É muito interessante poder constatar na prática aquilo que se aprendeu na teoria. Embora nem sempre seja agradável...
Certo dia, encontrei Mary, uma amiga de outros tempos - e ela continuava a mesma 'garota' divertida, mesmo já sendo uma senhora, divorciada e com um filho na faculdade. Sempre foi uma pessoa com os pés bem fincados no chão e que cumpria as metas estabelecidas para si mesma, sem caretice e com muito bom humor. Mas... estava obesa!
Trabalhou durante muitos anos no sistema financeiro, em uma instituição bancária privada, e, por ser muito competente, conseguiu construir um bom patrimônio. Um dia, porém, deu o basta! Estava estressada, meio deprimida, e tomou a decisão: saiu de circulação, reciclou a cabeça, viajou, relaxou por um tempo e voltou ao cenário em uma atividade inteiramente diferente da anterior - e, segundo ela, mais prazerosa. Criou um espaço confortável e bem equipado em sua casa e, como falava inglês fluentemente, passou a dar aulas para alguns clientes que já conhecia da instituição financeira e outros novos. Começou a namorar um sujeito 'do bem', vivia uma relação apaixonada mas... continuava obesa!
Com o passar dos anos, a gordura excedente começou a lhe criar problemas sérios de saúde. No entanto, por mais que se esforçasse, não conseguia reduzir o peso apenas através de dietas e sessões de psicoterapia - nada funcionava mais para ela, que comia por compulsão. Um belo dia, rendeu-se e resolveu submeter-se à cirurgia de redução do estômago. Quem já passou pela experiência sabe que é sofrida e que o processo é longo, em várias etapas. Naquele momento, perdemos o contato novamente e não sei onde, nem como Mary está agora.
Contei sua história porque me lembrei que ela dizia que o ganho de peso foi acontecendo, sem que ela percebesse, num período em que trabalhava noite adentro, on line, no banco. Passou a comer muito e o tempo todo. No dia seguinte tentava recuperar a noite insone, mas até o sono depende da produção de um hormônio - a melatonina - que só ocorre à noite, no escurinho do quarto de dormir. A falta de sono reparador, provavelmente, desequilibrou a produção de dois outros hormônios importantes: uma redução da leptina, que dá a sensação de saciedade, e um aumento da grelina, que provoca fome. Este desequilíbrio resultou em uma falsa e permanente sensação de fome. E ela comia cada vez mais.
O que se pode concluir disso é que uma alimentação equilibrada, atividade física e um sono saudável são condições essenciais para a manutenção do peso e da saúde. O que eu já sabia na teoria, pude constatar na prática e hoje, ao invés de lhes desejar 'bom apetite', desejo-lhes 'bom sono', cheio de sonhos agradáveis!
5 comentários:
Minha querida e estimada Angela:
Contigo, o que se aprende e de forma simples e directa, não há como não entender.
Agora percebo o porquê de um apetite a todo o instante, se calhar provocado por insónia e pouco tempo dado ao descanso. A tudo isso, junta-se-lhe paixão quanto basta e vira desestabilização.
Retiro daqui que devo prestar-me a sono reparador e até a paixão melhorará.
P.S.: Como com prazer desmesurado quando em boa companhia, e não engordo, talvez por isso não me tenha até agora preocupado muito.
Aqui deixo com amizade e estima o meu kandando para ti, agradecendo a tua companhia que para mim é uma benesse.
Meu querido, se você está amando apaixonadamente, não tem que se preocupar com o peso: paixão emagrece, a gente vive de 'brisas' e muito 'exercício físico'. Quando a paixão arrefece e o amor vai substituindo é onde mora o perigo. Comidinhas juntos, beijocas daqui e dali, mais comidinha e o peso vem sem se perceber. Não é hora de se preocupar com isso. Sono reparador também é bom para outro tanto de coisas, inclusive 'desempenho', certo? Visitar seu blog é sempre um prazer e muito grata por seu beijo deixado no blog da Regina. Volto para sítio daqui a pouco. Até a volta. Beijos
Oi Ângela, virei seguidora também. Gostei muito do teu Blog. Estou tentando mudar alguns hábitos que me acompanham há muito... Não é nada fácil. Sou gaúcho e o frio - que eu gosto muito - acaba sendo um condicionante favorável a que eu ganhe peso. Não tenho brigado com a balança porque tenho ignorado ela. Agora, cheguei a um momento que sinto já não posso mais ignorar, tenho que tomar uma atitude.
Bom, talvez esteja precisando me apaixonar... Quem sabe?
Pois... depois de longo inverno, vem a primavera e hoje, depois de quase duas semanas de sol e calor, o dia está branquinho. Choveu durante a noite. Estou de volta, depois de quase uma semana sem laptop. Vou comprar um desktop na volta... Adorei a história da Mary. Não chego a estar obeso, mas ganhei uns quilinhos viu!!!
beijinho
Volto apenas para agradecer tua gentileza, e que venho sempre esperando tuas publicações.
Muita estima por este teu trabalho aqui e pela dimensão que sempre prestas no que fazes e pelos amigos.
Bem hajas e deixo aqui meu kandando amigo.
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