terça-feira, 10 de maio de 2011

Mão na massa: voltando no tempo

(imagem da internet)

Conheci a jornalista Maza de Palermo há alguns anos, através de um primo dela que era íntimo de um amigo muito querido meu e que já partiu para o plano espiritual. Nunca convivi com ela, mas acompanho seu trabalho criativo e escolhi um de seus poemas a postagem de hoje.

CANTO AO PÃO

Pão que te amei a vida inteira

Muito antes de ter dentes

Para saber a tua carne de farinha.

Pão que me segues feito um homem, como um cão,

Sombra de minha sobra.

Dividir o pão

Para somar um homem ao outro

O cão ao gato, o miolo à casca.

Pão para todos os homens.

Pão que nunca foi ao forno.

O pão de Marietta - ninguém nunca mais.

Vá, bambina, faz a cruz no ventre da farinha.

Amém.

Pão que não se aprende em livro de receita.

Por duas vezes te fiz pedra.


É preciso ser homem para te merecer como alimento?


É preciso ser santo para sagrar teu corpo bíblico?


Pão que amasso, sovo, afago


Até sentir que não tenho mais braços


E as minhas mãos se acabam


Sobre o teu corpo imortal de farinha e água.


O poema que segue é de autoria da colaboradora de um projeto interessante. Com a troca dos saquinhos plásticos por outros biodegradáveis, um fabricante teve uma idéia interessante: está convidando os clientes a fazerem parte das embalagens Eu Amo Pão, feitas de papel. O nome da autora é Rita Baldez.



EU AMO PÃO



Bendito seja o trigo,



que da mão do padeiro amigo,



sai o delicioso pão,



que alimenta a criança e todo cidadão.



No forno ou na brasa, chega quente em nossa casa,



para uma boa degustação.



Pão com queijo ou com mel,



está na mesa do soldado e do coronel.



Para dizer a verdade,



Jesus também gostou de pão,



apenas com cinco unidades,



alimentou uma multidão.



Na Mesa do Altar, que alegria!



Jesus nos deixou sua presença no Pão da Eucaristia.



Curiosidade: um dos alimentos processados mais antigos do mundo, o pão surgiu provavelmente na Mesopotâmia, há 6.000 anos.




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