quinta-feira, 28 de abril de 2011

A, B, C, D... ops! A, B, AB, O: o tipo sanguíneo e a alimentação

(imagem da internet)


Já ouviram falar da dieta do tipo sanguíneo? O pioneiro nestes estudos é o pesquisador e médico naturopata Dr. Peter D'Adamo (http://www.dadamo.com/), que sintetizou algumas características básicas sobre os tipos de sangue humano. Voilà.

Tipo O: é o mais antigo e mais básico tipo de sangue, sobrevivente do topo da cadeia alimentar, se alimentando basicamente da caça e com um forte e agressivo sistema imunológico. Essa homogeneidade sanguínea perdurou até o surgimento da sociedade agrária;

Tipo A: forçados pela necessidade de se deslocar e adaptar-se a dietas e modos de vida agrários, com uma personalidade mais cooperativa para sobreviver em comunidades mais populosas, os primeiros imigrantes começaram a desenvolver um novo tipo de sangue. O tipo A nasceu com características mais compatíveis com o novo estilo de vida agrária e comunitária;

Tipo B: no período entre 10.000 e 15.000 anos a.C., a partir da imigração dos nômades das estepes através da Ásia, surgiu o tipo sanguíneo B - uma resposta adaptativa aos novos climas e à miscigenação das populações. Esse tipo sanguíneo, mais flexível e eclético, adaptou-se a uma cultura dependente da criação e domesticação de animais e do consumo dos seus produtos, como os laticínios;

Tipo AB: da miscigenação das hordes de bárbaros orientais com os últimos vestígios de civilização européia, 15 ou 20 séculos atrás, surgiu o tipo de sangue AB. Os antígenos - substâncias que, introduzidas no organismo, provocam a formação de anticorpos, ou seja, uma reação do sistema imunológico - herdados do tipo A caucasiano e do tipo B dos mongóis conferiram a este recém-surgido tipo sanguíneo um sistema imunológico bastante tolerante, no qual a compatibilidade dos dois outros tipos se associam. Essa característica reduz as chances desse grupo desenvolver alergias e doenças auto-imunes, mas o torna mais propenso a certos tipos de cânceres devido à extrema tolerância de seu sistema imune.

OS TIPOS SANGUÍNEOS E OS ALIMENTOS

O antígeno de um tipo sanguíneo não determina apenas sua compatibilidade com outros tipos de sangue. Sua função é ampla e irrestrita: detectar e atacar todo e qualquer corpo estranho que invada o organismo. Um fato que só recentemente começou a chamar a atenção de alguns cientistas, médicos e nutricionistas é que essa ação seletiva dos antígenos sanguíneos se aplica igualmente aos alimentos que ingerimos cotidianamente. Tudo o que comemos também tem que passar pelo crivo dos antígenos e seus critérios de compatibilidade.

Surpreendentemente, essa afinidades estão, em larga escala, enraizadas nas características genéticas de adaptação dos nossos ancestrais, e permanecem atuantes em nossos sangue atual. E, embora não seja o único fator determinante nas compatibilidades dietéticas, o grupo sanguíneo indica o grau de receptividade natural de um organismo por certas categorias de alimentos. A seguir, pois, vamos a um resumo conciso das características de cada tipo sanguíneo e sua propensões patológicas agravadas por alimentos incompatíveis:

TIPO O - O caçador

* Carnívoro por natureza, lida bem com proteínas animais; tem distema digestivo forte;

* Não digere facilmente laticínios e grãos, especialmente trigo e seus derivados;

* Reage melhor ao estresse através de intensa atividade física;

* Seus fatores de risco para úlceras e doenças inflamatórias, como a artrite, aumentam com o consumo de alimentos incompatíveis com o seu tipo sanguíneo.

TIPO A - O cultivador

* Vegetariano, particularmente receptivo a alimentos em seus estado natural: frescos, puros e orgânicos. Tem aparelho digestivo sensível;

* Não digere bem as carnes e tampouco os laticínios;

* Tem sistema imunológico tolerante e adapta-se bem às condições dietéticas e ambientais sedentárias;

* Reage melhor ao estresse com atividades relaxantes;

* Seus fatores de risco para diabetes, câncer e doenças do coração aumentam com as incompatibilidades alimentares.

