Há pessoas definitivamente 'do bem'. Em seu trabalho, em suas empresas, em seus negócios, assim como na vida. É o caso de Júlia Alves/Casa Sol.
Depois que as sacolas de plástico foram banidas dos supermercados, mercearias e padarias em Belo Horizonte, começaram a aparecer os saquinhos de papel reciclado e reciclável. O que fez Júlia Alves, que tem uma fábrica (Casa Sol Embalagens de Papel) desses saquinhos? Resolveu usar cada edição - que dura mais ou menos um mês - para cumprir atitudes cidadãs. Na parte da frente da embalagem atual ela sugere 'Tente algo de novo: leve alguém que você gosta para um passeio diferente'. No verso, ela sempre publica poemas e textos de pessoas comuns, a quem ela pede contribuição e cujo trabalho divulga, em contrapartida. O material enviado por intermédio do blog http://euamopao.zip.net tem como tema, é claro, o pão.
O poema que trago hoje é de Alexandre Vianna, da cidade de Cataguases, a oeste do estado de Minas Gerais. Tem um nome sugestivo e é uma paródia da oração que o Mestre Jesus ensinou. Vamos lê-lo.
(imagem do google)
Oração do Pão Nosso
Pão nosso que está na padaria,
gerado do trigo,
nascido da força de mãos habilidosas,
no calor fortalecido.
Santificado seja o seu sabor,
que alimenta e sacia,
venha a nós o seu aroma,
com manteiga ou o que for,
seja feita a vossa partilha
assim entre os homens de boa vontade,
na cidade e no campo.
Preenchei as nossas mesas,
assim como as mesas dos nossos irmãos,
e que não nos falte nunca
deliciosa tentação:
pão doce, de coco ou de creme,
sovado, de forma, de sal ou torrada,
e nos venha sempre, de noite ou de dia,
no café da manhã, no lanche da tarde,
hoje e sempre.
Amém.
Muito bom, não? Pois vamos repartir o pão. Beijos.