloguinho da Zizi, generosa como sempre. Tem um questionário longo para responder, além de indicações de blogs, o que farei num outro momento. Por enquanto, só o meu 'muito obrigada'.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Rapidinhas da cozinha: nova pesquisa sobre o sódio

(imagem da internet)


POLÊMICA. Pesquisa contesta redução da substância para combater pressão alta

ESTUDO DIZ QUE DIETA DE BAIXO SAL É INEFICAZ, MAS MUITOS DISCORDAM
Orgãos de saúde pública dos EUA dizem que a análise é inconclusiva.

EFEITO COLATERAL
Déficit de sódio pode ser ruim

Michael Alderman, pesquisador de pressão sanguínea na Faculdade de Medicina Albert Einstein e editor da "Revista Norte-Americana de Hipertensão", disse que a literatura médica sobre o sal e seus efeitos sobre a saúde ainda é inconsistente, por falta de estudos mais abrangentes e mais bem desenvolvidos. Entretanto, ele pondera que o novo estudo não é o único a encontrar efeitos adversos nas dietas de baixo sal. Ele mesmo já realizou um estudo com pessoas que tinham pressão alta e descobriu que aquelas que consumiam a menor quantidade de sal eram as mais prováveis de morrer.

Segundo ele, uma redução no consumo de sal tem consequências além da pressão sanguínea. Menos sal, por exemplo, aumenta a resistência à insulina, que pode aumentar o risco de doença cardíaca (por causa do diabetes tipo 2, grifo meu). "A questão da alimentação é uma coisa complicada", disse Aderman. "Quando se mexe em uma coisa, vai haver consequências não intencionais em outra." (Gina Kolata, no The New York Times)


Controvérsias a parte, até em relação ao tal estudo, criticado publicamente pelo geralmente discreto Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA, que ninguém vá sair por aí enchendo o prato de sal. NADA DE 'LIBEROU GERAL'! O grande segredo de tudo - até para responder à objeção de Aderman sobre a questão da alimentação ser complicada - é moderação. Até água demais faz mal à saúde. Tudo na medida certa.

Quem quiser ler a matéria completa, publicada no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, edição de segunda-feira, 09/05/2011, é só acessar http://www.otempo.com.br/

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mão na massa: voltando no tempo

(imagem da internet)

Conheci a jornalista Maza de Palermo há alguns anos, através de um primo dela que era íntimo de um amigo muito querido meu e que já partiu para o plano espiritual. Nunca convivi com ela, mas acompanho seu trabalho criativo e escolhi um de seus poemas a postagem de hoje.

CANTO AO PÃO

Pão que te amei a vida inteira

Muito antes de ter dentes

Para saber a tua carne de farinha.

Pão que me segues feito um homem, como um cão,

Sombra de minha sobra.

Dividir o pão

Para somar um homem ao outro

O cão ao gato, o miolo à casca.

Pão para todos os homens.

Pão que nunca foi ao forno.

O pão de Marietta - ninguém nunca mais.

Vá, bambina, faz a cruz no ventre da farinha.

Amém.

Pão que não se aprende em livro de receita.

Por duas vezes te fiz pedra.


É preciso ser homem para te merecer como alimento?


É preciso ser santo para sagrar teu corpo bíblico?


Pão que amasso, sovo, afago


Até sentir que não tenho mais braços


E as minhas mãos se acabam


Sobre o teu corpo imortal de farinha e água.


O poema que segue é de autoria da colaboradora de um projeto interessante. Com a troca dos saquinhos plásticos por outros biodegradáveis, um fabricante teve uma idéia interessante: está convidando os clientes a fazerem parte das embalagens Eu Amo Pão, feitas de papel. O nome da autora é Rita Baldez.



EU AMO PÃO



Bendito seja o trigo,



que da mão do padeiro amigo,



sai o delicioso pão,



que alimenta a criança e todo cidadão.