TIPO B - O nômade

* Onívoro - que se alimenta de tudo -, necessita de uma dieta variada: é o único tipo que se dá bem com laticínios; pode comer de tudo, desde que moderada e equilibradamente; tem um sistema digestivo tolerante;

* Reage melhor ao estresse com criatividade e o equilíbrio entre atividades físicas e mentais;

* Sua vulnerabilidade a viroses e disfunções raras do sistema imunológico, como esclerose múltipla, alergia e fadiga crônica aumentam com uma dieta desregrada.

TIPO AB - O enigma

* Um tanto inespecífico, reúne qualidades e vulnerabilidades dos tipos A e B; necessita de alguma proteína, de cereias e de laticínios, mas sem excesso;

* Tem boa capacidade de adaptação à mudanças de ambientes e de dieta; tem o sistema imunológico mais tolerante de todos os tipos sanguíneos;

* Reage melhor ao estresse com exercícios relaxantes e serenos;

* Seu sistema imunológico excessivamente tolerante o predispõe ao risco de invasões microbianas; tem um perfil patológico assemelhado ao tipo A (câncer e cardiopatias).

Pois bem: este é apenas um dos sistemas alimentares já estudados. O que tenho a relatar da minha experiância é que, após sair perguntando a todo mundo qual o seu tipo sanguíneo e suas doenças mais comuns, com um mínimo de divergências, fui encontrando sustentação para a tese de Peter D'Adamo e seus seguidores. Quanto à escolha dos alimentos, livre-arbítrio. É claro que ninguém vai ser tão rígido, pois comer, já disse aqui, também é prazer. O importante é ficar atento e reduzir a ingestão daqueles alimentos incompatíveis com o tipo sanguíneo. E, caso coma, compense sempre. Dúvidas? Não façam cerimônia, combinado? Digiram o texto com calma e perguntem.

Já que falamos de sangue, não custa aderir à campanha ilustrada abaixo. Beijos.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tempos... (o retorno)


Linda canção. Tudo a ver com a postagem anterior...

Tempos...

(imagem da internet)


Há um tempo de plantar e um tempo de colher... Há um tempo de compartilhar e um tempo de se recolher... Há um tempo de gestar e um tempo de dar à luz...

Um tempo de recolhimento pode ser induzido por um período de turbulência, ou um período de calma. Foi um momento de serenidade que desacelerou minha presença por aqui. Fiquei muitos dias sem postar, usufruindo a alegria de estar com os meus, revendo coisas, buscando novas respostas para velhas questões, vivendo prosaicamente o prazer de estar juntos, conversando, fazendo silêncios, preparando refeições a seis mãos - meu marido, meu filho e eu -, vendo filmes antigos, lendos novos livros, rindo a propósito de tudo e nada, explorando novas possibilidades.

Acho muito saudável me dar esse tempo, sem culpa. Tenho um compromisso com meus amigos, seguidores e leitores e, lá na página das estatísticas do blog, vejo que eles estão sempre vindo por aqui, buscar alguma informação. Este espaço é de compartilhamento e, portanto, presta serviço. Já temos muito contéudo publicado e talvez este recesso sirva também a todos para revisitar postagens mais antigas, rever temas específicos, buscar 'aquela' informação que passou batida numa primeira leitura.

Foi um tempo que já passou e me realimentou afetiva e emocionalmente para continuar mantendo este diálogo prazeroso com vocês, meus amigos.

Cheguei a uma idade - 63 aninhos no mês que vem! - em que cada minuto se torna precioso e significativo. Já vivi, suponho - a partir da expectativa de vida no Brasil hoje -, três quartos de minha vida, alguns poucos como sobrevivente de uma doença que inspira cuidados constantes. Esse momento vivido em recesso foi precioso, posso garantir. Estou de volta. Feliz por ter tido a inspiração de usar o meu tempo de tal modo que o meu ser amoroso venha a se dividir equilibradamente entre todos os meus afetos.

