sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Por que ela vale tanto em pé?

(imagem do bing)


Um chefe índio Seattle, em um discurso antológico que muita gente conhece, disse que tudo sobre a terra está interligado; ou seja, que somos um com tudo que vive. Este blog começou a partir de uma preocupação minha em promover ecologia interior através de uma alimentação saudável e funcional, ou seja, que realiza uma função na prevenção e controle de doenças.

Sabemos não ser apenas o que entra pela nossa boca que é fundamental para a homeostase - um estado de perfeito equilíbrio do organismo. O que pensamos, o ar que respiramos, a água que bebemos, enfim tudo está conectado para promover esse equilíbrio. Ou deveria.

Como sou uma estudiosa e praticante da doutrina espírita, a matéria de capa da revista Superinteressante deste mês - CIÊNCIA ESPÍRITA - acenou-me da banca e eu a comprei. A matéria acrescenta pouca informação ao que já temos visto nos mais diversos meios de comunicação.

No entanto, ao continuar a ler a revista, deparei com um informe publicitário muito interessante sobre o um movimento chamado Planeta Sustentável.

Reproduzo para vocês o texto.


POR QUE ELA VALE TANTO EM PÉ?

As florestas fornecem tantos benefícios para nós, diretos ou indiretos, que os especialistas costumam dividi-los em quatro tipos chamados serviços ambientais ou ecossistêmicos.

Reguladores:

As florestas realizam processos vitais que raramente recebem valor monetário, como a proteção dos rios, a regulação do clima e das chuvas e o armazenamento de carbono na atmosfera.

De provisão:

Fornecem bens diretos - frutos óleos, madeira, fibras - que resultam em alimento e matéria-prima para produtos e indústrias, como a farmacêutica, de construção e de cosméticos.

De suporte:

Fornecem benefícios indiretos para as pessoas, como a formação dos solos e crescimento das plantas, mas fundamentais para os outros serviços, por promover o equilíbrio dos ecossistemas.

Culturais:

Representados no turismo, nos esportes e no lazer, bens imateriais - recreativos, estéticos e até espirituais - são fornecidos pela floresta, em função de nossa ligação com elas.

Pagar para preservar

Para que a floresta continue garantindo esses serviços e não vire apenas madeira e carvão, especialistas defendem uma remuneração especial para quem cuida dela:

"A forma como a floresta é gerida é que determina a extensão dos serviços ambientais e como eles serão transformados em benefícios sociais, econômicos e ambientais. Boa parte dos custos e do trabalho de manejar e preservar a mata recai sobre poucos indivíduos ou entidades, enquanto os benefícios que ela traz são públicos e amplos para a sociedade. Por isso, é importante que quem atue pró-ativamente para manter essas funções e benefícios seja remunerado. Um mecanismo de pagamento por serviços ambientais serve de incentivo e amplia os esforços de conservação e gestão sustentável das florestas." (Tasso Azevedo, engenheiro florestal, conselheiro do Planeta Sustentável)


Os países do Primeiro Mundo também tiveram, no passado, que realizar campanhas deste tipo: a princípio, uma remuneração que incentivasse o cidadão comum a aderir; e, junto com ela, uma ênfase na educação ambiental, pois só a educação promove mudanças duradouras.

Sei que o assunto já foi mais do que explorado e que a maioria de nós está sabendo disso. Entretanto, o desmatamento continua, as queimadas e a seca nos assustam e receiamos a temporadas das águas que vem por aí. Alguns acham que é ingenuidade pensar numa reversão do apocalipse planetário. Mas eu escolho continuar acreditando.


O Planeta Sustentável produz conhecimento para despertar a consciência das pessoas por um mundo melhor. http://www.planetasustentavel.com.br/

domingo, 25 de setembro de 2011

Rapidinhas da cozinha: esclarecimento

(imagem do bing)


0O comentário de minha querida amiga Wilma Didou, dona do blog http://cancerdemamamulherdepeito.blogspot.com/, na postagem anterior, levantou uma questão importante a respeito da cúrcuma e do açafrão. Grosso modo, são plantas diferentes, uma originária da Indonésia e a outra uma especiaria trazida da Índia e cultivada aqui mesmo, com sucesso na nossa Amazônia tão rica e maravilhosa.

Realmente o pó vendido em lojas de importados e conhecido como cúrcuma, ou curry, custa uma fábula, devido ao modo de produção do pó, retirado do pistilo da flor; porém, em termos funcionais, não possui qualquer diferença em relação ao nosso açafrão-da-terra, significativamente mais barato. Por que? Ambas as plantas são parentes do gengibre (família Zingiberaceae) e o princípio ativo, com todas aquelas propriedades maravilhosas, a curcumina, está presente nas duas. No comércio, em geral não se faz distinção entre os nomes do pozinho que vale ouro no quesito saúde: chamam-no de cúrcuma, açafrão, ou curry. Ele é extraído da raiz da planta, de cor amarelada, que o caracteriza.

