(imagem da internet)
Conheci a jornalista Maza de Palermo há alguns anos, através de um primo dela que era íntimo de um amigo muito querido meu e que já partiu para o plano espiritual. Nunca convivi com ela, mas acompanho seu trabalho criativo e escolhi um de seus poemas a postagem de hoje.
CANTO AO PÃO
Pão que te amei a vida inteira
Muito antes de ter dentes
Para saber a tua carne de farinha.
Pão que me segues feito um homem, como um cão,
Sombra de minha sobra.
Dividir o pão
Para somar um homem ao outro
O cão ao gato, o miolo à casca.
Pão para todos os homens.
Pão que nunca foi ao forno.
O pão de Marietta - ninguém nunca mais.
Vá, bambina, faz a cruz no ventre da farinha.
Amém.
Pão que não se aprende em livro de receita.
Por duas vezes te fiz pedra.
É preciso ser homem para te merecer como alimento?
É preciso ser santo para sagrar teu corpo bíblico?
Pão que amasso, sovo, afago
Até sentir que não tenho mais braços
E as minhas mãos se acabam
Sobre o teu corpo imortal de farinha e água.
O poema que segue é de autoria da colaboradora de um projeto interessante. Com a troca dos saquinhos plásticos por outros biodegradáveis, um fabricante teve uma idéia interessante: está convidando os clientes a fazerem parte das embalagens Eu Amo Pão, feitas de papel. O nome da autora é Rita Baldez.
EU AMO PÃO
Bendito seja o trigo,
que da mão do padeiro amigo,
sai o delicioso pão,
que alimenta a criança e todo cidadão.
No forno ou na brasa, chega quente em nossa casa,
para uma boa degustação.
Pão com queijo ou com mel,
está na mesa do soldado e do coronel.
Para dizer a verdade,
Jesus também gostou de pão,
apenas com cinco unidades,
alimentou uma multidão.
Na Mesa do Altar, que alegria!
Jesus nos deixou sua presença no Pão da Eucaristia.
Curiosidade: um dos alimentos processados mais antigos do mundo, o pão surgiu provavelmente na Mesopotâmia, há 6.000 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário