sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para todo mundo e para o mundo todo

(imagem da internet)
Minha mensagem de Ano Novo para todo mundo e para o mundo todo é de PAZ, SAÚDE, PROSPERIDADE e MUITA ALEGRIA. Venha vibrar junto, fazendo a oração que Ele nos ensinou. Segue o texto em aramaico, a língua que Jesus falava, e a tradução para o português que todos conhecemos.


Abwun d'bwashmaya
Pai Nosso que estais no céu

Nethqadash shmakh
Santificado seja o Vosso nome

Teytey malkuthakh
Venha a nós o Vosso Reino

Nehwey tzevyanach aykanna d'bwashmaya aph b'arba
Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu.

Hawvlan lachma d'sunqanan yaomana
O pão nosso de cada dia nos dai hoje

Washboqlan khaubayn (wakhtahayn) aykanna daph khnan shbwoqan l'khayyabayn
Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos aos que nos Têm ofendido

Wela tahlan l'nesyuna
Não nos deixeis cair em tentação

Ela patzan min bisha
mas livrai-nos do mal

Metol dilakhie malkuthawahayla wateshbukhta l'ahlam almin. Ameyn.
Vosso é o reino, o poder e a glória, agora e para sempre. Amém.


FELIZ 2011!!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Reverdescendo: a vida depois do câncer

(imagem do google)

Antes de começar a postar fui conferir o verbo do título no meu dicionário eletrônico Houaiss. Gostei do que encontrei. Vejam só:

Reverdescer:
1. tornar verde (a vegetação); cobrir-se de verde;
2. dar nova força ou vigor (a); rejuvenescer (-se), revitalizar (-se);
3. tomar ou ganhar novo impulso, nova força; renascer.
Conclusão: escolhi o verbo certo!
Vem chegando um novo ano e alguns de meus seguidores e amigos queridos, que tiveram câncer em 2010, vão entrar em 2011 com todas, ou quase todas, as etapas de tratamento cumpridas, de acordo com o protocolo.

Ninguém sai deste processo como entrou. Muda-se valores, reve-se atitudes cristalizadas - e insensatas!-, adquiridas ao longo da existência, passa-se a dar atenção ao que realmente vale a pena, começa-se a amar e a cuidar melhor de si mesmo. É praticamente inevitável.

Esta é a hora de fazer planos e propósitos: retomar a vida depois da doença. Na minha opinião, é óbvio que isso passa também por mudança de hábitos. E um deles é a alimentação.

Alguns desses amigos e seguidores vivem em casas, em cidades pequenas. Outros, em apartamentos em cidades um pouco maiores. Porém, em todos os casos, é possível fazer uma horta. Comer verduras cruas, livres de agrotóxicos e outros aditivos é um privilégio disponível a todos que o desejarem. E um carinho novo e sadio com o corpo.

Reproduzo aqui um artigo que li na Revista Viva Saúde no. 79, da Editora Escala.

HORTAS URBANAS: A NOVA MODA VERDE

Ouve-se falar em preservação da natureza e sustentabilidade. O que você pode fazer para conviver em harmonia com o meio ambiente, preservando os recursos naturais disponíveis? Para encontrar essa resposta, o Clube Esperia, em São Paulo, realizou em setembro deste ano o evento Vivendo Sustentável, que reuniu ONGs, empresas e personalidades com programas ambientais comprovadamente eficientes. Um dos mais procurados pelo público foi a horta urbana, um hábito muito utilizado no passado, quando todos tinham espaço em suas casas e plantavam produtos orgânicos. Segundo o engenheiro agrônomo Roberto Gouveia, a horta pode ser feita em qualquer lugar. Desde um vaso ou uma floreira, basta decidir o que será cultivado e procurar um espaço adequado para o desenvolvimento. Gouveia afirma também que a prática garante vantagens econômicas, além de contribuir para um planeta mais limpo e saudável. Disposto a fazer parte dessa iniciativa? Então saiba mais sobre os benefícios da horta urbana lendo a cartilha ilustrada pelo cartunista Ziraldo, criada pelo Ministério da Agricultura. Acesse:

Agora entro com a minha experiência: todos já sabem que tenho um cantinho fora de BH onde cultivo uma horta com entusiasmo e amor. Tenho sucesso com algumas hortaliças, verduras e tubérculos. Não estou ganhando qualquer coisa para fazer propaganda das sementes que uso. Apenas as recomendo por serem livres do agrotóximo sistêmico que vem em outras marcas. Uso sementes Isla, livres de defensivos agrícolas, e planto alfaces, rúculas, abobrinhas, pimentões, cenouras, beterrabas e cebolas. Já tentei outras espécies, mas talvez o solo e o clima não sejam ideais para elas. Na porta da minha cozinha mantenho vasos onde planto, também a partir de sementes, salsa, sálvia, manjericão verde e roxo, alecrim, tomilho, orégano, pimentas, além de cebolinha verde a partir de pequenos tufos que vou replantando. Só isso já é uma bênção e, além do amor, uso água e terra adubada com esterco de animais e um composto que nós mesmo preparamos. Para quem não puder fazer composto em casa, há produtos orgânicos com que adubar o solo. Basta ir a uma casa especializada e pedir a ajuda do agrônomo de plantão.

Que tal iniciar um novo ano com uma atividade nova? Fazer uma horta, aventurar-se na cozinha, fazer um trabalho voluntário? A vida continua e reverdesce a cada dia.

Beijos mil.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Saboreando o réveillon

Eu estava postando sobre ervas, quando interrompi em razão das celebrações de fim de ano, para dar sugestões de ceias saudáveis a vocês. Aproveitei também para fazer meus agradecimentos e publicar minha mensagem de Natal.

Agora vem aí um novo ano e, de acordo com as supertições populares, na noite da passagem não se deve comer nada que fuce (suíno), nada que cisque para trás (aves) e nada que sangre (boi). Somente o que se movimenta para frente. Superstições à parte - porque não creio nelas -, já é tradição em minha casa, há alguns anos, preparar peixe para a ceia. Quer peixe mais tradicional nesta época que o bacalhau? Vão objetar dizendo que é muito caro, mas este ano o filé mignon é que está no topo da lista. Passo a vocês agora uma receita simplesmente de-li-ci-o-sa! Estou postando com uma certa antecedência, para que tenham tempo de conseguir os ingredientes e planejar a celebração. Aí vai ela.

BACALHAU NA NATA
Ingredientes
800 g de bacalhau de boa procedência, desfiado
500 g de creme de leite fresco
300 ml de azeite extravirgem
3 cebolas grandes picadas ou processadas
1 cubinho de caldo de bacalhau
1 pitada de pimenta branca moída na hora
Sal a gosto (Cuidado! O cubinho de caldo já é bem salgado, pois contém glutamato monossódico. Usa-se apenas para recuperar o sabor do bacalhau, que se perdeu na água)
1 purê de batatas preparado com 5 batatas grandes, alho, leite, sal e salsinha
Modo de preparo
24 horas antes deixe o bacalhau de molho para dessalgá-lo (trocar a água três vezes). Após o último molho deixar em uma tigela na geladeira por uma noite, coberto com leite integral.
Em uma panela 'quebre' as cebolas até ficarem transparentes (sem dourar) em 3 colheres de azeite. Em seguida, junte o bacalhau e o cubinho de caldo, mexendo bem até a mistura ficar integrada e quase seca. Junte o resto do azeite e a pimenta.
Em um refratário, coloque no fundo toda a nata (creme de leite fresco), uma camada de bacalhau, uma camada de purê, outra de bacalhau e por último mais uma de purê.
Coloque por cima algumas azeitonas pretas, se quiser ou gostar.
Leve ao forno pré-aquecido a 250 graus, até o creme de leite subir e a cobertura gratinar (mais ou menos 30 minutos).
Sirva com arroz branquinho, castanhas portuguesas cozidas, descascadas e levemente assadas e um bom vinho.
Acredite: foi-se o tempo em que peixe era servido apenas com vinho branco. Eu recomendo um bom vinho tinto, que faz muito bem à saúde, por causa do resveratrol, um antioxidante de primeira linha. Boas opções são um Camenere chileno (uvas colhidas a mão), ou um Sangiovanese italiano. Gosto dos dois. Para os mais puristas, um vinho do Alentejo acompanha muito bem!
Bom apetite! E que venha o Ano Novo com tudo que ele traz de bom! Beijos.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Que venha a Luz!