A cozinha está aberta de novo. Vamos juntos fazer a alquimia entre alimentação e saúde. Beijos carinhosos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cuidando da casa, o planetinha azul

(imagem da internet)



O Governo Federal do Brasil, através de seu Poder Legislativo, determinou que sacos plásticos convencionais sejam banidos de todas as lojas e sejam substituídos por novos, oxibiodegradáveis, que custarão ao consumidor R$ 0,19 caso não leve seu próprio carrinho, ou sacola retornável quando for às compras. Muitos torceram o nariz, enquanto outros afirmam que já é tarde para se tomar tal medida, a qual supostamente atenderia apenas aos interesses de uns poucos - seja lá quem forem eles.

O fato é que, desde da última segunda-feira, 18/04/2011, Belo Horizonte saiu na frente na tomada de decisão de acabar de vez com os sacos plásticos. Se é tarde, ou não, não importa muito. Na minha modesta opinião, antes tarde do que nunca.

Fui ao sítio ontem, pegar mexericas, limões, plantar mais horta - orgânica! - e pagar minha colaboradora. Lá estava ela, espantada, como muitos, com a ausência das sacolinhas no armazém onde faz compras. Tentei mostrar-lhe a importância de tal atitude e ela, danadinha de inteligente, entendeu a minha fala. Tenho lá alguns exemplares da Revista Bons Fluidos da Editora Abril, pois gosto de folheá-los quando paro para descansar entre uma tarefa e outra. Vejam a sincronicidade: pego, hoje, ao acaso (?) a de no. 63, de agosto de 2004 e deparo com uma entrevista entitulada Novos caminhos para cuidar do planeta, feita com consultor sueco Karl-Henrik Robèrt, criador de um movimento chamado The Natural Step (O Passo Natural), uma organização que 'ajuda empresas e prefeituras a planejar estratégias para sobreviver e lucrar respeitando o planeta', nas palavras de introdução à reportagem de Ana Ban.

Passo a transcrevê-la.

Bons Fluidos: Como um especialista em câncer se transformou em consultor de desenvolvimento sutentável?

Karl-Henrik Robèrt: Na medicina pude ver como as pessoas são maravilhosas quando cuidam de crianças doentes, ou quando precisam lutar contra a doença. É quase insuportável ver como os humanos são cuidadosos a respeito de suas vidas e de seus filhos e, ao mesmo tempo, deterioram seu habitat, os sistemas naturais e as relações sociais - o que se expressa na violência, na desigualdade social, na falta de compaixão, por exemplo.

BF: É possível nos preocuparmos com o ambiente e com as questões sociais da mesma forma que nos preocupamos com nossos filhos?

K-HR: Não, porque os filhos estão muito mais próximos. Mas, se você os ama, vai compreender que os outros também amam os filhos deles. É possível permitir que essa compreensão mútua penetre nas decisões que se toma no dia a dia para viver de maneira a não prejudicar ninguém. E esse é um jeito bem melhor de viver, isso é qualidade de vida: você se torna parte da solução, e não do problema, o que é ainda mais compensador. Por exemplo, há o problema do volume de lixo. Se não levar suas embalagens para reciclar, você contribui para que o dano permaneça. Se, de alguma forma, reciclar, estará do lado da situação.

BF: The Natural Step pretende ensinar isso?

K-HR: Eu acho que é mais produtivo explicar tudo em um nível bem básico, fazer as pessoas entenderem o que está acontecendo e deixar que elas mesmas criem suas soluções. O ideal é que encontrem seu próprio guru dentro de si.

BF: O que significa sustentabilidade?