Sugestão: deve-se comprar o pó em embalagens fechadas e em pequenas quantidades, para não ficar muito tempo guardado, pois perde em qualidade. É também importante escolher marcas conhecidas e idôneas para evitar a adição de corantes artificiais.

Para quem desejar maiores informações e se interessar em pesquisar sobre o assunto, indico o site http://www.saudecomciencia.com/2009/03/curcuma-no-combate-ao-cancer.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rapidinhas da cozinha: ouro comestível


O programa Globo Repórter já falou de suas propriedades antitumorais. Ele é amarelo e poderoso. Pode ser comparado ao ouro. Mas é um alimento funcional. Ouro puro para a saúde. Quem o diz é, ainda, o Dr. David Servan-Schreiber. Reproduzo o seu texto.

(imagens do bing)

"O cúrcuma (pó amarelo que entra na composição do curry) é o antiinflamatório natural mais poderoso idenficado até hoje. Ele contribui também para induzir a apoptose (= suicídio programado) das células cancerosas e para inibir a angiogênese (= a capacidade das células cancerosas de criar novos vasos para alimentar o tumor). Em laboratório, ele aumenta a eficácia da quimioterapia e reduz a progressão dos tumores.

ATENÇÃO: para ser absorvido pelo organismo, o cúrcuma deve ser misturado à pimenta-do-reino (não simplesmente a [qualquer tipo de] pimenta) Idealmente, ele deve ser diluído em óleo (azeite de oliva ou óleo de linhaça, de preferência. As diferentes misturas de curry têm que conter 1/5 ou menos de cúrcuma. [Portanto] é preferível utilizar diretamente o pó de cúrcuma (quanto mais escuro melhor, grifo meu).

Uso típico: meia colher de café de pó de cúrcuma misturada com uma colher de azeite de oliva, uma boa porção de pimenta-do-reino (moída na hora, novo grifo meu) e um fio de xarope de agave (nossa conhecida babosa, mais um grifo meu. Eu dispenso.). Pode ser acrescentado aos legumes, às sopas, aos vinagretes."


Eu, particularmente, uso cúrcuma em quase tudo. Eu cozinho arroz com cúrcuma, que dá um leve sabor picante, e faço risotos fantásticos. E como minha amiga e seguidora querida Cris, do blog Minha História (http://cristinapaiva.blogspot.com/) adora quando posto receitas e há muito tempo não o faço, lá vai:

SUFLÊ DE CHUCHU COM CÚRCUMA

Ingredientes

2 gemas

2 claras batidas em neve

1 pitada de sal

1 pitada de fermento em pó

1 pitada de pimenta-do-reino moída na hora

1 colher (sopa) de cúrcuma

1 1/2 colher (sopa) de manteiga

1 colohe (sopa) de farinha de trigo integral fina (pode ser a branca)

1 colher (sopa) de amido de milho

3/4 (150ml) de xícara (chá) de leite (pode ser desnatado)

2 chuchus pequenos cozidos com a casca e depois descascado e fatiados

Modo de preparo

Faça um molhinho branco com a manteiga, as duas gemas (cuidado para não cozinhar as gemas rápido demais, para não endurecer; use fogo baixo e mexa sempre), a farinha, o amido de milho e o leite. Tempere com o sal, a pimenta-do-reino e a cúrcuma. Bata as claras em neve. Acrescente os chuchus fatiados em fatias finas ao molho branco e misture delicadamente, incorporando as claras em neve. Coloque tudo em uma forma (pode ser um pyrex) untada. Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 35 minutos em forno médio, ou até que o suflê tenha crescido, esteja fofinho e dourado por cima.

Recado para minha querida Rêzinha: prato simples de preparar, leve e cheio de 'sustância', como costumam dizer.

Beijos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Chá verde: novidades anticâncer

(foto de Dr. Servan-Schreiber, em 2008, do arquivo do google)


Em fevereiro de 2011, publiquei uma postagem sobre chá verde, do qual faço uso há algum tempo por conhecer suas inúmeras qualidades. Pois bem: na última segunda-feira, 05/09, encontrei-me com minha querida amiga Rê, do blog http://toforatodentro.blogspot.com/, para um Sempre um Papo de mesa farta e saborosa: sete escritores da melhor qualidade, comemorando os 25 anos do projeto sob a batuta de Afonso Borges. Havia pedido a ela que me emprestasse um livro que acabara de ler e do qual gostara muito, e ela veio ao nosso encontro com ele na mão. Com o título ANTICÂNCER, foi escrito por um jovem médico de origem francesa, psiquiatra e pesquisador na área de neurociência, relatando sua experiência de, aos 31 anos de idade, passar de médico a paciente de um câncer agressivo no cérebro, seu objeto de clínica e estudo, descoberto meio ao acaso, ao servir de 'cobaia' para um novo estudo feito através de ressonância magnética.