(imagem do google)
" Você está aqui com o fim de renascer em Espírito,
para depois compartilhar,
para o bem do mundo,
aquela Luz flamejante que a tudo preenche."
Que as bênçãos de Deus lhes cheguem como Luz, muita Luz,
para iluminar a caminhada em 2011.
Beijos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O happy day...

(imagem da internet)
Hoje à noite se comemora a data em que Ele chegou ao planetinha azul, trazendo uma proposta de paz e amor incondicional. Parece que, 2000 depois, ainda não aprendemos bem a lição. Porém, vamos tentando... passo a passo... Pelo menos nesta época, exercitamos nosso espírito de fraternidade e ficamos um pouco mais generosos, gentis, afetuosos. E Ele comemora, podem acreditar.

O blog Notícias da Cozinha tem muito a agradecer. A Ele, por ter me mostrado um caminho para a prática do bem e ter me dado o dom de escrever. À minha mãe, hoje no plano espiritual, por ter me legado o gosto pela culinária e as tradições familiares. Aos meus seguidores, que tanto incentivaram para que este espaço se mantivesse aberto. E aos amigos reais, no mundo virtual, que, amorosamente, me deram sugestões, corrigiram os desvios, me ensinaram a usar alguns recursos e, principalmente, acreditaram no meu trabalho aqui.

Agradeço, também, aos meus mentores espirituais, que me acompanham no dia a dia e me mantêm alerta para não cair no atalho fácil da vaidade, mostrando, a todo momento, que tudo é apenas manifestação do divino em nós.

Agradeço, ainda, à minha parentela espiritual, o pessoal do Cascata de Luz e toda a equipe de Dr. Charles Pierre, Dr. Fritz e Dr. Bezerra de Menezes, que me inspiram no domínio da saúde através da alimentação, para que eu possa, de alguma forma, ser útil aos que me visitam nesta cozinha cheia de amor. E ao Pedro, meu marido, e Eric, meu filho, pelos momentos roubados a eles na preparação das postagens e na continuação das pesquisas sobre alimentação funcional.

É Natal. Minha mensagem é de alegria e fé. Felicidades. Muitos beijos.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Vapt, vupt... Ceia pronta! II

(decoração bonita, simples e fácil para a mesa)


Escolheu carne bovina ou suína? Filé mignon está meio caro, mas é um corte nobre, que vale cada centavo. Quanto ao suíno, dê preferência aos lombinhos, que não são tão caros e muito mais fáceis de eliminar toda a gordura, porque ela vem em capa. Eu a retiro toda e a carne, ao contrário do que muitos dizem, não perde nada em sabor e maciez. Aliás, tudo depende do tempero e do modo de preparo.

O filé deve cozinhar lentamente na pressão e, ao final, ir ao forno para corar. Sugiro o mesmo marinado, reduzindo o sal e acrescentando umas folhas de louro, que dão perfume. Faço também os cortes transversais, que decoram a carne e ajudam na penetração do tempero. Na hora de cozinhar acrescento pimenta e molho shoyu, para dar cor e sabor picante. Por isto a recomendação de reduzir o sal.

O suíno pode ser preparado do mesmo modo, só não o cozinhe na pressão porque é uma carne tenra e pode desmanchar-se.

Agora vamos aos complementos.