No forno ou na brasa, chega quente em nossa casa,



para uma boa degustação.



Pão com queijo ou com mel,



está na mesa do soldado e do coronel.



Para dizer a verdade,



Jesus também gostou de pão,



apenas com cinco unidades,



alimentou uma multidão.



Na Mesa do Altar, que alegria!



Jesus nos deixou sua presença no Pão da Eucaristia.



Curiosidade: um dos alimentos processados mais antigos do mundo, o pão surgiu provavelmente na Mesopotâmia, há 6.000 anos.




segunda-feira, 9 de maio de 2011

Alpiste humano

(imagem da internet)

Já fui hippie. Na América, o movimento surgiu em oposição à guerra do Vietnã. Jovens americanos, aos milhares, eram enviados ao front de um país que mal conheciam de nome. Os que não morreram, voltaram com sequelas físicas e/ou emocionais - afinal, a população civil, miserável, fora massacrada.

No Brasil, a atitude flower power teve outro desenho. Gente cansada de uma sociedade consumista e neurótica, resolveu aproveitar o modelo e partir para um estilo de vida mais simples, gregário, em comunidades cooperativas. Longos cabelos, roupas coloridas, dedos em V e muitos sonhos de paz e amor eram a tônica daquele momento. As drogas, alucinógenas, serviam às 'viagens' coletivas, sem violência. Sem abuso. Outros tempos.

Por essa época, foi introduzido no Brasil, por Tomio Kikuchi, um sistema alimentar criado pelo japonês George Osawa. Chamava-se macrobiótica = vida longa, vida maior. Nada de carne; verduras e cereais bem cozidos; sopas temperadas com molho shoyu; algumas raízes exóticas; e chás, muitos chás. Proliferaram os restaurantes e eu, que morava no Rio de Janeiro, vivendo meu primeiro casamento com um carioca, almoçava no Zan, do Flávio Zanata, ou na Associação Macrobiótica, ambos próximos do meu local de trabalho.

Bons tempos: a gente fazia a dieta de uma semana de arroz integral para desintoxicar e sentia uma leveza quase próxima da euforia. Era uma comidinha viciante, porque era leve e saborosa. E me fez um bem enorme: educou-me para uma opção alimentar mais saudável.

Hoje, alguns bons anos depois, não uso mais este sistema. Até porque o próprio Kikuchi disse, certa vez, que dietas são para curar problemas específicos; depois pode-se comer de tudo, guardando, obviamente, a moderação.

Continuo comendo muito arroz integral, embora não siga os preceitos macrobióticos no preparo. O sabor é muito mais agradável, o valor nutritivo é sem comparação com o beneficiado(?) e, de quebra, come-se menos, porque sustenta mais. Ou seja, reduz-se a ingestão de carboidratos, que viram gordura abdominal e triglicérides.

O modo de preparar preconizado pelo sistema macrobiótico é assim: coloca-se em uma panela de pressão o arroz e a água, na proporção de 3/1. Por exemplo, para uma xícara de arroz integral, três de água. Sem qualquer tempero. Cozinha-se lentamente e come-se com gersal e salsa picadinha por cima. O gersal é um preparado com sal e sementes de gergelim. Torra-se uma colher(sopa) de sal marinho com oito colheres(sopa) de gergelim, até que um perfume próximo do amendoim torrado invada a cozinha. Depois, bate-se no liquidificador até virar uma farinha que fica muito parecida com paçoquinha e é de-li-ci-o-sa!

Eu preparo do mesmo modo que preparo o arroz branco: frito o arroz numa panela, com uma colher de azeite, acrescento o alho amassado, coloco bastante água na panela, porque o cozimento é mais lento, tampo e, cerca de 40 minutos depois fica pronto um arroz soltinho, cheiroso e al dente, como gostamos de comer aqui em casa. Aí, é só servir e cobrir com uma porção de gersal - alguns conhecem com o nome de gomásio - para temperar e salsa picadinha por cima. Eu mesma planto minha salsinha e prefiro a lisa, que é mais saborosa; a crespa é mais perfumada, mas não tem o mesmo sabor.