K-HR: Podemos defini-la em três nãos: a não-degradação da natureza, a não-acumulação e a não-extração de materiais nocivos (como o mercúrio, que contamina a água, causando doenças), além do não-crescimento da quantidade de compostos químicos (por exemplo, novas marcas de agrotóxicos ou novos produtos de difícil reciclagem). Dentro desses limites ecológicos, as necessidades humanas são atendidas, resultando em uma sociedade sustentável. As soluções para a Suécia podem ser completamente diferentes das do Brasil, assim como as respostas de um banco e as de um fabricante de hambúrgueres, mas todos têm que atender a esses princípios. Isso é possível com as tecnologias existentes. Mais que possível, é necessário, senão o mundo se transformará em uma república de insetos.

BF: O desenvolvimento sustentável é também uma questão que envolve aspectos sociais?

K-HR: Toda a comunidade científica sabe que não é possível lidar apenas com a sustentabilidade ambiental, ou apenas com a social. Sabe-se que é na tensão entre esses dois aspectos que estão as soluções. É preciso atender às necessidades humanas dentro das restrições do ecossistema, e é aí que estão a criatividade e a inteligência (grifo meu).

* * *

Alguns comentários:

1. Nada mais atual que a fala deste senhor;

2. Mesmo não havendo coleta seletiva de resíduos na área onde resido, separo os recicláveis do orgânico e levo aos locais de coleta. Isso já faz uns 17 anos e não consigo mais parar. Em BH o orgânico vai para o lixo mesmo; no sítio, vai para a composteira e vira adubo igualmente orgânico. Além disso, reutilizo quase tudo e escolho as embalagens por sua capacidade de degradação em curto prazo;

3. Aos resistentes e preguiçosos, lembro a história do beija-flor que levava gotas de água no bico para apagar um incêndio na mata. Faziam ironia com ele, perguntando se esperava apagar o fogo com o pouquinho de água que conseguia levar, a cada voejo. Ao que ele, inteligentemente respondia: 'Pelo menos estou fazendo a minha parte'.

Que cada um faça a sua. Beijos.
(imagem da internet)


Para ler: Natural Step - A história de uma revolução silenciosa, de Karl-Henrik Robèrt (Editora Cultrix)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Amigos são para sempre, como os diamantes

(imagem do Facebook - album particular)

Tenho a honra de ser amiga de Flávio Venturini. Não por ser ele a pessoa famosa que é, justa e merecidamente. Encontramo-nos há mais de 40 anos e, nessa época, ainda não havia a fama. Eu namorava um sujeito que foi companheiro dele no serviço militar, no CPOR, aonde eu ia nas noites em que eles 'davam serviço' para levar chocolates e café, que, supostamente, ajudariam a passar o tempo. Era muito divertido. Uns anos depois o namoro terminou, mas continuamos todos amigos. As memórias que tenho desse tempo são permeadas pelas canções dos Beatles; pelas musicais tardes de sábado passadas no terraço de um ap à Rua Santa Catarina, em Belo Horizonte, onde uma banda, que tocava em bailes, ensaiava; pelos almoços saborosos de Madala, durante os quais se curtia o clima de carinho e amizade com a família: Seu Hugo, lindinho, olhinhos azuis; D. Dalila, sorridente e de voz suave e carinhosa; Flávio, que eu conhecia como Hugo, seu segundo nome, essa pessoa doce que todos conhecem; e um Cláudio ainda menino, bonito e tímido, que rodeava, caladinho, a nossa turma, enquanto desmontava e montava aparelhos eletrônicos e outras coisas. Lembro-me, também, das tardes dançantes de domingo, quando acompanhávamos a banda, e das viagens quando eles iam tocar em outra cidade. Havia as noites em que ficávamos horas tentando tirar letras de músicas em inglês - eu era a que sabia um pouco mais, pois estudara no ICBEU - e havia as saídas e festas temáticas, onde nos embebedávamos e nos achávamos o máximo!

