quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ela chegou!


(imagem do google)
Hoje interrompo um pouquinho as postagens sobre câncer e alimentação para celebrar.
O centro comercial da cidade de Belo Horizonte, como o da maioria das capitais brasileiras - há honrosíssimas exceções! -, não é bonito. Carros demais, ônibus demais, ar poluído demais, gente demais andando sem rumo, excesso de ruído, enfim, tudo meio caótico. Mas... o consultório da minha dentista de muitos anos é em pleno coração do centro, a praça Sete. Sete o quê mesmo? Sete de setembro, dia da proclamação da independência do Brasil por Pedro I, um português.
Lá fui eu cuidar do sorriso. Aproveitei, então, que estava no centro da cidade e perambulei um pouco: fui ao banco, à papelaria e a uma loja de frutas na Rua Tamoios que é um achado, vende frutas comuns e exóticas, verduras e legumes de excelente qualidade e onde se pode tomar um suco de misturas de frutas variadas, preparado na hora, simplesmente de-li-ci-oso, por R$3,00. Cansada, já voltava para casa, quando, em plena esquina barulhenta, suja e feia, surge, resplendente, um ipê rosa imenso, coberto de flores. Parecia escandalosamente deslocado em meio ao caos, porém dono de uma imponência inquestionável. O mais curioso é que por ele passava gente apressada, fisionomia carregada, sem perceber que o ipê estava ali e que bastaria um olhar para desanuviar qualquer semblante. Passei por ele e, vaidoso com o olhar embevecido que lhe dirigi, deixou cair uma flor no meu cabelo despenteado pelo vento. Cumplicidade absoluta.
Pensei: ipê é uma planta perseverante, que cresce e floresce e encanta nossos olhos nos lugares mais inóspitos e até em meio a condições adversas - faz tempo que não chove em nossa cidade! Aí pensei também na Luz maior, aquela que vela por todos nós enquanto andamos ao acaso, despreocupados, e que veste com luxo as árvores para enfeitarem nosso caminho.
Gente, a primavera chegou! E, a despeito dos prognósticos sombrios de chuvaradas intensas, lá estão os ipês, por todo lado, a nos dizer que, se nem tudo são flores, eles garantem o espetáculo.
Bons ventos soprem para nós!

3 comentários:

Guma disse...

Maravilhoso, minha amiga.
Até doí. Uma pena andar-se tão abstraído do essencial em troca do acessório.
Pequenas grandes coisas que podem enriquecer o nosso dia e estão aí nos esperando a cada passo e nem um cêntimo precisamos gastar para nos deliciar.
"Um Ipê parece estar cada vês mais parecido a um sinal de transito", felizmente há quem veja a diferença!
Meu kandando e minha admiração.

Cancer de Mama Mulher de Peito disse...

Sintonia mesmo.
Hoje procurei um Ipê Florido para fotografar, os nossos foram temporões.
Ao separar as folhas de couve para o almoço, pensei como será que a Angela faria para aproveitar ao máximo.
E qual o tipo de alimentação pré-cirurgia?
Veja o grau de ansiedade.
Muito Obrigada por suas vibrações.

Beijos

Wilma

Regina Rozenbaum disse...

E que os anjos digam AMÉM!
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com