segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cozinhando.com.br

Quando nascemos no planetinha azul, já trazemos para cá alguns itens de série, incluídos aí os cinco sentidos. Três deles, na minha modesta opinião, estão diretamente envolvidos com o ato de comer: visão, olfato e paladar, necessariamente nesta ordem. Primeiro, comemos com os olhos, porque comida bonita, colorida, servida em louça primorosa é algo muito sedutor. Para aqueles que não dispõem deste sentido, seguem-se dois igualmente fundamentais: cheiro bom, aroma mesmo, perfumes que lembrem a infância, a casa da avó - no meu caso, da mãe -, as festas de família, são um convite irresistível. Assim predisposta, a boca se abre e prova a delícia. Ah, o paladar! Gula, amigos, só é pecado quando se come além da conta e vai perdendo o perfil.
No entanto, há gente que vive no piloto automático até para comer. Está com a própria tomada tão ligada em outros assuntos, que não desfruta deste prazer. Se perguntamos à pessoa: "E aí, como foi o almoço?", ela responde "Bom...", assim, meio sem-graça. Se insistimos, nem se lembra do que acabou de comer. Isso sim, é pecar por omissão: a pessoa não estava lá, não relaxou, não entrou em sintonia com o momento e deixou passar o 'cavalo selado', como diz minha amiga.
Há também aqueles que morrem de medo de entrar numa cozinha. Arranjam mil desculpas, já introjetaram a idéia de que cozinhar dá trabalho demais, gasta tempo, não é tão interessante, enfim, querem distância das panelas e do fogão. Tenho uma suspeita: acho que é porque não sabem por onde começar.
Por outro lado, às vezes me surpreendo: hoje, bem cedinho, estava viajando do sítio para BH de ônibus, e fiquei ouvindo uma conversa animada sobre comida entre duas senhorinhas bem falantes, ambas muito simples, gente 'da roça' como se costuma dizer. Então, uma delas começou a falar do preparo de uma feijoada e disse algo que me deixou encantada: "Eu faço assim, frito bem os pertences, até tirar toda a gordura, escorro bem, depois coloco no feijão já temperadinho com 'o meu' (cheia de orgulho!) tempero. Porque, minha filha, aquele tal de sazon não uso, não, aquilo é um veneno!" Quase levantei e bati palmas. Vá lá que feijoada não é bem o que se pode chamar de 'iguaria leve' - apesar de gostosa! Porém, valeu pela constatação de que lá já aportou o conhecimento e a consciência em relação ao aditivo industrializado.
É isso: muitos não apreciam o prazer de cozinhar e se esquecem imediatamente do que comeram porque, na ânsia de 'tornar tudo mais fácil e rápido', usam coisas que acabam por viciar o paladar, o olfato e não seduzem a visão. Além de comprometerem a saúde.
Comecei a gostar de cozinhar com minha mãe, como já contei aqui. Mas, também, porque faço questão de ingerir um alimento sadio e sei que a comida que eu preparo para mim, minha família e os meus mais caros, tem essas características: a higiene, a escolha dos ingredientes, a combinação das substâncias favoráveis à saúde e a imprescindível pitada de amor por tudo.
Tenho certeza que, se as pessoas começarem a prestar mais atenção ao que comem e tomarem coragem para entrar na cozinha sem medo ou preconceito, daqui a pouco estarão degustando algo que faz a diferença. Escolher os utensílios, começar pelo mais simples, que afinal de contas, é o mais saboroso, é uma boa iniciação à arte da culinária e um mimo que fazemos por nós, na manutenção da saúde. Que tal?

sábado, 15 de maio de 2010

Nova jornada

Estou voltando hoje para o sítio. Após um encontro superespecial que tive ontem, resolvi que devo mesmo iniciar uma nova jornada: já estava com as mãos - e os neurônios! - fervilhando para entrar mais profundamente na questão da funcionalidade da alimentação. E, numa metáfora muito apropriada, vou 'por a mão na massa'. As receitas continuarão, as minhas histórias também, temperando este espaço simples e sincero. No entanto, vou mergulhar, daqui para frente, mais fundo na questão da saúde, tão crucial quando a expectativa de vida vem crescendo no planeta todo. Prometo que será com a mesma leveza, que é uma característica minha. Por outro lado, já está na hora de começar a tratar mais detalhadamente das possibilidades que a nutrição oferece na prevenção e como coadjuvante no tratamento da maioria de nossos males físicos.
Minha meta é a mesma do início: compartilhar o que aprendi em muitos anos de interesse pelo assunto. E penso que assim estarei abrindo este meu espaço para mais gente interessada no tema e na própria saúde. Vocês podem fazer como meu amigo, que, outro dia, perguntou sobre a salsa e seus benefícios. Tragam suas questões e vamos agregar conhecimento.
Até a volta. Um abraço.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mais algumas, com gengibre

Conforme o combinado, vão aí algumas receitas fáceis de executar e que dão para o cardápio de um dia.

