quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

E então é Natal... (John Lennon)



    Chegou a época. Mesmo com as águas abundantes que caíram sobre nossa Belo Horizonte nos últimos dias, sente-se no ar o clima inequívoco do Natal. Ruas cheias de gente apressada, ultimando algum preparativo, os centros de compras e os supermercados fervilhando, e eu aqui, placidamente escondida no meu espaço sagrado, tentando dar ao meu Natal uma cor diferente, mais condizente com a mensagem que o Grande Aniversariante trouxe para o planetinha azul há mais de dois mil anos. Do meu computador, venho tentando irradiar alegria, serenidade e boas mensagens aos meus amigos nada virtuais, de tão próximos e queridos que são. O bom das redes de relacionamento é que tudo é muito instantâneo e, pelo menos lá, compartilhamos ideias, votos, além das nossas notícias pessoais. Compartilhamento: eis o espírito sempre natalino do noticiasdacozinha. Em janeiro próximo, já serão dois anos desta convivência deliciosa, cheia de novidades, de trocas amorosas com os seguidores e visitantes que são convidados à minha ceia de nutrição e saúde. Recebo muito, mais do que ofereço: são palavras gentis, um contador de visitas e um mapa mundi que atestam a visita de gente do mundo todo, a partilha de experiências, as sugestões e os pedidos e tudo o mais que faz da minha cozinha um lugar de muitos preparos e misturas surpreendentes.

Alguns amigos pediram receitas, como no ano passado. Mas as receitas estão por aí, em outros sites, nos nossos próprios cadernos, nos cursos de culinária. Este ano quis trazer para vocês, meus queridos, uma receita diferente e especial, para repetir incansavelmente todos os 365 dias do novo ano que vem chegando.  Reproduzo aqui um texto especial que encontrei, passeando por aí, em um blog simpático, o www.lusopoemas.net, de PCoelho.
Vamos lá:
BOLINHOS DE FELICIDADE 
Ingredientes 
1 kg de farinha de sinceridade
4 verdades integrais
Duas xícaras de doçura
300 g de amor da marca verdadeiro
Uma pitada de humildade
Uma colher (sopa) de carinho
50 g de manteiga marca boa vontade
Duas xícaras de óleo de amizade
Modo de preparo
Em uma vasilha, coloque todos os ingredientes e mexa a massa com o corpo e a alma limpos até obter-se liga e uma mistura consistente. Dê um pouquinho de descanso.
Em uma frigideira coloque um pouquinho do óleo da amizade, e pegue pequenas porções de massa com uma colher amiga, formando montinhos de bolinhos de felicidade. 
Não há necessidade de se escorrer o excesso de óleo porque o óleo da amizade faz bem para o coração. Em um prato grande e bem largo, pulverize um pouco de doçura - jamais use adoçante artificial, já que doçura não aumenta os triglicerídeos. Passe os bolinhos nela.
Sirvam-se a vontade: bolinhos de felicidade são mágicos, não vão faltar nunca para todos que quiserem saboreá-los com vontade. (adaptado)

Um ótimo Natal para todos vocês, muitos abraços e beijos, saúde, paz, prosperidade!

P.S. Em 2012 continuarei divulgando as noticiasdacozinha, trazendo as novidades. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Falando para companheiras de sobrevivência

(imagem do google)

Fiquei sem vir aqui por um tempo um pouco longo. Primeiro porque meu blog, de repente, continuou visível para todos, menos para mim. Sumiu. Assim, do nada. Com paciência e vencendo a ansiedade, aos poucos fui recuperando tudo, felizmente.  Além disso, dezembro é o mês dos meus exames de controle e fiquei por conta de me cuidar, com o carinho que aprendi a ter por mim.
Hoje estou de volta para contar uma experiência interessante. A Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte trata pacientes de câncer pelo SUS. E lá existe um projeto muito interessante para portadoras do câncer de mama, com a finalidade de promover a integração e prestar orientação oncológica às pacientes e ao público em geral, dentro de uma perspectiva renovadora, buscando mostrar às pessoas que a informação é nossa maior aliada no combate à doença. Chama-se Projeto ConheSer e é uma iniciativa do Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia, cujo responsável técnico é Dr. Sebastião Cabral Filho, meu médico querido.
Fui convidada para dar o meu depoimento e falar um pouco sobre a alimentação funcional no controle e prevenção de doenças. Na plateia havia cerca de cem pessoas, em sua maioria mulheres, é claro. Foi uma experiência muito compensadora, porque, ao final do evento, fui rodeada por um grupo grande de pessoas querendo saber mais, fazendo perguntas e muito entusiasmadas em mudar seus hábitos alimentares para ter uma vida saudável. Pude divulgar o blog e colocar meu trabalho aqui à disposição de mais gente interessada em se cuidar e ter qualidade de vida. Foi muito bom e me sinto grata à equipe que me deu essa oportunidade. 
Beijos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Acessando de novo

Como puderam constatar, recuperei tudo do meu blog, com um pouco menos de ansiedade e um pouco mais de persistência. Voltei à ativa. Beijos. Obrigada pela torcida.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um mundo de sabor

(imagem do bing)
Ainda estou com problemas de acesso ao meu blog, mas estou conseguindo publicar. Menos mal. Só não tenho certeza se terei acesso aos comentários, estatísticas e à atualização dos blogs dos amigos. Continuo tentando...
Hoje trago curiosidades da estação. O que é servido na ceia de Natal pelo mundo? 

POLÔNIA
A ceia de Natal na Polônia acontece na véspera de Natal e não há carne, só peixe. São servidos 12 pratos, de sopa de beterraba com bolinhos (barszcz) a carpa e arenque fritos. A sobremesa pode ser um bolo de semente de papoula chamado makowiec.

NORUEGA
Na gelada Noruega, muitas famílias comem costeletas de carneiro secas e salgadas (pinnekjott) ou costeletas de porco (juleribbe). Os acompanhamentos são batata cozida e purê de nabos, além de repolho apimentado. Como sobremesa, muitos noruegueses preferem arroz-doce e frutas ou pudim de leite (crème caramel).

ETIÓPIA
Os cristãos etíopes como um cozido apimentado de frango, cabrito ou carne bovina, servido com injera, tradicional pão achatado.

GOA, ÍNDIA
Em Goa, que tem uma das maiores populações cristãs da Índia (foi também colonizada por jesuítas portugueses, grifo meu), o Natal é comemorado com sorpatel, um ragu apimentado de fígado e carne de porco, ou vindaloo de porco, tudo servido com um pão de arroz e coco chamado sanna.

OCEANO ÍNDICO
No Natal do ano que vem, os marinheiros da Regata Oceânica Volvo estarão num barco emtre Abu Dhabi e Cidade do Cabo. Por causa das restrições de peso e das rondadas de vento, a ceia de Natal, nessas circunstâncias, será tetrazzini de peru - prato tipicamente americano - congelado.

ARGENTINA
No calor da Argentina, as famílias se reúnem para uma festa de carnes grelhadas: em geral, um corte de carne bovina de primeira chamado peceto, além de frango e peru. Elas também gostam de tomates recheados e salada: na ceia de Natal, costuma haver salada russa e clássica Waldorf.

JAMAICA
As ceias de Natal jamaicanas podem apresentar vários pratos, como arroz com feijão-guando, cabrito com caril (curry), frango, pato e carne assada, rabada e presunto ao forno. Em vez de pudim, é mais comum um bolo de Natal em estilo jamaicano, feito de frutas deixadas de molho em rum e vinho tinto.

