(imagem do google)
Volta e meia surgem novos estudos a respeito de alimentos saudáveis. Foi assim com o ovo, antes um vilão do mau colesterol, e hoje absolvido e até considerado um alimento de qualidade, com várias vantagens para a saúde.
Pois bem: a jornalista Marília Medrado divulgou uma matéria curtinha sobre o decantado ômega 3. Uma nova pesquisa questiona os antes propagados benefícios desse ácido-graxo essencial. Vamos à nota.
ÔMEGA 3: benefício em xeque
O ômega 3, tipo de gordura encontrada em peixes, castanhas e óleos vegetais, já não é mais o mocinho da nutrição para a saúde do coração, de acordo com estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association. Ao analisar pesquisas anteriores com cerca de 70 mil pacientes, cientistas do Hospital Universitário de Ioannina, na Grécia, refutaram a capacidade dos ácidos-graxos ômega 3 de prevenir acidente vascular cerebral (AVC), infarto e mortes relacionadas a problemas cardíacos. Para eles, não há uma associação "estatisticamente significativa" entre o consumo da substância e a prevenção de doenças cardíacas. Uma das possibilidades de relação apontadas anteriormente seria a capacidade do ômega 3 de "reduzir os níveis de triglicerídeos, prevenir arritmias sérias, diminuir a agregação plaquetária e a pressão sanguínea."
A nota é curta e esclarece apenas os dados principais. Este é o único estudo do qual tenho notícia até o momento que refuta os benefícios do ômega 3. Não temos aqui os gráficos de amostragem e o detalhamento de como foi conduzida a pesquisa.
Longe de mim questionar a seriedade da instituição que levou adiante tal estudo: não tenho como, devido à precariedade da informação. No entanto, sei que muitas pesquisas , em especial no domínio da alimentação, são financiadas para atender o investimento de alguns grupos aos quais interessa comprovar, ou desacreditar, determinado produto, substância, teoria, ou coisa que o valha. Costumo dizer que a pesquisa científica não é absolutamente isenta, uma vez que o olhar do pesquisador e a pressão dos financiadores interfere no objeto estudado e, consequentemente, nos resultados estatísticos. Portanto, prefiro continuar confiando nos inúmeros estudos que defendem e exaltam os benefícios do ômega 3. São em maior número e também acontecem em instituições respeitáveis. Ou seja, continuo apostando nele. E vou continuar degustando, prazerosamente, meu salmão, minhas sardinhas, meu atum, minhas castanhas, meu azeite extravirgem. Que cada um faça suas escolhas.
Beijo.