FRANGO AO FORNO
Ingredientes
Um frango cortado em pedaços, sem pele e sem gordura
4 dentes de alho esmagados
1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
Limão
Pimenta-do-reino
Sal
Modo de preparo
Ponha o frango a marinar no tempero com todos os ingredientes de um dia para o outro. No dia seguinte leve ao forno para assar, até ficar bem dourado. Despreze a gordura residual que fica no fundo da assadeira.
(Receita simples, realçada, justamente, pelo sabor do gengibre)

LEGUMES GRELHADOS
Ingredientes
1 xícara (chá) de vagens cortadas em palitos
1 cebola cortada em rodelas bem finas
2 cenouras cortadas em rodelas finas
2 abobrinhas cortadas em rodelas finas
1 colher (sopa) de: azeite, salsa, shoyu, gengibre picado
1 xícara (chá) de água
1 colher (sobremesa) de gergelim cru para polvilhar
Sal a gosto
Modo de preparo
Em uma frigideira, coloque um pouquinho de água e deixe grelhar cada legume separadamente. Ponha, então, na frigideira o azeite, o gengibre, o shoyu e duas colheres de sopa de água. Deixe ferver.
Numa travessa, coloque os legumes grelhados e por cima espalhe o molho, a salsa e o gergelim.
(Acompanha muito bem a receita de frango oferecida acima)

Com a chegada do inverno, que a meteorologia promete ser o mais frio dos últimos 25 anos, segue também uma receita com inhame (ou cará), um excelente depurativo do sangue, e o nosso gengibre cheio de propriedades funcionais.

SOPA CREMOSA DE INHAME
Ingredientes
1/2 kg de inhame
4 dentes de alho
1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
Sal a gosto
Modo de preparo
Pique o inhame e refogue com pouco óleo, junto com os alhos espremidos e o gengibre. Acrescente água aos poucos. Quando estiver macio, desligue o fogo e deixe o inhame esfriar. Bata no liquidificador. Volte com a sopa ao fogo, só para aquecer, sem deixar ferver.
Salpique cebolinha picada no prato e derrame a sopa por cima.
(Inhame é muito bom para ajudar a eliminar os sintomas desconfortáveis da menopausa; além disso, pode fazer parte de uma dieta para combater a anemia)
Que venha o friozinho. Já estamos preparados.
Em tempo: no site CyberCook, há inúmeras sugestões de pratos com gengibre, inclusive bolos e doces.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um pouquinho mais de gengibre, if you please

Falei bastante das propriedades desta raiz preciosa no post anterior. Há algumas pesquisas, ainda não conclusivas, mas que vale a pena divulgar, sobre outras vantagens do seu uso.
Consta que o gengibre aumenta a resistência do organismo às doenças degenerativas, fortalecendo as glândulas endócrinas. Além disso, controla os processos fisiológicos básicos, em especial o metabolismo de sais minerais e vitaminas. Fortalece, ainda, o coração, o sistema nervoso e as funções sexuais, estimulando a produção de hormônios, por atuar nas glândulas.
Auxilia nos processos digestivos, intestinais e circulatórios. Estimula a produção de leucócitos no sangue - nosso exército de defesa -, e também a produção de interferon, substância natural que combate os vírus.
Se tudo isso for confirmado, temos aí uma planta que não poderá ficar de fora de qualquer alimentação que tenha por meta uma vida longa e saudável.
Escolhi receitas fáceis e simples de preparar incluindo o gengibre como ingrediente. Pela quantidade sugerida fica parecendo que é apenas um dos temperos; no entanto, pequenas porções são suficientes para obter-se os benefícios dessa raiz 'do bem'.
Aí vão elas:
SUCO DE VEGETAIS*
Passar na centrífuga: 5 cenouras, 1/4 de beterraba, 1 folha de couve, ou um punhado de salsa, ou outra folha verde escura, acrescentar maçã sem casca e sem sementes para dar sabor agradável, 1 talo de aipo e 1 fatia fina de gengibre. Tomar imediatamente.
* Esta receita é sugestão de uma de minhas professoras de nutrição, Rachel Barros, e, segundo ela, é altamente desintoxicante - caso tenhamos abusado de algum alimento não tão saudável no dia anterior - e substitui a refeição matinal, dando sensação de saciedade com leveza, contendo os nutrientes necessários e auxiliando nas dietas para perder peso dentro do conceito higienista. Ela, inclusive, sugere que tomemos um suco deste antes de sairmos para uma festa, para não sentirmos vontade de abusar das delícias engordativas que geralmente são servidas nessas ocasiões. Come-se por prazer, sem exagero.
Vêm mais receitinhas por aí. Até lá.