Que tal? Bon appétit!

(Artigo publicado na revista Seleções do Reader's Digest de dezembro/2011, a partir de pesquisa de Ellie Rose)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Problemas com o acesso

Estou tendo problemas com o acesso ao meu blog. Vou tentar visitar os blogs que sigo para ler e comentar. Estou tentando resolver o problema e voltarei a me comunicar. Caso não o consiga, começarei um novo blog e comunicarei o endereço. Beijos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pequenas mudanças que funcionam

(imagem do google)


Tenho, ao longo destes dois anos, postado muita informação para ajudar as pessoas a prevenir doenças, controlá-las, manter a saúde e a qualidade de vida. Nisso acredito. Não tenho me preocupado em publicar sobre 'milagres' dietéticos, capazes de fazer emagrecer e ser feliz da noite para o dia. Não acredito nisso. Levamos anos comendo mal e descontroladamente para ganhar o peso, que depois queremos descartar num piscar de olhos. Isso não existe. As escolhas alimentares que proponho aqui já fazem o seu papel na manutenção do peso.

Entretanto, recentemente, deparei com um artigo interessante sobre pequenas mudanças que funcionam e podem nos ajudar a tomar coragem para subir na balança. O verão vem chegando e, no meu país, as férias escolares também. Todo mundo vai usar menos roupa, vai viajar e expor o corpo em algum lugar cheio de gente 'sarada'. E a maioria de nós não quer fazer feio. Não há como melhorar o visual apenas fechando a boca por um tempo, porque está comprovado cientificamente que isso só leva a ganhar todo o peso novamente, além de nos fazer perder a saúde por falta de nutrientes essenciais.

Vim repassar a vocês as informações que li no tal artigo. Não é uma fórmula definitiva. Nenhuma é. Porém, pode ajudar e, sobretudo, não provocar as mesmas frustrações que fazem as pessoas abandonarem o cuidado com o aumento da massa corporal. São 18 sugestões, mas vocês não precisam seguir todas de uma vez, podem eleger primeiro as mais fáceis e possíveis de adotar e ir incorporando as outras aos poucos. Será uma postagem longa, mas fica para consulta sempre que necessário. Voilà!

1. Programe mais tempo para as refeições

Parece contraditório com a meta de emagrecer, não é? Mas quem reserva pouco tempo para comer engole a comida tão depressa que o organismo não tem condições de avisar o cérebro que não é necessário tudo aquilo. Assim, a menos que acredite ter controle total, ajuste seus horários para comer devagar e calmamente durante pelo menos meia hora (mastigando bem, grifo meu). Com dois terços desse tempo, é provável que comece a se sentir satisfeito(a) e perca a vontade de comer mais.

2. Descanse os talheres ente as garfadas

Essa é uma das melhores maneiras de prolongar a refeição: adotar a regra pessoal de nunca ficar com a colher ou o garfo nas mãos enquanto houver comida na boca. Ponha uma garfada na boca, pouse o talher, mastigue, engula, pegue o talher outra vez e repita o processo.

3. Passe a usar pauzinhos

Eis outra maneira de garantir que se coma mais devagar. Comece comprando um par de hashis (aqueles palitinhos japoneses, grifo meu) bem bonito, cujo uso frequente lhe cause alegria. Depois, faça com eles até as refeições não asiáticas. Isso desacelera a refeição porque, com os pauzinhos, pegamos porções bem menores do que com o garfo. Eles também exigem mais destreza e concentração. Se achar os pauzinhos frustrantes demais, tente segurar o garfo ou a colher com a mão não dominante (p. ex., se você é destro(a), use a mão esquerda, grifo meu).

4. Ponha para tocar música relaxante

Na verdade, canções suaves tocando ao fundo estimulam um mastigar mais tranquilo. Assim, relaxamos naturalmente e combatemos a pressa e o ato de comer ligado ao estresse.

5. Mantenha a concentração

Tudo bem, sabemos que você quer comer com outras pessoas e, se tem família, provavelmente fará questão disso. Esse hábito traz vários benefícios para a saúde que nada têm a ver com nutrição. Portanto, se vai fazer refeições em grupo, não se envolva na conversa a ponto de perder a consciência do processo de se alimentar. A tarefa - importantíssima! - é apreciar cada garfada, comer devagar e com atenção, mesmo enquanto conversa.

6. Mastigue mais

Boa parte do prazer do paladar vem do olfato, e é por isso que tudo fica sem gosto quando estamos resfriados. Use isso a seu favor mastigando mais a comida. Assim, não só comemos mais devagar como registramos melhor o aroma e o sabor dos alimentos. Portanto, reduzimos a probabilidade de usar sal, açúcar e outros estimulantes de sabor pouco saudáveis. Por quanto tempo devemos mastigar? Brian Wansink, Ph.D., que gerencia o laboratório de Alimentos e Marcas da Universidade Cornell, Nos EUA, descobriu que pessoas com peso normal mastigam cada garfada 15 vezes em média, enquanto os gordos mastigam 12 vezes.

7. Use uma faca menor

Não consegue resistir ao queijo cremoso ou à manteiga no pãozinho? Use uma faquinha menor para se servir. A tendência será consumir menos.

8. Use mais luz

Os restaurantes utilizam iluminação suave, e não é só para criar um clima de aconchego; é que assim você pede mais comida. A pouca luz reduz a inibição de comer.

9. Prefira pratos de 25 centímetros

De acordo com Wansink, é possível reduzir o número de calorias em cerca de 20% e perder quase 1 quilo por mês trocando os pratos de 30 centímetros por outros de 25 centímetros. Em estudo realizado num bufê chinês do tipo self-service, os comensais que escolheram pratos maiores pegaram 52% mais comida e comeram 45% mais do que os que usaram pratos menores.

10. Use colheres menores

O sorvete é um dos alimentos cuja falta é mais sentida por quem faz dieta. Mas não é preciso abrir mão dele para emagrecer. Os participantes do estudo de Wansink que receberam colheres de 60 milímetros comeram 14,5% menos sorvete do que os que receberam colheres de 90 milímetros. Quando a colher menor era combinada a um prato menor, os participantes comeram 57% menos sorvete no total. Essa estratégia também funciona com sopas e ensopados em geral.

11. Escolha tigelas de 15 centímetros

A lógica é a mesma. Quando Wansink estudou adolescentes no refeitório de um acampamento, os que usaram tigelas maiores serviram-se e comeram 16% mais flocos de milho do que os que receberam tigelas menores. Além disso, os do grupo com tigelas menores se consideraram mais satisfeitos e pensaram ter comido 8% mais do que o grupo das tigelas maiores. Isso vale para quem gosta de comer iogurte com cereais pela manhã, como eu.

12. Acenda uma vela com aroma de baunilha

Já se verificou que ese aroma reduz a fome de doces. Cada um dos participantes de um grupo de 160 voluntários chegou a perder 2 quilos em média ao usarem adesivos com aroma de baunilha.

13. Deixe a comida no fogão

O acesso fácil a grandes travessas cheias de comida é uma das razões para todos comerem demais em reuniões de família. Aqui o Brasil ainda cultivamos a mania de achar que 'fartura' de alimentos é fundamental numa reunião. Quando as travessas estão na mesa à nossa frentes, é muito fácil estender o braço e repetir. Portanto, sempre que preparar muita comida, deixe a panela ou travessa na cozinha em vez de colocá-la na mesa. Use também colheres de servir de tamanho menor. Única exceção: legumes cozidos e saudáveis. Eles têm poucas caloria que levá-los à mesa provavelmente ajudará a comer menos calorias no total. Eu já aprendi essa regra de ouro: geralmente preparo uma salada farta e variada e coloco na mesa. Todos comem bastante e, quando vamos nos servir dos outros alimentos, comemos bem menos, é fato.