Uns anos depois, aconteceu o Festival Universitário da Canção aqui em BH e a canção da dupla Venturini e Vermelho - Espaço Branco - ganhou o segundo lugar, sendo interpretada por um grupo novo, chamado O Terço, que viera do Rio de Janeiro para o festival. A partir daí a carreira de músico do meu querido amigo deslanchou. Logo, logo ele foi viver no Rio e integrar a nova formação d'O Terço. E eu fiquei por aqui, fazendo faculdade, vivendo a minha vida e, um tempo depois, construindo a minha própria família. Ou seja, as estradas se separaram. Mas não os corações. Continuavamos amigos como antes e mantinhamos o contato como e quando era possível.

Pouco nos vemos atualmente: ele tem uma carreira movimentada e eu uma família para cuidar. Não posso fazer parte da troupe de amigos que está sempre com ele em suas andanças por aí. No entanto, sinto-o tão perto de mim como antes, por causa dos laços amorosos que tecemos. Falamos pelo telefone sempre que dá e são papos compriiiiiidos. Trocamos mimos pelo Facebook. Admiro-o não só pelo talento, mas principalmente pela pessoa que é, definitivamente 'do bem'. É um homem doce, manso, afetuoso e um amigo leal, qualidade rara nos dias atuais e que tive inúmeras oportunidades de comprovar.

Estou particularmente orgulhosa de Flávio neste momento, em que ele assina a trilha sonora do filme As Mães de Chico Xavier. Não é apenas porque sou espírita. É porque vejo, a cada dia, sua competência e seu talento mais e mais reconhecidos. Este filme será exibido no Festival de Cannes em 13 de maio, um dia significativo para os brasileiros. Não competirá, será apresentado apenas para exibidores. Porém, se está em Cannes é porque tem qualidade reconhecida. Mais um trabalho importante para uma carreira já tão cheia de conquistas.

Flávio, meu caro amigo Hugo, você sabe que estou sempre aqui: torcendo por você e para o que mais precisar. Amo você e minha família o ama também.

Amigos assim são para sempre, como os diamantes.

Lendo rótulos e... entendendo

É essencial ler as informações contidas nos rótulos dos alimentos para evitar surtos de alergia ou problemas de intolerância alimentar, bem como quando se quer seguir uma dieta específica ou evitar os aditivos. Por exemplo: "sem adição de açúcar" significa que não foi acrescentado mais açúcar ao produto além dos açúcares naturais já presentes, como os das frutas. O que confere melhor qualidade ao alimento.

Nada de preguiça: leia as letras miúdas - lembram-se da lente de aumento?

* Confira a lista de ingredientes classificados em ordem descendente, por peso. Por exemplo, se a lista de ingredientes de um suco de laranja indica glicose, sacarose, laranja, corantes, aromartizantes e conservantes, você sabe que o açúcar (glicose e sacarose) é o ingrediente principal, por ser o primeiro da lista e assim por diante.

* Use as informações nutricionais por 100g para fazer comparações. O rótulo mostra os conteúdos em dois formatos: por porção e por 100g. A quantidade por porção é uma medida escolhida aleatoriamente pelo fabricante e pode variar entre as diferentes marcas e produtos. Lembre-se: a porção sugerida pode ser pequena demais para refletir números realistas, possivelmente para disfarçar a quantidade de calorias, por exemplo.

* Preste atenção quanto à presença de alérgenos em potencial, como amendoim e outras sementes, frutos do mar, peixe, leite, ovos, soja e cereais contendo glúten, caso você ou alguém de sua família seja alérgico. Os fabricantes de alimentos são obrigados a revelar essas informações, mesmo que só existam traços desses elementos. Por exemplo, no rótulo pode constar "Este produto pode conter traços de amendoim".

* Procure declarações sérias acerca de substâncias que podem causar riscos potenciais à saúde. Informações sobre substâncias como quinino, aspartame (contem fenilalanina) e guaraná (contem cafeína) devem obrigatoriamente constar do rótulo.

*Procure o selo da Sociedade Brasileira de Cardiologia - está em aliemntos testados dentro de rígidos padrões em relação à quantidade de sódio (sal), gordura saturada, calorias, gordura trans, cálcio e fibras. Mas lembre-se de que nem todas as empresas requerem o selo, portanto sua ausência não significa necessariamente que o alimento não seja saudável.