Molho bernaise
Ingredientes
1 cebola pequena
3 colheres (sopa) de vinagre branco
3 pimentas-do-reino brancas
Uma xícara (café) do caldo da carne preparada
3 gemas de ovo
1/2 tablete de manteiga
1/2 colher (chá) de sal
2 colheres (chá) de páprica doce para temperar
Modo de preparo
Pique a cebola bem miudinha e leve ao fogo com o vinagre, o caldo de carne e a pimenta. Ferva em fogo baixo por 1/2 minuto aproximadamente. Reserve. Misture as gemas com uma colher de água morna em uma tigela, coloque-a (a tigela) dentro de uma tigela maior com água fervente (fora do fogo) e bata as gemas até virarem um creme.
Derreta a manteiga em fogo baixo e acrescente aos poucos as gemas batidas, mexendo sempre até conseguir uma textura de maionese. Continue a bater, juntando, por último, o líquido das cebolas e temperando com o sal e a páprica. Sirva quente sobre a carne.
Para acompanhar, purê de maçãs cozidas em vinho branco e uma salada de frutas de época, montadas em uma saladeira transparente forrada com folhas de alface crespo. Se quiser incrementar, coloque um pouco de damascos, nozes e figos turcos secos picadinhos.
O vinho é o tinto, demi-sec, levemente gelado.

Recomendo que a salada contenha muito, muito, muito abacaxi para ajudar a digestão das gorduras.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vapt, vupt...Ceia pronta!


(sugestão de mesa bem tropical)


Quer arrasar na ceia do Natal? Até mesmo você que não tem muito traquejo na cozinha? Ou que não dispõe de muito tempo para elaborar algo sofisticado? Seus problemas acabaram! É possível preparar uma mesa linda, saborosa e cheia de saúde, rápida, fácil e chic, a um só tempo, acreditem!
Primeiro passo: pense em quem vai receber e escolha a carne - ave, suíno, boi, peixe, ou o que preferir. Já compre limpo e pronto para preparar. Deixe marinar de véspera, com alho, sal, pimenta-do-reino e vinho branco seco. É garantia de ótimo sabor. Aí, escolha o molho que vai junto, na hora de servir. Aqui vão algumas sugestões.

PARA PEIXES:
Molho de hortelã
Ingredientes
1 xícara (chá) de maionese light
1/2 xícara (chá) de iogurte natural desnatado
1/2 maço de hortelã fresca picadinha
Sal e gotas de limão a gosto
Modo de preparo
Misture tudo e tempere a gosto. Lembre-se: deve-se picar apenas as folhas de hortelã; os cabinhos têm sabor desagradável. Para quem aprecia sabores exótico, acrescente alcaparras. Eu amo!
Molho japonês
Ingredientes
4 ou 5 colheres (sopa) e vinagre branco ou vinagre de arroz
2 colheres (sopa) de açúcar ou 1/2 de adoçante culinário 1 colher (chá) de aji-no-moto e 1 de sal
1 colher (sopa) de gergelim branco torrado
Modo de preparo
Leve o gergelim para torrar em uma panela de inox, esmaltada ou de teflon (mexa sempre, elas pulam como pipoca) até dourar.
Misture todos os ingredientes.
Molho Requintado
Ingredientes
2 copos de iogurte natural ou desnatado
1 xícara (café) de ervas finas (herbes de Provence) desidratadas
1 xícara (café) de salsinha e 1 de cebolinha frescas picadas fininho
1 colher (chá) de mostarda
Algumas gotas de tabasco (pimenta mexicana)
1 colher (sopa) de queijo minas curado ou provolone ralado fininho
2 colheres (sopa) de requeijão light e 2 de azeite extravirgem
Sal a gosto
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador e conserve em geladeira por até 10 dias.
Pode ser usado também com peito de frango grelhado.

A maneira mais saudável de preparar peixes são os filés para levar ao forno. O sabor também fica mais suave. Minha escolha é sempre salmão: é bonito e saboroso. Na hora de temperar faço cortes superficiais na diagonal, em duas direções, o que decora o peixe. Uma sugestão: na hora de marinar, acrescente alecrim fresco ao tempero.