Para além do susto inicial e da sensação de perda de status na profissão, olhado com piedade e constrangimento pelos próprios colegas da Universidade de Pittsburgh, onde estudou e tinha seu laboratório de pesquisa, buscou racionalizar sua situação considerando que as estatísticas de qualquer pesquisa de sobrevida resultam numa curva que tem sempre uma longa cauda à direita que pode até se prolongar consideravelmente. Bingo! Sua previsão de sobrevida de seis semanas passou a funcionar apenas "como uma informação, não como uma condenação". A partir de então, passou a encarar a doença como um desafio, nem tão grave assim. E passou a avaliar as opções de tratamento, bem como as 'outras possibilidades', ou seja, as mudanças que deveria realizar em seu curso de vida para fazer o tratamento dar certo.

David Servan-Schreiber faleceu no meio deste ano, aos 50 anos de idade, de uma recaída, 19 anos depois do diagnóstico inicial! Durante este tempo fez escolhas fundamentais e viveu com qualidade. Um dos pilares da transformação que operou foi a alimentação. Algo sobre o quê venho insistindo em falar aqui na nossa cozinha. Estou lendo o livro com calma e impaciência, ao mesmo tempo, de tão excitante que é ver um paciente de câncer falar das coisas que já publiquei aqui, inclusive sobre a dieta do Dr. Bob Arnot, que, apesar de fornecer informação séria, fundamentada e de qualidade para o controle e a prevenção do ca de mama, não era, ele mesmo, um doente.

Mencionei o chá verde no início desta postagem porque o Dr. Servan-Schreiber traz novidades sobre o seu uso. Do ponto de vista técnico, o que ele propõe é uma maneira de barrar a invasão dos tecidos adjacentes ao tumor tratado, chamada de metástase, como também impedir a angiogênese, ou seja, a capacidade de o tumor criar novos vasos sanguíneos para alimentá-lo. As substâncias anticâncer do chá verde, ou seja, da erva camellia sinensis, são conhecidas como catequinas - em especial uma delas, a epigalocatequina-3-galato - ou EGCG -, que, segundo ele, "é uma das moléculas nutricionais mais poderosas contra os mecanismos necessários à invasão dos tecidos e à formação de novos vasos pelas células cancerosas. Ela é destruída durante a fermentação necessária à fabricação do chá preto, mas está presente em abundância no chá que permaneceu 'verde' (não-fermentado)". Ainda de acordo com o médico, "após duas ou três xícaras de chá verde, a EGCG está presente no sangue em grandes quantidades, espalhando-se por todo o organismo através dos pequenos vasos capilares que cercam e nutrem cada célula do corpo. Ela se coloca na superfície destas últimas e se encaixa nos interruptores (os 'receptores'), cuja função é dar o sinal que permite a invasão dos tecidos por células estrangeiras, como as células cancerosas". Tudo isso sem efeitos colaterais!

O livro do Dr. Servan-Schreiber é uma confirmação de tudo que venho buscando divulgar aqui e isso me deixa muito feliz. Para os mais céticos, posso afirmar que a bibliografia que fundamenta a obra é extensa e consistente, resultado de artigos acadêmicos produzidos nas instituições de ponta na pesquisa do câncer e publicados nos mais conceituados periódicos científicos. Segundo eles, em laboratório, a EGCG bloqueia até mesmo o efeito dos cancerígenos químicos injetados em cobaias, responsáveis por tumores de mama, pulmão, esôfago, estômago e cólon.

Na minha postagem de fevereiro/2011 discorro sobre o chá verde, seu poder de desintoxicar o organismo e o modo de prepará-lo. Como sou esperta, vou continuar com esse hábito saudável e agradável. Que tal um chá verde das cinco?

Entre uma xícara e outra, seguirei lendo e virei divulgar as novidades que o Dr. Servan-Schreiber trouxe para a abordagem da doença e sua prevenção. Beijos.

Para quem quiser pesquisar no site do médico, o endereço é http://www.anticancer.fr/. No google também é possível encontrar farta informação sobre ele e no youTube há um vídeo do Globo Repórter - em duas partes -, falando dele e suas teorias.