14. Pinte de azul a sala de jantar

Tudo bem, concordo, é quase um exagero, mas os pesquisadores confirmam que as pessoas comem 33% menos em salas azuis. Evidentemente, a luz azulada resultante torna a comida menos atraente. Para ver se dá certo sem fazer uma grande reforma, experimente adotar toalhas e guardanapos azuis. Aliás, vermelho, laranja e amarelo estimulam o apetite, e é por isso que tantas lanchonetes usam essas cores.

15. Mergulhe primeiro o garfo

Em vez de regar a salada saudável com um molho gorduroso, despeje-o primeiro numa pequena vasilha e depois mergulhe nela o garfo para espalhar o molho nas folhas. Além de reduzir a ingestão de calorias (sem sacrificar o paladar), agindo assim também evitamos a pressa ao engolir.

16. Beba água entre as garfadas

Emboa não reduza o apetite, a água retarda o processo de comer. E, sem dúvida, é saudável. Assim, após cada garfada tome um golinho - preste atenção, um golinho! Porque água demais dilata o estômago - de água antes de pegar o garfo outra vez.

17. Reduza a capacidade dos copos

De acordo com outro estudo de Wansink, os adultos costumam servir e beber 19% mais suco em copos baixos e lagos do que em altos e finos. Ter menos líquido à disposição levou-os a saborear melhor a bebida e ingerir menos.

18. Coma sozinho

Pesquisadores verificaram que comer com outra pessoa da família aumenta em 28% a ingestão de comida; com duas, o aumento passa a 41%; e com 6 ou mais, 76%. Quanto maior o grupo, menor a consciência que temos da quantidade de comida ingerida.

Viram? Esse sistema não limita o cardápio, mas ajuda a ingerir menos alimento. Geralmente comemos mais do que de fato necessitamos; com essas pequenas sugestões conseguimos atingir a saciedade como menos comida. Boa sorte e depois me contem se funcionou. Beijos.



Artigo reproduzido da seção Vida Saudável in revista Seleções do Reader's Digest de outubro de 2011.

Fui visitar o site da Universidade Cornell e lá é possivel ter acesso ao trabalho de Brian Wansink, que é bastante interessante. O endereço é http://www.cornell.edu/

domingo, 30 de outubro de 2011

Receitas de liquidificador

(imagem do google)


Gosto de fazer tudo bem feito. Atenção: eu não disse perfeito, disse bem feito. Aprendi com minha mãe, uma perfeccionista que desmanchava a costura quantas vezes fossem necessárias, se achasse que estava torta. Nunca fui uma criança arteira, mas era levada. Só que sempre tive um temperamento manso. E pragmático. Por isso não levava chineladas. Ficava sentadinha num canto, de castigo, com um pedaço de pano, linhas e agulhas nas mãos. E minha mãe foi me ensinando a bordar. Bordar bem! Do mesmo modo me ensinou a cozinhar, passando para mim o gosto e a sutileza no preparo até dos mais simples pratos. Não é necessário complicar para cozinhar bem. A comida, mesmo fácil e rápida de preparar, pode ficar deliciosa, se o fazer é amoroso e delicado.

Uma amiga querida recentemente ficou sem sua fiel escudeira, ou seja, sua funcionária doméstica. E se viu perdida no meio de tantas tarefas novas, além das habituais, fora de casa. Com dois filhos jovens, que sempre chegam em casa da escola esfomeados, pediu socorro: "Angelinha, faça o favor de postar umas receitas de liquidificador, saborosas, nutritivas e rápidas de fazer!"

Aí vão duas delas, Rêzinha do meu coração. Com um beijo estalado. Tomara que mais gente se aventure e goste. Voilà!

TORTA RÁPIDA DE CARNE

Ingredientes

1 xícara (chá) de óleo (eu uso o de oliva)

1 1/2 xícara (chá) de leite

3 ovos

1 colher (sopa) de fermento em pó

100 g de queijo parmesão ou canastra ralado (eu prefiro comprar o pedaço e ralar na hora, os de pacotinho têm o sabor meio 'ardido' para o meu paladar)

2 xícaras (chá) de farinha de trigo (pode ser integral fina)

Sal a gosto (nada de abuso, certo? Até porque alguns queijos já são bem salgados e as azeitonas também)

1 colher (sopa) de cheiro verde picado

1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas

Manteiga para untar (ou margarina, que eu, particularmente, não recomendo, pois se vai ao forno vira gordura trans)

Recheio

2 xícaras (chá) de sobras de carne assada ou cozida (o recheio pode variar, de acordo com as sobras que temos em casa)

Modo de preparo

No liquidificador, bata os ingredientes da massa e coloque metade em uma forma de 22cm x 35cm untada. Coloque o recheio e cubra com o restante da massa. Leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até dourar levemente. Deixe esfriar e sirva. Vai bem com uma salada caprichada, agora no verão.


TORTA VERDE

Ingredientes

1 xícara (chá) de espinafre cozido e espremido

1 xícara (chá) de leite

1 xícara (chá) de água

1 xícara (chá) de óleo

4 ovos

Sal a gosto

1 colher (sopa) de fermento em pó

2 xícaras (chá) de farinha de trigo

1 xícara (chá) de amido de milho

Manteiga para untar

Recheio

200 g de queijo mussarela de búfala (mais light) fatiados

200 g de peito de peru defumado (também mais light) fatiados

Modo de preparo

No liquidificador bata o espinafre com o leite, a água, o óleo, os ovos e o sal até viara um líquido homogêneo. Acrescente os demais ingredientes da massa e distribua metade dela em uma forma, ou refratário, untados. Recheie com a mussarela e o peito de peru e cubra com a outra parte da massa. Leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos. Retire, espere amornar e sirva em seguida. Também vai bem com salada.

Atenção: mesmo que não sejam servidas logo após preparadas, ficam saborosas frias mesmo e podem ser conservadas em geladeira, caso sobre uma parte.

Um vinho branco geladinho acompanha perfeitamente.

Beijo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Rapidinhas da cozinha: alho é tudo de bom

(imagem do bing)


ALHO É TUDO DE BOM

MAIS COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE OS EFEITOS TERAPÊUTICOS DESTE ALIMENTO CHEIROSO


A ingestão diária de alho pode atuar como coadjuvante na vasodilatação, na hipertensão, no controle do colesterol e como preventivo do câncer do aparelho digestivo. É o que asseguram os médicos Hernani Pinto de Lemos Júnior e André Luis Alves de Lemos, da Unifesp, em análise na revista "Diagnóstico & Tratamento", da Associação Paulista de Medicina.

Os autores citam vários estudos. Entre eles, o da revista da Academia Nacional de Ciências do Estados Unidos, em que G. A. Benavides comprova a ação vasodilatadora de componentes presentes no alho. Igualmente relatam pesquisa realizada por Yara Severino de Queiróz na Faculdade de Saúde Pública da USP sobre a ação antioxidante do alho quando consumido cru, cozido ou frito.