Acompanham o peixe: arroz branquinho, farofa de frutas secas na manteiga e uma salada de folhas verdes, servida em saladeira transparente, s'il vous plait! Fica um charme. Vinho branco ou rosé demi-sec à temperatura de 6 graus.
P.S.: Na internet é possível encontrar outras receitas de molhos mais sofisticados, como de amoras, maracujá, dentre outros. Mas, como são frutas de época, dei preferência àqueles que se pode fazer o ano inteiro.

Vem aí o Natal... já está batendo na porta!


Na minha cozinha, também é Natal! Este é um tempo maravilhoso, porque predispõe as pessoas à generosidade, ao compartilhamento, à tolerância, às trocas. Paira no ar energia 'da boa' e aproveito o momento para falar deste blog e das oportunidades que tem me trazido. Como já disse e repito, esse espaço democrático, no qual se pode falar de tudo, integrar, informar, conhecer e fortalecer laços, rir com as histórias, chorar com os depoimentos, viver emoções nada virtuais, é um oásis de incríveis dimensões e possibilidades num mundo aparentemente caótico. Digo aparentemente porque, no meu entender, o caos é prenúncio de mudança e reequilíbrio. E isso me dá muita esperança - afinal, sou uma otimista incurável e, como Olavo Bilac, costumo 'ouvir estrelas'...
O saldo deste ano na 'grande teia' é pra lá de positivo. Aprendi novos recursos, exercitei a habilidade da escrita, passei adiante muita informação - que seria inútil se ficasse para sempre guardada -, conheci gente bacana, ampliei minhas perspectivas. Tá bom, ou quer mais?
Quero aproveitar, neste exato momento, para deixar minha mensagem de fim de ano aos amigos de ontem e de hoje, inclusive os que fiz aqui. Aviso: não vou tirar férias e as notícias da cozinha vão continuar em 2011, combinado?
Senhor,
quisera
neste Natal
armar uma
árvore dentro do
meu coração e nela
pendurar, em vez de
presentes, os nomes de
todos os meus
amigos. Os amigos de longe e
os de perto. Os antigos e os mais
recentes. Os que vejo a cada dia e os
que raramente encontro. Os sempre lembrados
e os que às vezes
ficam esquecidos. Os
constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas
alegres. Os que sem querer magoei, ou
sem querer me magoaram. Aqueles a quem
conheço profundamente e aqueles que me são
conhecidos apenas pelas aparências. Os que pouco
me devem e aqueles
a quem muito devo. Meus
amigos humildes e meus amigos
importantes. Os nomes de todos os
que já passaram pela minha vida. Uma
árvore de raízes muito profundas, para que
seus nomes nunca mais sejam arrancados do
meu coração. De ramos muito extensos, para que
novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se
aos existentes. De sombra
muito agradável, para que nossa
amizade seja um momento de repouso,
nas lutas da vida. Que o Natal esteja vivo em cada dia
do Ano Novo que se inicia, para que as luzes e cores da vida
estejam presentes em toda a nossa existência e concretizem, com
a ajuda de Deus, todos os nossos desejos. Feliz Natal!
Feliz Natal!
Feliz Natal!
Feliz Natal!
Feliz Natal!
beijos beijos beijos beijos beijos beijos beijos beijos beijos beijos beijos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Uma história com sabor de Natal



Minha amiga Patricia Madelaine, a Patty, nasceu na ilha de Guadaloupe, nas Antilhas francesas. Muito jovem, porém, mudou-se para a América com a mãe, Geneviève, uma jovem viúva recém-casada com um americano 'da gema', o Vick, também viúvo, mas não tão jovem, que cuidou de minha amiga como se fosse sua própria filha. Foram viver perto de Boston, Mass, uma região onde se preservam as mais antigas tradições americanas, por ter sido o lugar por onde os primeiros peregrinos ingleses entraram no novo país.

