Lá fora um calorão, sensação térmica de quase 40 graus. Na cozinha, fogão apagado, de folga. Uma pitada de sal, ou, talvez, uma colher (de chá) de molho shoyu; um pouco de azeite extravirgem de boa procedência; quem sabe umas ervinhas; e... vinagre, de preferência de maçã, ou de sidra, como também é conhecido. Depois, é só espalhar por cima uns croutons de pão integral delicadamente esfregados em alho cru esmagado e pronto: qualquer salada vira acepipe, "manjar dos deuses" num dia assim.
A palavra vinagre resulta da combinação dos vocábulos latinos vinum e acrem e significa vinho acre. Sua origem se perde na noite dos tempos. Como tudo tem sua história, diz a lenda que um senhor preparou um suco fresco, adoçado apenas com o açúcar da fruta e guardou-o em um recipiente hermeticamente fechado. Em pouco tempo a preparação fermentou e transformou-se em uma beberagem inebriante, hoje conhecida como vinho. Mais algum tempo e o tal senhor acabou por lembrar-se do suco preparado e foi abrir o vaso. Surpreso, constatou que, em contato com o ar, o líquido havia se tornado uma bebida muito, muito ácida. A partir de então, o vinagre fez sua triunfal entrada no mundo. Triunfal e importantíssima: surgia uma substância com a capacidade de sazonar e preservar alimentos, além de um remédio quase universal.
Mas... o que é o vinagre? "Tecnicamente é um líquido ácido obtido da fermentação acética do vinho, da cerveja (e da maior parte das bebidas moderadamente alcóolicas), de alguns cereais e frutas, como a maçã. Durante a fermentação o alcool se mistura ao oxigênio do ar e se transforma em ácido acético e água." (Emily Thacker em O VINAGRE)
A rigor, o vinagre é mais conhecido como tempero e/ou ingrediente de conservas. No entanto, sua versatilidade é enorme e seus poderes curativos e reparadores, incontáveis. Bastante divulgada também a sua utilidade como produto de limpeza. Para se ter uma idéia, basta colocar legumes, hortaliças e verduras em uma solução com uma colher de sopa de vinagre para um litro de água. Em vinte minutos essa mistura limpa os alimentos de microorganismos nocivos à saúde e, de quebra, livra-os de agrotóxico residual.
Aqueles que desejam perder peso - quem não quer? -, podem tomar pela manhã, em jejum, um copo de água com uma colher (de sopa) de vinagre de maçã de boa qualidade. Aliás, seus apreciadores comentam que ele é capaz de curar e/ou prevenir um sem-número de doenças, tais como: aliviar a artrite, a ardência no estômago e a tosse, inclusive como sintoma de asma; curar irritações de garganta; parar soluços e diarréia; retardar a osteoporose; reduzir os riscos de câncer; melhorar a digestão e a memória; e proteger o cérebro das mazelas do envelhecimento. Sua coloração amarelo-dourada deve-se aos taninos resultantes da ruptura das células de maçãs frescas e maduras. E taninos são agentes conservantes naturais. Ou seja, aquela palavrinha que entrou na moda: antioxidantes. Com tantos predicados, deveria, na verdade, chamar-se panacéia, concorda?
Por incrível que pareça, continua...
OBS.: Os créditos, indicações e referências virão ao final da série, ok?
A palavra vinagre resulta da combinação dos vocábulos latinos vinum e acrem e significa vinho acre. Sua origem se perde na noite dos tempos. Como tudo tem sua história, diz a lenda que um senhor preparou um suco fresco, adoçado apenas com o açúcar da fruta e guardou-o em um recipiente hermeticamente fechado. Em pouco tempo a preparação fermentou e transformou-se em uma beberagem inebriante, hoje conhecida como vinho. Mais algum tempo e o tal senhor acabou por lembrar-se do suco preparado e foi abrir o vaso. Surpreso, constatou que, em contato com o ar, o líquido havia se tornado uma bebida muito, muito ácida. A partir de então, o vinagre fez sua triunfal entrada no mundo. Triunfal e importantíssima: surgia uma substância com a capacidade de sazonar e preservar alimentos, além de um remédio quase universal.
Mas... o que é o vinagre? "Tecnicamente é um líquido ácido obtido da fermentação acética do vinho, da cerveja (e da maior parte das bebidas moderadamente alcóolicas), de alguns cereais e frutas, como a maçã. Durante a fermentação o alcool se mistura ao oxigênio do ar e se transforma em ácido acético e água." (Emily Thacker em O VINAGRE)
A rigor, o vinagre é mais conhecido como tempero e/ou ingrediente de conservas. No entanto, sua versatilidade é enorme e seus poderes curativos e reparadores, incontáveis. Bastante divulgada também a sua utilidade como produto de limpeza. Para se ter uma idéia, basta colocar legumes, hortaliças e verduras em uma solução com uma colher de sopa de vinagre para um litro de água. Em vinte minutos essa mistura limpa os alimentos de microorganismos nocivos à saúde e, de quebra, livra-os de agrotóxico residual.
Aqueles que desejam perder peso - quem não quer? -, podem tomar pela manhã, em jejum, um copo de água com uma colher (de sopa) de vinagre de maçã de boa qualidade. Aliás, seus apreciadores comentam que ele é capaz de curar e/ou prevenir um sem-número de doenças, tais como: aliviar a artrite, a ardência no estômago e a tosse, inclusive como sintoma de asma; curar irritações de garganta; parar soluços e diarréia; retardar a osteoporose; reduzir os riscos de câncer; melhorar a digestão e a memória; e proteger o cérebro das mazelas do envelhecimento. Sua coloração amarelo-dourada deve-se aos taninos resultantes da ruptura das células de maçãs frescas e maduras. E taninos são agentes conservantes naturais. Ou seja, aquela palavrinha que entrou na moda: antioxidantes. Com tantos predicados, deveria, na verdade, chamar-se panacéia, concorda?
Por incrível que pareça, continua...
OBS.: Os créditos, indicações e referências virão ao final da série, ok?
2 comentários:
Pois menina... aprendi uma lição hoje! Alguma coisa sobre o vinagre eu já sabia, mas a procedência e a clareza com que você explica a etimologia... hum... deu água na boca!!!
Adorei!
beijinho
Ângela Amada
Num sabia disso tuuuudo não!!!! UAU...bacanérrimo!
Beijuuss n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
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