Perdas de efeito

Neste ano Yara Queiróz defendeu tese de doutorado na FSP/USP no qual analisa o efeito do processamento do alho sobre seus compostos bioativos e se na cocção ou na fritura ocorre redução desses compostos. A pesquisadora constatou que o potencial antioxidante do alho é reduzido com seu processamento, porém é maior quando ele é submetido a fritura. Conclui que o alho cru ou cozido oferecem benefícios à saúde diminuindo a presença de gorduras no sangue e têm alto potencial antioxidante no plasma e no tecido hepático, como foi observado em hamsters com excesso de colesterol no sangue.

Ou seja, (...) a ciência mais uma vez está tirando o chapéu para a sabedoria popular (e milenar), que sempre identificou no alho excelentes poderes terapêuticos. Use bastante alho, especialmente cru ou cozido (e se não for namorar logo depois).



O texto acima encontra-se no Jornal Bem Estar, de Belo Horizonte, no. 13, de outubro de 2011, na seção Guia Saúde. Para contatos, o endereço eletrônico é bh@jornalbemestar.com.br



Minhas sugestões:

1. Ao preparar o arroz, frite-o bem e só ao final, quando for acrescentar a água, coloque o alho, para que não frite e perca suas qualidades;

2. Para minimizar o cheiro do alho no hálito, corte-o ao meio e retire aquele grelinho que fica no centro do dente antes de amassá-lo.

Saúde!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

(imagem do bing)


Raramente saio de casa. Principalmente à noite. Só gente muito querida me tira do comodismo e do conforto do meu espaço sagrado. Pois bem. Uns meses atrás senti muita saudade de um velho conhecido, amigo de um amigo e que acabou virando meu amigo também e com quem tive a alegria de trabalhar em uma escola de idiomas, onde ele era coordenador. Seu nome é Marcelo e o descrevo como uma pessoa afetiva e bem humorada. Sua conversa é sempre pontuada por frases e vocábulos em inglês, porque ele transita confortavelmente entre os dois registros - inglês e português -, além de falar francês como um nativo da língua. Uma delícia!

Há dias venho querendo postar alguma coisa sobre cogumelos. Durante um tempo, relutei em consumi-los, imaginando que o sabor não seria agradável. Até experimentar. O Dr. Servan-Schreiber, autor do livro Anticâncer, de quem já falei aqui algumas vezes, oferece algumas informações interessantes sobre estes fungos comestíveis. Transcrevo aqui suas palavras:

"Os cogumelos estimulantes do sistema imunológico

No Japão, os cogumelos shitake, maitake, kawaratake ou enokitake fazem parte dos pratos mais comuns. Passaram também a ser encontrados nos hospitais, onde acompanham os tratamentos de quimioterapia. O lentinan e os outros polissacarídeos que eles contêm em abundância estimulam diretamente o sistema imunológico. Os camponeses japoneses que consomem bastante desses cogumelos têm até duas vezes menos cânceres de estômago do que os que não comem. Em estudos universitários japoneses, os pacientes que recebem extratos de cogumelo vêem o número e a atividade de seus glóbulos brancos aumentarem notavelmente, inclusive no próprio interior do tumor.

Os pesquisadores da Universidade de Kyushu no Japão mostraram que, quando o consumo desses cogumelos acompanha ou segue a quimioterapia em pacientes que sofrem de câncer de cólon, pode prolongar sua sobrevida. Provavelmente porque a ativação de seus sistemas imunológicos desacelera o crescimento dos tumores.

No laborário de Béliveau (Richard Béliveau, bioquímico e pesquisador, diretor de um dos maiores laboratórios de medicina molecular, especializado em biologia do câncer, no Canadá, grifo meu) diferentes cogumelos foram testados contra as células do câncer de mama. Os benefícios não se limitaram aos cogumelos asiáticos. Alguns, como os cogumelos ostras, permitem parar quase completamente o crescimento das células em cultura."

O que isso tem a ver com o Marcelo? Ah! No dia em que fui visitá-lo, junto com nosso amigo comum, ele nos preparou um jantarzinho que nunca mais esquecerei, de tão saboroso e delicado. Outro dia pedi a ele que me enviasse sua receita, autorizando que eu a publicasse aqui. Com a gentileza que lhe é peculiar, enviou-me o seguinte e-mail:




Oi Ângela quééééérida!
All’s well, thank God. Espero que tudo esteja bem. Eu estou doido pra ler seu artigo sobre cogumelos. Me avisa, tá? (pq sou bem ruinzinho de entrar nos blogs!)
Qto àquela receita, infelizmente não sei as quantidades.... faço por instinto. Mas, vc saberá as medidas.
Eu douro o alho-porró fatiado fininho (redondinho mesmo) usando só um tiquitin’ de nada da parte verde, ultra-mega fininho, com manteiga e um fiozinho de azeite também. Depois coloco e mantenho refogando ligeiramente os cogumelos (os diferentes tipos de shitake – é esse q tem escuro e rosa?), o champignon de paris e outros. Sal e pimenta branca. Depois o leite evaporado (q pode ser substituído por leite comum). Por último muita salsinha picada (não cozinhar!) e, quando tiro do fogo, acrescento o creme de leite. Farfalloni é uma boa pedida, pq “segura” bem o molho. Mas, qualquer tipo de massa similar fica bom, até mesmo o penne.
Veja, por favor, se está de acordo!
Bjs and be well!
Marcelo


Bem, o leite evaporado não é tão fácil de encontrar, aqui em BH só em alguns supermercados. Agora, a receita é de comer ajoelhado, agradecendo a Deus pelo prazer! Experimentem!


Beijos.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

E por falar em vida...

(imagem do google)




Na postagem anterior, fiz algumas divagações a respeito de vida e morte, sobre emoções reprimidas e sobre o sentido da vida. Questões do domínio da filosofia, que sempre nos intrigam. Fiquei pensando: quem se preocupa com uma alimentação sadia, com bons relacionamentos com as pessoas, com os pensamentos que alimenta; quem toma para si o cuidado consigo mesmo e o faz com amorosidade; quem aprende a viver com simplicidade e adota uma atitude de gratidão para com tudo que o(a) cerca; quem consegue administrar bem suas emoções menos nobres e aperfeiçoa o seu lado mais iluminado; quem contribui para o bem comum, já que tudo está interligado, pode dizer que vive uma vida plena. Isso exige de nós coragem e atitude, mas também humildade. É necessário perceber que cada existência é uma oportunidade de mostrarmos o que temos de comum com nossos semelhantes e em que somos únicos. Trazemos em nós uma centelha de algo maior e tendemos para a luz. Como e quando chegar lá depende de nossas escolhas e de nossa capacidade de compartilhar, porque é na troca que dividimos e acrescentamos.

Gosto muito da minha cozinha. Muita gente concorda que a cozinha é o coração da casa, pleno de calor, construindo vida através do preparo do alimento. É o lugar onde se dão os encontros, as celebrações, o partilhamento da alegria, o prazer de conviver. Quem abre sua cozinha às pessoas está abrindo para elas o seu coração. Quando venho aqui sinto que estou viva, pulsante, alimentando esperanças e possibilidades de mudança. Digo isso sem pudor, pois o que me move não é vaidade, mas a realização de um desejo mais profundo de reunir as pessoas em volta da minha mesa, de conhecê-las, de nutri-las, de ser nutrida por elas, de repartir o pão, de amar sem imposições. Sinto um prazer quase ingênuo quando alguém me pede uma receita, uma sugestão, faz comentários, envia informações, ou simplesmente passa por aqui para deixar um 'oi' bem humorado e gentil. É nesse clima de harmonia e sinergia com o outro que vou me tornando um ser humano melhor a cada dia.