Criada tradicionalmente, Patty, no entanto, possuia uma alma cosmopolita e logo conheceu um 'gato' brasileiro, Gilmar, descendente de italianos, que morava e trabalhava nos Estados Unidos há oito anos, em busca do 'sonho americano'. Apaixonaram-se, casaram e tiveram um filho, David José, um nome americano e outro brasileiro, como convinha a um casal plurinacional. Um dia, o motivo não importa muito, vieram para o Brasil, reiniciar a vida por aqui. Gilmar tornou-se sócio em um pequeno negócio da família e Patty foi ensinar inglês em uma escola de idiomas, onde eu também ensinava.

Foi lá que nos encontramos pela primeira vez, em 1995. Foi um encontro forte: olhamos uma para a outra e houve o que eu chamo de 'reconhecimento' - tenho certeza de que já nos conhecíamos de outras vidas. Nos olhamos nos olhos, sorrimos - ela muito timidamente, era o seu jeito... - e quando começamos a conversar parecia que tínhamos nos despedido no dia anterior e estávamos apenas reiniciando a conversa interrompida.

Havia muitos gostos em comum - e muitos pequenos detalhes também. Comecei a chamá-la de 'irmã de alma' e tecemos um amor e uma amizade sincera que durou 10 anos, quando ela voltou com a família para a América, em 2005, de onde partiu para o plano espiritual em 2006, exatamente no mesmo dia em que minha amada mãezinha também se foi. Gilmar, David e Geneviève continuam meus amigos queridos.

Tudo entre nós foi muito intenso, parecíamos saber que o tempo seria curto e tentamos aproveitá-lo ao máximo.

Uma das coisas que tínhamos em comum era o gosto pelo Natal. Para alguém que viveu em um lugar tradicional dos Estados Unidos, era natural que assim fosse. Mas, eu, brasileira, possuia uma visão de Natal muito diferente da maioria dos brasileiros, para quem esta data é ou um momento de tristeza, pela saudade dos entes queridos que já se foram; ou um período de consumo desenfreado; ou, ainda, uma época de excessos à mesa. Sempre gostei de montar a árvore em casa e decorar tudo com enfeites que fui juntando ao longo da vida. O presépio ocupa lugar de honra. Amo enviar mensagens, ver filmes sobre o tema, cantar as canções de época junto aos meus queridos e fazer minhas homenagens ao Grande Aniversariante do dia. Na véspera, gosto de preparar uma refeição singela e compartilhá-la com os meus mais próximos, em uma mesa preparada com carinho e esmero e cheia de velas acesas e, depois, fazer com todos uma oração de agradecimento pelas bênçãos recebidas.

Acontece que sou um pouco preguiçosa e não gosto nadinha de pratos complicados. Patty, ao contrário, adorava experimentar coisas elaboradas e nunca se esquecia do tradicional peru recheado, com um molho chamado gravy, e uma bela torta de maçã com a crosta bem crocante. Ela preparava milhares de crostas, até acertar o ponto. Como eu não dispunha da mesma paciência, acabou por conseguir uma receita de torta de maçã de fácil preparo e sem crosta, para que eu também pudesse ter a minha iguaria típica no Natal.

É esta receita que passo agora a vocês, caso queiram prepará-la para sua ceia com a família e os amigos. É uma torta pequena e, dependendo do número de pessoas à mesa, melhor fazer mais de uma, ou duas. Mas não tente dobrar a receita: segundo um amigo que experimentou, não funciona. Aí vai.

TORTA DE MAÇÃ DINAMARQUESA (Dannish Apple Pie)
Ingredientes
1 ovo
150 g de manteiga
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de farinha de trigo (eu misturo um pouco de integral)
3 maçãs verdes, ou da nossa Gala brasileira, que é levemente ácida
1 colher (sopa) de açúcar, misturada com 1 colher (sobremesa) de canela em pó
1/2 xícara de nozes trituradas
Modo de preparo
Em uma vasilha misturar bem o ovo, a manteiga, a farinha de trigo, o açúcar e as nozes. Resulta uma textura bem densa. Descascar as maçãs, parti-las em quatro no sentido do comprimento, tirar as sementes e cortá-las em fatias finas em formato de lua crescente. Em um pyrex de cerca de 25 cm de diâmetro, untado levemente, colocar as fatias de maçã fazendo um arranjo em círculo. Sobre elas, polvilhar o açúcar e a canela previamente misturados, cobrindo tudo.
Delicadamente espalhar a massa já pronta sobre as maçãs polvilhadas, com a ajuda de uma espátula, ou uma colher. Quando estiver bem distribuída a massa, faça desenhos com um garfo sobre a superfície e leve para assar em forno médio, até que adquira uma cor dourada. Espere esfriar e sirva.