Tenho uma preferência pelo arroz cateto - o agulhinha, na minha opinião, não é tão gostoso. E, mesmo não estando aqui a fazer propaganda de marcas, ou indústrias alimentícias , digo, sem qualquer pudor, que meus produtos favoritos - arroz, farinha integral, sal marinho, gergelim, dentre outros - levam o selo da Mãe Terra, ou da Vitao, porque ambos têm um compromisso com a qualidade e o meio-ambiente.

Aprendi, com minha mestra Rachel Barros, que um prato de arroz integral com gersal, feijão, e uma folha verde escura, crua ou cozida, fornecem o aporte diário de proteína necessário a um adulto. Tudo de bom.

No mundo inteiro, existe um movimento para reduzir o aquecimento global através da não ingestão de carne. Chama-se Segunda sem Carne e mesmo para os que não resistem a um belo bife, bovino ou suíno, grelhado, ou um franguinho ensopado, ou ainda um peixe assado, deixar de comer carnes às segundas por uma boa causa não é assim tão difícil. A combinação da minha mestra é uma boa opção. Você pode acrescentar outros vegetais, se quiser incrementar a refeição.



(imagem da internet)

Cereais integrais sabem mais agradáveis aos paladares sutilizados. Sua ingestão faz bem à saúde de maneira geral, pela facilidade de digestão e a função reguladora do intestino. E como o arroz está para nós assim como o alpiste para os passarinhos, como diz meu marido, que façamos a melhor escolha, certo?

Beijos. Bon appetit!

Rapidinhas da cozinha: feijão-fradinho

(imagem da internet)

Saber é inquietante, pelas possibilidades que vêm a reboque. No entanto, não saber também inquieta, pela sedução do mistério. Entre les deux mon coeur balance e... fico com os dois! O já conhecido, sempre tão cheio de novas perguntas e nenhuma certeza, e o desconhecido, trazendo a esperança em seu bojo .

Tanta filosofia vã apenas para divulgar uma notícia alvissareira, que ainda está a caminho. Vem do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília. Os pesquisadores, Sônia de Freitas e Ricardo de Azevedo, já obtiveram resultados positivos em cobaias. Agora vem a segunda fase: o teste em humanos. Porém, já vem com uma perspectiva promissora. Tudo porque uma molécula encontrada naquele grão destrói células de câncer de mama, sem atingir as células sadias. O nome é imponente: Black-eyed pea Tripsyn Chymotripsin Inhibitor, a BTCI.


Nada conclusivo, mas... que tal um baião-de-dois? Já está comprovado que a ingestão do feijão-fradinho, ou feijão-de-corda, tão bem conhecido no nordeste de nosso país, reduz os níveis de colesterol no sangue. Enquanto prossegue a pesquisa, vamos comendo. Quem sabe previna recidivas e metástases em quem já foi acometido?

Aceitam-se receitas. Um beijo.

domingo, 8 de maio de 2011

Estou aqui

(imagem da internet)



Passei uma semana no sítio. Tudo seco. Este ano tivemos pouca chuva. Ainda assim, a água continua minando e alimenta as verduras recém-plantadas (será que acertei? Essa reforma ortográfica...).

Dia das Mães: passei-o trabalhando e viajando de volta para BH. Abri a caixa postal e vários e-mails traziam mensagens carinhosas. Agradeço.
Vim ao blogger e vi que, em uma semana que estive fora, todo mundo blogou muito. Vou, aos poucos, lendo e comentando. Paciência, amigos...

Fora isso, muita coisa para ler, estudar. E as tarefas cotidianas... Mas gosto de ser 1000. Amanhã retorno à alimentação.
Alma leve. Beijos.

Em tempo: viram que lindinho meu relógio de maçã? Tudo a ver com minha cozinha...