Sou grata por isso.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A armadilha das palavras

(imagem do bing)


Sou fascinada pelas palavras. Quando bem combinadas, expressam sentimentos, aproximam pessoas, divulgam idéias, comunicam. No entanto, nem sempre a linguagem é uma fonte de entendimento. Simples. Há uma lacuna - de tempo, de estado de espírito, de construções emocionais, enfim, de bagagem de vida - entre aquele que escreve e aquele que lê.

Desde que comecei meu blog, tenho pautado minha prestação de serviço pela ética, citando fontes, reproduzindo mais de um texto sobre o mesmo assunto, fornecendo endereços virtuais de pesquisa, dentre outros recursos. E quem quer que bata à porta da minha cozinha, encontra também gentileza, amorosidade, compartilhamento e, acima de tudo, um profundo respeito. Esta mesma conduta é seguida quando deixo comentários nos blogs que sigo. Fiz amigos queridos por intermédio deste espaço democrático e hoje as pessoas enviam contribuições, questionam, perguntam, colocam suas dúvidas, além de me alimentarem com seu carinho. Com os mais próximos, permito-me até algumas cutucadas, ou mesmo provocações, quando sinto que podem rever suas perspectivas. Afirmo, com tranquilidade, que sou piloto de teste de tudo que informo aqui e muito hábitos alimentares saudáveis já estão incorporados à minha vida diária e da minha família há muitos anos. Sei que pessoas já se beneficiaram com mudanças no seu sistema alimentar e fico feliz. O fato de ter sido acometida por uma doença grave produz uma certa confiabilidade e a sensação de acolhimento naqueles que também estão enfrentando suas lutas pessoais.

Reconheço que os médicos ainda não creditam à alimentação a responsabilidade por muitos dos males modernos, nem a possibilidade de preveni-los, ou mesmo evitar sua progressão quando já instalados. Eles se sentem mais confortáveis seguindo seus protocolos, confiando nas drogas disponíveis, nos tratamentos padronizados, o que representa segurança para seus pacientes, mas também para eles mesmos, caso alguma intercorrência mude o rumo dos resultados esperados, sejam eles bons ou ruins. É que sua área de conhecimento é medicina. Nutrição também faz parte do campo da saúde, mas o profissional é outro - nutricionista, ou nutrólogo. E no seu domínio, há pesquisa consistente sobre a função dos alimentos, que talvez os médicos não conheçam. Ainda. Assim como psicólogos e terapeutas são igualmente profissionais da saúde e possuem ferramentas bem fundamentadas para cuidar da mente e das emoções humanas. Quem abre seu leque de recursos no cuidado com a própria saúde tem maiores possibilidades de sucesso.

O impressionante Dr. David Servan-Schreiber - ele de novo! -, neurocientista diagnosticado com um câncer de cérebro agressivo e com prognóstico de sobrevida de 6 semanas, acabou aumentando seu tempo no planetinha azul em 19 anos, como já disse aqui. Porque foi corajoso o suficiente para produzir mudanças em sua vida pessoal, com base em um tripé que faz bem para todo mundo: alimentação saudável, atividade física e estado de espírito de qualidade.

Hoje escolhi abordar aqui o aspecto das emoções e do estresse. Particularmente, não acredito em resignação. Quem está lutando contra uma doença, com certeza não está resignado. Por vezes, para proteger seus amados do sofrimento, pessoas fingem uma serenidade que não estão sentindo. Qualquer um sabe que emoções reprimidas resultam em doenças, ou as agravam. Segundo o meu sistema de crenças, algumas coisas não temos como mudar: fazem parte de um projeto reencarnatório com o qual nos compremetemos. Entretanto, sobre outras tantas situações podemos atuar pró-ativamente. Há cansaço, há dor, há desânimo, há raiva e cada um conhece o seu limite, até onde sustentar a luta. Todas essas emoções são legítimas e devem ser vividas, até que esvaziemos nossas almas. Mesmo as que não são socialmente aceitas, ou que nos causam vergonha. Quem sofre não pode escamotear seus medos, sua exaustão, sua dificuldade de enfrentamento. Ficar doente não é lindo, não é agradável e não traz ganho psicológico duradouro, por mais que as pessoas fiquem nos dizendo aquilo que aparentemente desejamos ouvir. É mais saudável expressar o que estamos sentindo e focar no sentido da vida, como nas palavras do Dr. Servan-Schreiber: " Aprender a lutar contra o câncer é aprender a nutrir a vida dentro de nós. Mas não é obrigatoriamente uma luta contra a morte (que é o que os médicos se sentem na obrigação de fazer conosco, grifo meu). Ter êxito nesse aprendizado é chegar a tocar na essência da vida, encontrar uma completude e uma paz que a tornam mais bela. Pode acontecer de a morte fazer parte desse êxito. Há pessoas que vivem suas vidas sem apreciar seu verdadeiro valor. Outras vivem a própria morte com uma tal plenitude, uma tal dignidade, que ela parece ser a realização de uma obra extraordinária e dar um sentido a tudo que viveram. Preparando-se para a morte (independentemente de estarmos doentes, ou não, grifo meu), libera-se a energia às vezes necessária à vida. É preciso começar desarmando o medo."

Ao postar aqui, ao falar do que falo, ao comentar os posts dos amigos, estou focada na vida, esta aventura extraordinária que se renova a cada amanhecer.

Um abraço verdadeiro, cheio de respeito e compaixão.

P.S.: Havia esquecido e voltei para dizer: continuo acreditando firmemente em milagres, bem como no avanço da pesquisa científica.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Por que ela vale tanto em pé?

(imagem do bing)


Um chefe índio Seattle, em um discurso antológico que muita gente conhece, disse que tudo sobre a terra está interligado; ou seja, que somos um com tudo que vive. Este blog começou a partir de uma preocupação minha em promover ecologia interior através de uma alimentação saudável e funcional, ou seja, que realiza uma função na prevenção e controle de doenças.

Sabemos não ser apenas o que entra pela nossa boca que é fundamental para a homeostase - um estado de perfeito equilíbrio do organismo. O que pensamos, o ar que respiramos, a água que bebemos, enfim tudo está conectado para promover esse equilíbrio. Ou deveria.

Como sou uma estudiosa e praticante da doutrina espírita, a matéria de capa da revista Superinteressante deste mês - CIÊNCIA ESPÍRITA - acenou-me da banca e eu a comprei. A matéria acrescenta pouca informação ao que já temos visto nos mais diversos meios de comunicação.

No entanto, ao continuar a ler a revista, deparei com um informe publicitário muito interessante sobre o um movimento chamado Planeta Sustentável.

Reproduzo para vocês o texto.


POR QUE ELA VALE TANTO EM PÉ?

As florestas fornecem tantos benefícios para nós, diretos ou indiretos, que os especialistas costumam dividi-los em quatro tipos chamados serviços ambientais ou ecossistêmicos.

Reguladores:

As florestas realizam processos vitais que raramente recebem valor monetário, como a proteção dos rios, a regulação do clima e das chuvas e o armazenamento de carbono na atmosfera.

De provisão:

Fornecem bens diretos - frutos óleos, madeira, fibras - que resultam em alimento e matéria-prima para produtos e indústrias, como a farmacêutica, de construção e de cosméticos.

De suporte:

Fornecem benefícios indiretos para as pessoas, como a formação dos solos e crescimento das plantas, mas fundamentais para os outros serviços, por promover o equilíbrio dos ecossistemas.

Culturais:

Representados no turismo, nos esportes e no lazer, bens imateriais - recreativos, estéticos e até espirituais - são fornecidos pela floresta, em função de nossa ligação com elas.