* Se quiser ter certeza de que está comprando alimentos sem ingredientes GM (aditivos), procure rótulos que explicitem essa informação. No entanto, produtos alimentícios que podem conter ingredientes produzidos a partir de animais criados com alimentos GM ou grãos altamente refinados estão isentos de notificação. Não há como saber, portanto.

* Produtos rotulados como "orgânicos" também podem conter aditivos. Dióxido de enxofre (um conservante) pode ser acrescentado a vinhos orgânicos, por exemplo, mas apenas em quantidades mínimas - o que reduz o prazo de validade, outra garantia de que há aditivos a menos.

* Informações sobre gordura: mesmo os rótulos mais honestos às vezes precisam ser "traduzidos". Portanto, na hora de comprar, atenção:

Isento de gordura: não é completamente correta, pois os produtos assim rotulados têm permissão legal para conter até 0,15% de gordura;

Baixo teor de gordura: significa que o produto contem menos de 1,5% de gordura para líquidos e menos de 3% para alimentos sólidos;

Com redução de gordura: deve haver no produto assim rotulado uma redução de no mínimo25% da quantidade de gordura presente na versão normal;

Diet ou light: alimentos diet são aqueles em que algum componente (gorduras, sódio, açúcar, etc.) está totalmente ausente. Light são aqueles com baixo teor de um dos componentes (gorduras, sódio, açúcal, colesterol);

100% natural: ingredientes como gordura e óleo podem estar presentes. Eles são totalmente naturais mas não necessariamente saudáveis;

Sem colesterol:isso não significa que o produto seja pobre em gordura. Ele pode, sim, conter gordura - inclusive em grandes quantidades -, aumentando seu valor calórico, desde que a gordura seja monoinsaturada e, portanto, não cause doenças cardíacas.


Sei que é muita informação e que dá, mesmo, uma certa preguiça ficar examinando rótulos... Reconheço também que não é possível um excesso de 'purismo' alimentar, pois sempre estaremos ingerindo algum aditivo químico usado pelas indústrias alimentícias. Mas quem se ama, se cuida e se tivermos a atenção e o cuidado de reduzir a quantidade destes elementos em nossa alimentação já estaremos dando um passo significativo em direção à nossa saúde.


As informações contidas nas três postagens sobre o assunto foram colhidas em alguns artigos sobre nutrição e no livro SALVE O MEIO AMBIENTE: 1001 idéias para por em práticas atitudes ecológicas que vão fazer diferença na sua vida (na versão original, 1001 EASY WAYS FOR EARTH-WISE LIVING, Austrália)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aditivos alimentares - o papo continua...

(imagem da internet)

Pois é: falei que o sumiço seria rápido, mas quem disse que temos controle de alguma coisa? O que parecia rápido demorou mais do que o esperado. Fui para o sítio, voltei e fiquei cuidando de outros assuntos que precisavam de uma atenção mais imediata. Só hoje posso retomar o convívio tão gostoso com vocês.

Havia começado a falar sobre aditivos alimentares e parei naqueles oriundos de fontes naturais e que não prejudicam a saúde. Hoje falarei sobre aqueles com os quais se deve ter muito cuidado. A lista é longa. Lá vai.

Aspartame 951

Objetivo: Adoçante químico amplamente usado em refrigerantes dietéticos.

Possíveis efeitos colaterais: Não é seguro para portadores de fenilcetonúria, doença causada pela falta de uma enzima, que resulta em problemas neurológicos e dermatológicos. Pode causar dores de cabeça e suspeita-se que provoquem convulsões.

Benzoatos 210, 211,212, 213, 216, 218

Objetivo: O benzoato de sódio é usado como conservante em margarinas, conservas do tipo picles, compotas e geléias, além de refrigerantes e sucos de fruta. O ácido benzóico é ingrediente comum em aromatizantes, como chocolate, adicionados a bebidas, doces, bolos, biscoitos e goma de mascar.