domingo, 9 de maio de 2010

Às mães e à minha mãe

Minha mãe tem nome de flor. Chama-se Dália. Posso garantir que em sua longa e profícua passagem pelo planeta perfumou a vida de muita gente. Quando partiu para o plano espiritual, chorei muito. Ela foi uma mãe inclusiva. Colocava-me, desde pequena, junto dela em cada uma de suas inúmeras atividades e assim tomei gosto por cozinha, desenho - ela decorava meus cadernos de escola com capricho de artista -, costura e bordado. Foram as coisas que a geração dela aprendeu. E que hoje muitas mulheres vêm tentando resgatar, pois somos todas muito hábeis, mesmo, naquilo que requer elaboração e cuidado com os detalhes. E amor, muito amor. Tive minha atividade profissional, uma formação acadêmica, outros interesses, mas nunca perdi esse gosto pelo que aprendi com ela.
Já se passaram quase quatro anos de sua partida, mas ainda choro. Sei, pelas minhas crenças pessoais, que ela continua viva, num outro plano, e que, talvez, olhe por mim e pelo neto que tanto amou e ajudou a criar. Mesmo sabendo que a vida não termina nunca, sinto falta de sua presença física, suave, delicada, amorosa. Minha amiga, minha grande companheira, minha mestra, meu refúgio.
Por isso, hoje, Dia das Mães, presto a ela uma homenagem na qual incluo todas as mulheres que estão vivendo a experiência da maternidade nesta existência. Da melodia, não gosto muito, ainda mais na interpretação de Nana Caymmi, un tanto lamentosa... Mas as palavras de Erasmo Carlos, um poeta oportuno e gentil, levam-me a pensar em minha mãe e naquilo que peço a ela agora.
Onde você estiver não se esqueça de mim
Com quem você estiver não se esqueça de mim
Eu quero apenas estar no seu pensamento
Por um momento pensar que você pensa em mim
Onde você estiver não se esqueça de mim
Mesmo que exista outro amor que lhe faça feliz
Se resta em sua lembrança um pouco do muito que eu te quis
Onde você estiver não se esqueça de mim
Onde você estiver não se esqueça de mim
Quando você se lembrar não se esqueça que eu
Eu não consigo apagar você da minha vida
Onde você estiver não se esqueça de mim.
Já estou chorando...
Tomo de empréstimo as palavras de outro poeta, Gilberto Gil, e sigo em frente, girando na ciranda da vida:
O nosso amor é como um grão
Morre e nasce trigo, vive e morre pão...

Muito prazer: Zingiber officinale Roscoe

Também conhecido com mangarataia, ou mangaratiá, o gengibre é uma das mais antigas e famosas plantas medicinais do mundo, usado na prática médica popular de quase todos os povos do planeta. Na China, por exemplo, o chá de gengibre, de sabor acre e desagradável, feito com pedaços de gengibre fresco fervido em água, tem sido amplamente indicado para gripes, tosses, resfriados e até ressacas. Na medicina tradicional chinesa o gengibre é, também, considerado um reparador dos males dos pulmões e dos rins. Já no Japão, a massagem com óleo de gengibre é tratamento tradicional para dores de coluna e das articulações. Compressas de gengibre são usadas em muitos lugares do mundo para aliviar a congestão nasal, problemas dos rins, cólicas menstruais e várias outras dores, desconfortos e doenças. Um chumaço de algodão embebido com óleo de gengibre é um tratamento comum contra dores de ouvido. Já me ajudou muitas vezes quando meu filho era pequeno, uma vez que crianças geralmente apresentam otites, mais ou menos dolorosas. Intuitivamente, aquecia um pouquinho o óleo - bem pouquinho! - e colocava no ouvidinho dele: o alívio era imediato. Alguns fitoterapeutas têm recomendado banhos e compressas quentes de gengibre para aliviar os sintomas de gota (um reumatismo de juntas), artrite, dores de cabeça e de coluna. O escalda-pés, pratica médica antiga mas muito eficaz, feito com gengibre funciona como um revigorante para todo o corpo.
As propriedades terapêuticas da planta se devem ao óleo essencial, que contém, entre outras substâncias, canfeno, felandreno, zingebereno e zingerona, todos eles analgésicos potentes, segundo os especialistas. Perguntem aos que usam a voz como ferramenta de trabalho: a grande maioria recorre a pastilhas de gengibre para evitar problemas de garganta que possam interferir em sua atividade.
No quesito alimentação, o gengibre é mais conhecido no Brasil como ingrediente do popular quentão, uma bebida ligada à tradição das festas juninas, e a alguns pratos, mais ou menos sofisticados, geralmente procedentes de outras culturas e hábitos alimentares.
Ao longo desses anos de pesquisa e experimentação culinária, tenho descoberto, e mesmo inventado, outros usos para incorporar essa raiz forte à minha dieta saudável. Na minha modesta opinião, comida sadia há que ser também saborosa, senão não teria a menor graça, já que comer é um dos maiores prazeres sensoriais de que dispomos. Assim, vou misturando os ingredientes de modo que o resultado final seja sempre saboroso.
Vou passar para vocês algumas de minhas alquimias. Como o gengibre aquece o corpo e dilata os vasos sanguíneos, é um alimento fantástico para o inverno que se anuncia - virá? Em tempos de aquecimento global nunca se sabe... O fato é que há uma ameaça de gripe por aí, assim que a temperatura cair, e não custa prevenir.. com prazer!
Voltarei com as receitas. Au revoir!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Rapidinhas da cozinha - utilidade pública