Pagar para preservar

Para que a floresta continue garantindo esses serviços e não vire apenas madeira e carvão, especialistas defendem uma remuneração especial para quem cuida dela:

"A forma como a floresta é gerida é que determina a extensão dos serviços ambientais e como eles serão transformados em benefícios sociais, econômicos e ambientais. Boa parte dos custos e do trabalho de manejar e preservar a mata recai sobre poucos indivíduos ou entidades, enquanto os benefícios que ela traz são públicos e amplos para a sociedade. Por isso, é importante que quem atue pró-ativamente para manter essas funções e benefícios seja remunerado. Um mecanismo de pagamento por serviços ambientais serve de incentivo e amplia os esforços de conservação e gestão sustentável das florestas." (Tasso Azevedo, engenheiro florestal, conselheiro do Planeta Sustentável)


Os países do Primeiro Mundo também tiveram, no passado, que realizar campanhas deste tipo: a princípio, uma remuneração que incentivasse o cidadão comum a aderir; e, junto com ela, uma ênfase na educação ambiental, pois só a educação promove mudanças duradouras.

Sei que o assunto já foi mais do que explorado e que a maioria de nós está sabendo disso. Entretanto, o desmatamento continua, as queimadas e a seca nos assustam e receiamos a temporadas das águas que vem por aí. Alguns acham que é ingenuidade pensar numa reversão do apocalipse planetário. Mas eu escolho continuar acreditando.


O Planeta Sustentável produz conhecimento para despertar a consciência das pessoas por um mundo melhor. http://www.planetasustentavel.com.br/

domingo, 25 de setembro de 2011

Rapidinhas da cozinha: esclarecimento

(imagem do bing)


0O comentário de minha querida amiga Wilma Didou, dona do blog http://cancerdemamamulherdepeito.blogspot.com/, na postagem anterior, levantou uma questão importante a respeito da cúrcuma e do açafrão. Grosso modo, são plantas diferentes, uma originária da Indonésia e a outra uma especiaria trazida da Índia e cultivada aqui mesmo, com sucesso na nossa Amazônia tão rica e maravilhosa.

Realmente o pó vendido em lojas de importados e conhecido como cúrcuma, ou curry, custa uma fábula, devido ao modo de produção do pó, retirado do pistilo da flor; porém, em termos funcionais, não possui qualquer diferença em relação ao nosso açafrão-da-terra, significativamente mais barato. Por que? Ambas as plantas são parentes do gengibre (família Zingiberaceae) e o princípio ativo, com todas aquelas propriedades maravilhosas, a curcumina, está presente nas duas. No comércio, em geral não se faz distinção entre os nomes do pozinho que vale ouro no quesito saúde: chamam-no de cúrcuma, açafrão, ou curry. Ele é extraído da raiz da planta, de cor amarelada, que o caracteriza.

Sugestão: deve-se comprar o pó em embalagens fechadas e em pequenas quantidades, para não ficar muito tempo guardado, pois perde em qualidade. É também importante escolher marcas conhecidas e idôneas para evitar a adição de corantes artificiais.

Para quem desejar maiores informações e se interessar em pesquisar sobre o assunto, indico o site http://www.saudecomciencia.com/2009/03/curcuma-no-combate-ao-cancer.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rapidinhas da cozinha: ouro comestível


O programa Globo Repórter já falou de suas propriedades antitumorais. Ele é amarelo e poderoso. Pode ser comparado ao ouro. Mas é um alimento funcional. Ouro puro para a saúde. Quem o diz é, ainda, o Dr. David Servan-Schreiber. Reproduzo o seu texto.

(imagens do bing)

"O cúrcuma (pó amarelo que entra na composição do curry) é o antiinflamatório natural mais poderoso idenficado até hoje. Ele contribui também para induzir a apoptose (= suicídio programado) das células cancerosas e para inibir a angiogênese (= a capacidade das células cancerosas de criar novos vasos para alimentar o tumor). Em laboratório, ele aumenta a eficácia da quimioterapia e reduz a progressão dos tumores.

ATENÇÃO: para ser absorvido pelo organismo, o cúrcuma deve ser misturado à pimenta-do-reino (não simplesmente a [qualquer tipo de] pimenta) Idealmente, ele deve ser diluído em óleo (azeite de oliva ou óleo de linhaça, de preferência. As diferentes misturas de curry têm que conter 1/5 ou menos de cúrcuma. [Portanto] é preferível utilizar diretamente o pó de cúrcuma (quanto mais escuro melhor, grifo meu).

Uso típico: meia colher de café de pó de cúrcuma misturada com uma colher de azeite de oliva, uma boa porção de pimenta-do-reino (moída na hora, novo grifo meu) e um fio de xarope de agave (nossa conhecida babosa, mais um grifo meu. Eu dispenso.). Pode ser acrescentado aos legumes, às sopas, aos vinagretes."


Eu, particularmente, uso cúrcuma em quase tudo. Eu cozinho arroz com cúrcuma, que dá um leve sabor picante, e faço risotos fantásticos. E como minha amiga e seguidora querida Cris, do blog Minha História (http://cristinapaiva.blogspot.com/) adora quando posto receitas e há muito tempo não o faço, lá vai:

SUFLÊ DE CHUCHU COM CÚRCUMA

Ingredientes

2 gemas

2 claras batidas em neve

1 pitada de sal

1 pitada de fermento em pó

1 pitada de pimenta-do-reino moída na hora

1 colher (sopa) de cúrcuma

1 1/2 colher (sopa) de manteiga

1 colohe (sopa) de farinha de trigo integral fina (pode ser a branca)

1 colher (sopa) de amido de milho

3/4 (150ml) de xícara (chá) de leite (pode ser desnatado)

2 chuchus pequenos cozidos com a casca e depois descascado e fatiados

Modo de preparo

Faça um molhinho branco com a manteiga, as duas gemas (cuidado para não cozinhar as gemas rápido demais, para não endurecer; use fogo baixo e mexa sempre), a farinha, o amido de milho e o leite. Tempere com o sal, a pimenta-do-reino e a cúrcuma. Bata as claras em neve. Acrescente os chuchus fatiados em fatias finas ao molho branco e misture delicadamente, incorporando as claras em neve. Coloque tudo em uma forma (pode ser um pyrex) untada. Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 35 minutos em forno médio, ou até que o suflê tenha crescido, esteja fofinho e dourado por cima.

Recado para minha querida Rêzinha: prato simples de preparar, leve e cheio de 'sustância', como costumam dizer.

Beijos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Chá verde: novidades anticâncer

(foto de Dr. Servan-Schreiber, em 2008, do arquivo do google)


Em fevereiro de 2011, publiquei uma postagem sobre chá verde, do qual faço uso há algum tempo por conhecer suas inúmeras qualidades. Pois bem: na última segunda-feira, 05/09, encontrei-me com minha querida amiga Rê, do blog http://toforatodentro.blogspot.com/, para um Sempre um Papo de mesa farta e saborosa: sete escritores da melhor qualidade, comemorando os 25 anos do projeto sob a batuta de Afonso Borges. Havia pedido a ela que me emprestasse um livro que acabara de ler e do qual gostara muito, e ela veio ao nosso encontro com ele na mão. Com o título ANTICÂNCER, foi escrito por um jovem médico de origem francesa, psiquiatra e pesquisador na área de neurociência, relatando sua experiência de, aos 31 anos de idade, passar de médico a paciente de um câncer agressivo no cérebro, seu objeto de clínica e estudo, descoberto meio ao acaso, ao servir de 'cobaia' para um novo estudo feito através de ressonância magnética.