Possíveis efeitos colaterais: Pode provocar efeitos adversos em pessoas sensíveis, em especial crianças hiperativas.

Butilato de hidroxianisola (BHA) 320

Objetivo: Antioxidante derivado do petróleo usado para evitar que óleos, gorduras e alimentos gordurosos fiquem rançosos. Às vezes é adicionado ao material da embalagem.

Possíveis efeitos colaterais: Pode provocar efeitos adversos em pessoas sensíveis à substância. Tente limitar a exposição das crianças. Suspeito de ser carcinógeno.

Butilato de hidroxitolueno (BHT) 321

Objetivo: O mesmo do anterior, com os mesmos possíveis efeitos colaterais.

Butilhidroquinona terciária 319

Objetivo: Antioxidante derivado do petróleo usado em fast-food e sprays culinários, bem como na embalagem de alimentos para evitar alteração de cor e ranço.

Possíveis efeitos colaterais: Pode provocar efeitos adversos em pessoas sensíveis, especialmente crianças hiperativas.

Corantes 102, 107, 110, 122, 123, 124, 127, 129, 132, 133, 142, 151, 155, 160b

Objetivo: Acrescentam cor, proporcionam coloração uniforme ou restauram a cor original a uma ampla gama de alimentos, embora o uso de corantes não seja permitido em carne, peixe, aves, frutas e legumes (o que não quer dizer que não sejam ilicitamente utilizados).

Possíveis efeitos colaterais: Podem causar hiperatividade em crianças sensíveis. Ou diversas reações alérgicas, como pruridos - sensação incômoda na pele e/ou mucosas na pele que provoca coceiras -, ou ainda mais sérias, como problemas respiratórios.

Dissódio 5'-ribonucleotídeo 635

Objetivo: Realçador de sabor conhecido como "novo glutamato de sódio", pode ser acrescentado a alimentos que se declaram "isentos de glutamato de sódio" (o famoso glutamato monossódico)

Possíveis efeitos colaterais: Além de provocar efeitos adversos em pessoas sensíveis, suspeita-se que eleve a pressão sanguínea.

Glutamato de sódio 621

Objetivo: Realçador de sabor usado em muitos alimentos, inclusive molho de soja em garrafa e no 'inocente' pãozinho francês.

Possíveis efeitos colaterais: Inadequado para mulheres grávidas - provoca edema, ou seja, inchaço -, bebês e crianças, além de indivíduos alérgicos ao salicilato - o ácido salicílico dos efervescentes para má digestão. Pode causar reações como náusea e dor de cabeça.

Nitritos 249, 250, 251, 252

Objetivo: Conservantes e agente defumadores comumente usados em carnes em conserva - embutidos, como linguiça, salsicha, presunto, dentre outros.

Possíveis efeitos colaterais: Suspeita-se que sejam carcinógenos e responsáveis por aumento de peso.

Sulfitos 220, 221, 222, 223, 224, 225, 228

Objetivo: Conservantes usados para evitar que frutas secas ressequem e endureçam; também usados para conservar batata congelada e vinho.

Possíveis efeitos colaterais: Provocam alergias diversas.


Bem, estes são os efeitos colaterais resultantes de pesquisas conclusivas. Mas os estudos continuam e já existe a suspeita de outros problemas relacionados ao uso de aditivos alimentares.

Os números se referem a um sistema numérico internacional para aditivos.

E aí? Parar de comer? Não, é claro! Deixar de tomar um bom vinho? Nunca! Deve-se procurar olhar bem os rótulos e evitar aqueles produtos com uma lista enorme de aditivos - do tipo margarinas - e nunca abusar do mesmo alimento. Lembram-se de minhas primeiras postagens? Comeu? Compense: muito abacaxi, muita água, muita salada para eliminar mais rápido os resíduos. E, se possível, buscar alimentos orgânicos e criar hábitos alimentares mais saudáveis.

Na próxima - e última - postagem sobre o assunto, abordarei os rótulos, dando pistas sobre como entendê-los.

Fiquem de olho! Beijos.