Não é exatamente uma notícia culinária, mas recebi a informação e achei importante divulgar, já que também falo de saúde aqui.
O SUS - Sistema Único de Saúde está disponibilizando fitoterápicos (remédios feitos a base de ervas) gratuitamente nos postos de saúde. Começaram com dois e agora já são oito. Dentre eles estão a Garra do Diabo (Harpagophytum procumbens) e a Unha de Gato (Uncaria tomentosa), comprovadamente eficazes contra dores crônicas, artrite, artrose, reumatismo e outras doenças inflamatórias. São uma alternativa reconhecidamente eficaz para quem tem problemas estomacais, por exemplo, e não pode beneficiar-se da medicação alopática disponível.
Sua entrada na lista do SUS traz à tona uma verdade incontestável: o que nossas avós, gente da roça e índios já sabiam e usavam, é hoje objeto de um sem-número de pesquisas científicas que atestam o poder curador de nossa flora, tão rica e diversa.
Divulgar esta novidade é um serviço de utilidade, uma vez que, cientes dessa possibilidade, as pessoas podem discutir com o médico sobre suas preferências em relação a medicamentos com menos efeitos colaterais.
No entanto, que fique bem claro que não se deve recorrer à automedicação em hipótese alguma, pois mesmo as ervas possuem sua toxidade, se usadas de forma indevida e na quantidade errada.
Saúde! Sempre!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

De volta. Ou de ida?

Brrr! Que frio! No sítio, de madrugada, chegamos aos onze graus, mas com a sensação térmica de menos ainda. No entanto, as manhãs, com cerração, lá no alto da serra, e o sol chegando de mansinho, rasgando as nuvens baixas e abrindo um céu azul profundo são puro deleite.
É o tempo dos marrons, dos ocres, dos dourados, do vento suave mas permanente, das borboletas noturnas, da volta dos pássaros em busca de comida, que já anda escasseando na mata. Outono. Tempo de plantar a horta, porque a chuva, agora, não lava mais os canteiros, vem apenas ajudar a brotar. Tempo de alimentos mais processados, pois os crus são companheiros do verão. Enquanto, no hemisfério norte, dois graus abaixo de zero e uma neve fora de hora fazem a supresa dos espanhóis, por aqui já pensamos em por os edredons e as mantas para tomar sol, porque o inverno vem aí. Ainda faz calor no meio do dia, mas já não é o mesmo de um mês atrás. Bom também!
Trabalhamos muito por lá, nesses últimos dias. Há que limpar o mato que cresceu no tempo das águas, colher as frutas do momento, como os abacates e as mexericas, cuidando de cortar os ramos onde crescem, para que continuem a produzir. As franguinhas vão virando belas galinhas rosadas: são de uma raça considerada como 'caipira' na França - la belle rouge. Ovos em profusão. E aí, não dá para resistir: com o tempo mais frio, a noite pede pipoca - com chá verde e seus preciosos polifenóis! -, bolos e biscoitos (sem gordura trans!) e uma ou outra sopinha para aquecer o corpo e a conversa.
Tinha plantado gengibre quase no final do ano passado e agora colho uma raiz bonita, clara, fresca, para por nos cozidos e prevenir a gripe, já que também ela é globalizada e a mídia reacende a paranóia com o novo vírus. As mandiocas amarelas, macias, estão quase no ponto e vão virar caldinhos fumegantes, com muita cebolinha verde para temperar e tomilho para aromatizar, dilatando os vasos e as artérias que teimam em contrair-se com o frio.
Difícil é não ganhar um pouco de peso, que a gente vai descartando em longas caminhadas, seguindo o curso do rio, e na lida diária, já que, livre do calor, o corpo fica menos preguiçoso e mais disposto.
Estou de volta a BH. Ou de ida na próxima semana? Sei lá! Sei que esse tal de vai-pra-lá, vem-pra-cá é muito estimulante e me mantem cheia de entusiasmo e amor pela vida.
E as notícias da cozinha vão chegando...