O que são 'gorduras do bem'? Segundo o Dr. Arnot, são os ácidos graxos ômega-3 e ômega-9, estes últimos mais conhecidos como gorduras monoinsaturadas.
Onde encontrá-los? Bem, os ômega-9 estão presentes no azeite de oliva e no óleo de canola. Não por acaso, o índice de Ca de mama é significativamente mais baixo nos países do Mediterrâneo. No entanto, ambos são gordura e, como tal, devem ser usados com bom senso; não é porque se tratam de gorduras saudáveis que podemos abusar. Recentemente, surgiram na internet alguns artigos desfavoráveis sobre o óleo de canola. Pelo sim, pelo não, dou preferência ao azeite de oliva. Como no cozimento este óleo perde uma porcentagem de seus componentes benéficos - os polifenóis (há uma postagem anterior no meu blog sobre azeite e seus benefícios para a saúde) -, faço o seguinte: uso o azeite comum para cozinhar e o extra-virgem para temperar. É possível encontrar boas marcas de óleo de oliva que não são muito caras. Na minha opinião, e como vamos usar quantidades reduzidas e mais saudáveis, a diferença no preço (custo-benefício) vale a pena.
Quanto aos ácidos ômega-3, eles estão presentes nos peixes gordurosos, de águas frias e profundas. Seu consumo mostrou ser um protetor em mulheres inuit (antigos esquimós), que, aparentemente, não têm Ca de mama. E algumas pesquisas revelaram que esta gordura preveniu metástases de Ca de pulmão em ratos. O fato de viverem em águas profundas praticamente elimina a probabilidade de estarem contaminados por metais pesados, usados em garimpo. E seu consumo é tão benéfico que, no final, ainda vale a pena ingeri-los, junto com alimentos ricos em antioxidantes como proteção. Falarei deles em outra postagem.
Alguns argumentarão "Mas salmão é um peixe muito caro!..." Concordo, mas temos a sardinha, brasileiríssima e de baixíssimo custo. "Mas sardinha é gostosa quando frita!..." Discordo: podemos empaná-la e assá-la. Fica uma delícia. Embora haja controvérsias sobre alimentos enlatados, a sardinha em lata é uma alternativa. Além desses peixes, temos o arenque, o atum, a truta e a abrótea, conhecida como bacalhau brasileiro, com a qual se faz uma bacalhoada saborosa, com os ingredientes certos.
As cápsulas de óleo de peixe só deverão ser consumidas sob prescrição médica; segundo Bob Arnot, esses óleos são tão processados, que poderiam conter contaminação não detectável, o que sugere que a melhor forma de consumir ômega-3 é mesmo comendo peixe.
Vale ressaltar ainda que, nas embalagens industrializadas, o atum pode conter ácidos graxos ômega-6, mas em pequena quantidade, e que o óleo de bacalhau contém vitaminas A e D, as quais, em grande quantidade, podem ser tóxicas.
Minha contribuição: para as pessoas que não se sentem muito atraídas por peixe, alegando que não gostam do cheiro, ou do gosto, informo que limão no tempero e leite de côco no cozimento suavizam sabor e odor. E... evite frituras! Não são saudáveis para ninguém.
Fazer escolhas e cuidar da saúde, certamente, alimentam a auto-estima e, em consequência, o bom funcionamento do nosso corpo, nossa querida máquina de viver.
Um abraço.
A pirâmide acima não espelha completamente o que o Dr. Arnot diz, mas é bem bonitinha e ilustrativa...
Um comentário:
Olá Angela! Vim agradecer a sua visita e gostei muito de seu blog! Estarei sempre passando por aqui! Um abraço!
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