Para além do susto inicial e da sensação de perda de status na profissão, olhado com piedade e constrangimento pelos próprios colegas da Universidade de Pittsburgh, onde estudou e tinha seu laboratório de pesquisa, buscou racionalizar sua situação considerando que as estatísticas de qualquer pesquisa de sobrevida resultam numa curva que tem sempre uma longa cauda à direita que pode até se prolongar consideravelmente. Bingo! Sua previsão de sobrevida de seis semanas passou a funcionar apenas "como uma informação, não como uma condenação". A partir de então, passou a encarar a doença como um desafio, nem tão grave assim. E passou a avaliar as opções de tratamento, bem como as 'outras possibilidades', ou seja, as mudanças que deveria realizar em seu curso de vida para fazer o tratamento dar certo.

David Servan-Schreiber faleceu no meio deste ano, aos 50 anos de idade, de uma recaída, 19 anos depois do diagnóstico inicial! Durante este tempo fez escolhas fundamentais e viveu com qualidade. Um dos pilares da transformação que operou foi a alimentação. Algo sobre o quê venho insistindo em falar aqui na nossa cozinha. Estou lendo o livro com calma e impaciência, ao mesmo tempo, de tão excitante que é ver um paciente de câncer falar das coisas que já publiquei aqui, inclusive sobre a dieta do Dr. Bob Arnot, que, apesar de fornecer informação séria, fundamentada e de qualidade para o controle e a prevenção do ca de mama, não era, ele mesmo, um doente.

Mencionei o chá verde no início desta postagem porque o Dr. Servan-Schreiber traz novidades sobre o seu uso. Do ponto de vista técnico, o que ele propõe é uma maneira de barrar a invasão dos tecidos adjacentes ao tumor tratado, chamada de metástase, como também impedir a angiogênese, ou seja, a capacidade de o tumor criar novos vasos sanguíneos para alimentá-lo. As substâncias anticâncer do chá verde, ou seja, da erva camellia sinensis, são conhecidas como catequinas - em especial uma delas, a epigalocatequina-3-galato - ou EGCG -, que, segundo ele, "é uma das moléculas nutricionais mais poderosas contra os mecanismos necessários à invasão dos tecidos e à formação de novos vasos pelas células cancerosas. Ela é destruída durante a fermentação necessária à fabricação do chá preto, mas está presente em abundância no chá que permaneceu 'verde' (não-fermentado)". Ainda de acordo com o médico, "após duas ou três xícaras de chá verde, a EGCG está presente no sangue em grandes quantidades, espalhando-se por todo o organismo através dos pequenos vasos capilares que cercam e nutrem cada célula do corpo. Ela se coloca na superfície destas últimas e se encaixa nos interruptores (os 'receptores'), cuja função é dar o sinal que permite a invasão dos tecidos por células estrangeiras, como as células cancerosas". Tudo isso sem efeitos colaterais!

O livro do Dr. Servan-Schreiber é uma confirmação de tudo que venho buscando divulgar aqui e isso me deixa muito feliz. Para os mais céticos, posso afirmar que a bibliografia que fundamenta a obra é extensa e consistente, resultado de artigos acadêmicos produzidos nas instituições de ponta na pesquisa do câncer e publicados nos mais conceituados periódicos científicos. Segundo eles, em laboratório, a EGCG bloqueia até mesmo o efeito dos cancerígenos químicos injetados em cobaias, responsáveis por tumores de mama, pulmão, esôfago, estômago e cólon.

Na minha postagem de fevereiro/2011 discorro sobre o chá verde, seu poder de desintoxicar o organismo e o modo de prepará-lo. Como sou esperta, vou continuar com esse hábito saudável e agradável. Que tal um chá verde das cinco?

Entre uma xícara e outra, seguirei lendo e virei divulgar as novidades que o Dr. Servan-Schreiber trouxe para a abordagem da doença e sua prevenção. Beijos.

Para quem quiser pesquisar no site do médico, o endereço é http://www.anticancer.fr/. No google também é possível encontrar farta informação sobre ele e no youTube há um vídeo do Globo Repórter - em duas partes -, falando dele e suas teorias.

domingo, 28 de agosto de 2011

Alimentos fundamentais

(imagem do google)


Em uma sociedade hedonista e focada na imagem, o grande perigo dos modismos dietéticos é perder-se no emaranhado das listas de alimentos que ora estão em alta, ora em baixa; alimentos hoje condenados, amanhã absolvidos; além dos 'alimentos milagrosos', que surgem todos os dias, vindos das mais diversas partes do mundo e sem pesquisa consistente e tempo de investigação suficiente para comprovar seus reais benefícios. De acordo com o dicionário eletrônico Houaiss, hipocondria é 'a focalização compulsiva do pensamento e das preocupações sobre o próprio estado de saúde, frequentemente acompanhada de sintomas que não podem ser atribuídos a nenhuma doença orgânica'. Em aguns hipocondríacos a compulsão manifesta-se através da automedicação, o que felizmente vem ficando cada vez mais difícil graças a recentes medidas restritivas tomadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Tudo fica mais difícil, porém, quando se trata dos tais 'milagres alimentícios'. Como não há um controle rigoroso sobre o real valor nutricional e funcional do alimento e os órgãos controladores se atenham apenas a alguns aspectos tais como higiene, exibição dos ingredientes e do conteúdo nas embalagens, segurança alimentar (ainda insipiente), dentre outros, muita gente cai na armadilha hipocondríaca do alimento que vai garantir saúde e juventude ad aeternum. Desavisadas, as pessoas ingerem esses alimentos sem uma consulta a um nutrólogo ou nutricionista, por vezes em quantidades exageradas, ou mesmo sem necessidade, a título de 'prevenção', sem saber que até água potável em exagero faz mal. Foi assim com a soja, com certos iogurtes e leites fermentados que pretensamente fariam o aparelho digestivo funcionar, e ainda é hoje, com alimentos surgidos do nada, como a famosa 'ração humana', comercializada de maneira errada, uma vez que seus ingredientes oxidam rapidamente se expostos à luz e ao ar. Ela vem, equivocadamente, sendo utilizada para substituir refeições inteiras - por vezes todas! - no afã de perder peso.

É preciso muito cuidado com os alimentos, digamos, arrivistas - se é que posso me expressar assim -, que caem na mídia de repente e parecem a panaceia, solução para todos os males.

No entanto, depois de tudo isso que escrevi aqui, atrevo-me a colocar uma lista dos 10 alimentos fundamentais. Sobre eles já existem dados de pesquisa consistentes, mas, ainda assim, melhor que sejam utilizados sem excessos e sem a expectativa de que, por si só, eles sejam a garantia de saúde e bem estar. Melhor procurar a ajuda de um médico endocrinologista, no caso de alterações metabólicas, e/ou o auxílio luxuoso de um profissional em nutrição para que o seu uso seja feito corretamente. Tal cuidado justifica-se, por exemplo, no consumo de uva, alimento que consta da minha lista, entretanto uma das frutas com o mais alto teor de frutose, um tipo de açúcar, que restringe o seu uso para portadores de diabetes. Ou a linhaça, desaconselhada para quem sofre de colite crônica, um tipo de inflamação do intestino.

Colocadas as recomendações, vamos ao rol dos 10 mais.