É simples, mas posso garantir que é de-li-ci-o-sa! Todo mundo que já experimentou esta minha simples tortinha, comeu a valer e pediu a receita. Depois me contem. Beijos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E por falar em temperos...


Olá! O tempo é de chuva e arcos-íris fazendo curvas e pintando o céu. E nós no sítio, plantando, plantando...
Hoje, depois de um breve intervalo, venho falar do alecrim. Rosmarinus officinalis, nome e sobrenome de ervinha da boa. Em inglês, chama-se Rosemary e apesar de ser 'o' alecrim, a alma é feminina. Vejam só: ocupa um lugar especial nos jardins de ervas do verão pela delicadeza de seus ramos e seu perfume; tem sido usado na culinária desde tempos remotos; sua reputação de fortalecedor da memória tornou-o um símbolo da fidelidade para os amantes. Além disso, suas florinhas delicadas possuem um tom de rosa suave que tem tudo a ver com a mulher.
No passado suas folhas eram queimadas para purificar o ar e repelir insetos. Acreditava-se que um bolsinha com alguns raminhos dentro protegiam até mesmo contra a peste.
Na culinária, usa-se o alecrim para temperar saladas e purês de frutas. Dá sabor a batatas assadas e molhos a base de manteiga. Alguns gostam de usar alecrim para temperar carnes, mas eu o considero indispensável para sazonar peixes assados, seja fresco ou desidratado. Além de perfumar, confere um sabor irresistível e o peixe fica decorado e lindo! Afinal, o apetite começa pelo olhar...
Raminhos de alecrim espalhados pela casa no verão dão uma sensação de frescor e quando se faz churrasco, seu cheiro espanta os insetos que teimam em querer pousar sobre a carne crua.
No aspecto medicinal, o alecrim estimula a circulação, em especial em banhos de imersão; como consequência, alivia dores no corpo pelo aporte de sangue no local. É um grande auxílio na digestão de gorduras, prevenindo as placas.
Dotado de tantas qualidades e sendo planta de pequeno porte, o Rosmarinus deveria estar em todas casas: nos apartamentos, em vasos sobre o parapeito das janelas; nas casas com jardim, plantado como bordadura de canteiros. Enfeita e só faz bem.
Em tempo: alguns 'mateiros' - aquelas pessoas que vivem na roça e possuem um conhecimento intuitivo e prático das plantas medicinais - recomendam que não se deve ingerir alecrim durante a gravidez, pois ele teria propriedades abortivas. Não disponho de qualquer dado científico sobre o assunto, mas, pelo sim, pelo não... melhor não arriscar. Existe, ainda, uma espécie conhecida como alecrim-do-campo, com o qual se faz vassouras para limpeza - inclusive energética! Eu não dispenso.
Pois é: dezembro está aí e, a despeito de todas as perturbações com que a mídia tem nos bombardeado, este é, tradicionalmente, um período de paz, pois comemora-se a vinda do Grande Avatar, aquele que veio trazer uma mensagem de amor, compaixão e fraternidade. Pensando Nele, vamos nos ocupar em concentrar energias do bem, de modo que a gente possa abrir os portões de entrada para um novo ano cheios de esperança em um tempo melhor. Beijos.
Esqueci de dizer e voltei para editar: com os ramos do alecrim é possível trançar uma linda coroa do Advento para pendurar na porta e esperar pelo Natal.