1. Linhaça ou peixes ômega-3: auxiliam na função cerebral, bons para a saúde cardiovascular. A linhaça ajuda no bom funcionamento intestinal.

2. Castanha-de-caju e do pará, nozes, amêndoas: a do pará é rica fonte de selênio, excelente para a memória.

3. Iogurte: fonte de cálcio e probióticos, bom para a saúde intestinal e por ser barreira protetora contra alergias, rinites e depressão.

4. Uva roxa: os flavonóides (tônicos circulatórios) presentes são bons para o coração.

5. Aveia: é barata, dá saciedade, controla a glicose e o colesterol LDL - o ruim.

6. Tomate, goiaba, melancia: contêm licopeno, substância anticâncer, melhor absorvida quando a fonte é aquecida.

7. Azeite: é gordura monoinsaturada, considerada mais limpa e saudável, principal elemento da dieta mediterrânea. Contém o ácido graxo ômega-9, gordura do bem.

8. Cacau em pó ou chocolate que tenha concentração de cacau acima de 50%: o ideal é consumir de 20 a 30g por dia (atenção chocólatras!). Contém substâncias antioxidantes e reduz a pressão arterial.

9. Alho: a alicina, substância presente no alho, atua no controle do colesterol, melhora o sistema autoimune, previne contra depressão e reduz a chance de se adquirir doenças por bactérias ou vírus.

10. Frutas cítricas alaranjadas: acerola, mamão e laranja são fontes de ácido ascórbico, que previne contra a gripe e o cansaço físico. É antioxidante.

Lembrete: prefira os alimentos de época e aqueles que nascem no país e no local onde você vive. Por que? Você faz parte de um ecossistema e tem afinidade com tudo que cresce no solo próximo a você.

Saúde! Beijos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A nova dieta francesa

(imagem do google)


Uma das coisas ótimas de se ter um blog são os amigos especiais que se faz no mundo virtual e o quanto eles têm prazer em contribuir com o serviço que você presta. Hoje a contribuição vem, novamente, da minha amiga Wilma Didou, do blog Mulher de Peito (http://cancerdemamamulherdepeito.blogspot.com).
Ela me enviou por e-mail o texto que reproduzo abaixo e que tem certa afinidade com minha postagem anterior O que há de novo, mas nem tanto...

O título é Dieta Francesa e tem tudo a ver com seu sobrenome francês, ou seja, há propósito e sincronicidade em tudo, concordam?
Voilà!
O Dr. Will Clower, médico neurofisiologista (há mais informações para ele no google, grifo meu), desenvolveu, durante sua estada de dois anos no Institute of Cognitive Science, em Lyon, na França, um plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta e, ainda assim, com saúde, como os franceses. "Descobri que os franceses violam todas as regras alimentares que estipulamos para nós". E, apesar de seus cremes, queijos, manteigas e pães, a taxa de obesidade na França é de apenas 11,3% da população, segundo pesquisa realizada em 2005 pela Internacional Obesity Task Force. O programa de emagrecimento saudável é baseado em quatro grandes princípios básicos: comer alimentos de verdade, aprender a comer, reduzir a quantidade de comida e ser ativo, sem necessariamente se exercitar. "Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios - fileiras e fileiras de queijos, uma geladeira inteira só para iogurtes e queijos frescos...Onde estavam os produtos light?!" Segundo o médico, estamos inundados de alimentos artificiais - açúcares sintéticos, gorduras sintéticas e produtos alimentícios artificiais. Falta-nos reaprender o que é comida de verdade, já que é a ingestão dela que proporciona ao corpo a nutrição na forma de que ele necessita. Clower afirma que em vez de estimular a ingestão de novas substâncias químicas para enganar o organismo, o programa mostra porque alimentos de verdade funcionam em favor do corpo. "Temos que reaprender o que é comida de verdade. Alimentos de verdade são os produtos naturais, que podem ser encontrados em um texto de biologia e que, normalmente, fazem parte da cadeia alimentar. "Refrigerantes não dão em árvore, margarina é uma invenção, os corantes, conservantes e estabilizantes que aumentam a vida do produto não foram feitos para o nosso corpo", defende. Em sua observação dos costumes alimentares franceses, o médico descobriu que os franceses não comem alimentos processados, não evitam gorduras, chocolates e nem carboidratos, não tomam suplementos alimentares, não se abstêm do vinho no almoço e no jantar e não comem com pressa. Ao adotar os hábitos franceses, ele e a mulher emagreceram onze e cinco quilos, respectivamente. Entre outras dicas, Clower prescreve uma limpa na despensa e na geladeira, com o auxílio de uma lista do que se deve ter em casa; fala sobre os benefícios do vinho, com moderação, é claro; da importância de se passar mais tempo à mesa, usufruindo do sabor da comida, e de como isso auxilia a diminuir o tamanho das porções, e da necessidade de se manter ativo. Os resultados, garante ele, surgem em seguida.

PLANO DE 10 ETAPAS PARA NUNCA MAIS FAZER DIETA

1 - Comer devagar. Comer muito rápido faz comer mais. O estômago demora cerca de 20 minutos para mandar um sinal para o cérebro. Comendo devagar, o cérebro tem tempo de receber a mensagem de que seu corpo está satisfeito.

2 - Garfadas menores. O paladar está na superfície da língua. Se a sua boca está cheia de comida, você nem sente o gosto.

3 - Concentre-se na comida. Comer em frente à TV ou no carro faz o momento se tornar irrelevante. A falta de atenção faz com que se coma demais.

4 - Apoie o garfo no prato. Se ainda tem comida na sua boca, coloque o garfo no prato. Não o encha novamente até que tenha engolido.

5 - Sirva a comida em pratos pequenos. Isso resolve dois problemas de uma só vez: o de lavar a louça e o fato de você comer com os olhos (o que já provoca saciedade, grifo meu).

6 - Comida sem gordura engorda. Comidas sem gordura não satisfazem e contêm mais açúcares.
7 - Se não for comida, não coma. Nosso corpo sabe o que é comida de verdade: carnes, frutas, verduras. Invenções como coca-cola causam problemas de saúde e de sobrepeso.

8 - Coma em etapas. Coma a salada primeiro. Isso ajuda a ganhar tempo à mesa e previne que você coma rapidamente e em grande quantidade.

9 - Gordura é necessária na dieta. Seu corpo e cérebro necessitam de gordura para serem saudáveis. Você come uma quantidade normal de gordura quando come alimentos de verdade, como manteiga, azeite, ovos, castanhas e queijos.

10 - Alta qualidade da comida leva a comer menos quantidade.

ALIMENTOS QUE SE DEVE TER SEMPRE EM CASA:

Peixes (salmão, sardinha, atum)

Grãos (granola, aveia, arroz)

Hortaliças(feijões, cebola, batata, abóbora, tomate)

Óleos e vinagres (azeite de oliva, óleo 100% vegetal, vinagre)

Produtos de padaria (farinha, ervas, temperos, açúcar mascavo)

Lanches(frutas desidratadas, biscoitos não-hidrogenados, nozes, azeitona)

Condimentos (mostarda, maionese de verdade, pimenta, sal)

Lacticínios (manteiga, queijo, leite, iogurte)

Bebidas (café, cerveja, suco de fruta, chá, água, vinho)

Ovos


Há uma postagem de alguns meses atrás em que abordo a dieta do mediterrâneo, que também tem afinidade com esta. Como se pode observar e concluir, há aí uma nova tendência surgindo em matéria de alimentação, que retoma os alimentos DE VERDADE. Muito bom.

Bon appétit! Santé!