domingo, 28 de agosto de 2011

Alimentos fundamentais

(imagem do google)


Em uma sociedade hedonista e focada na imagem, o grande perigo dos modismos dietéticos é perder-se no emaranhado das listas de alimentos que ora estão em alta, ora em baixa; alimentos hoje condenados, amanhã absolvidos; além dos 'alimentos milagrosos', que surgem todos os dias, vindos das mais diversas partes do mundo e sem pesquisa consistente e tempo de investigação suficiente para comprovar seus reais benefícios. De acordo com o dicionário eletrônico Houaiss, hipocondria é 'a focalização compulsiva do pensamento e das preocupações sobre o próprio estado de saúde, frequentemente acompanhada de sintomas que não podem ser atribuídos a nenhuma doença orgânica'. Em aguns hipocondríacos a compulsão manifesta-se através da automedicação, o que felizmente vem ficando cada vez mais difícil graças a recentes medidas restritivas tomadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Tudo fica mais difícil, porém, quando se trata dos tais 'milagres alimentícios'. Como não há um controle rigoroso sobre o real valor nutricional e funcional do alimento e os órgãos controladores se atenham apenas a alguns aspectos tais como higiene, exibição dos ingredientes e do conteúdo nas embalagens, segurança alimentar (ainda insipiente), dentre outros, muita gente cai na armadilha hipocondríaca do alimento que vai garantir saúde e juventude ad aeternum. Desavisadas, as pessoas ingerem esses alimentos sem uma consulta a um nutrólogo ou nutricionista, por vezes em quantidades exageradas, ou mesmo sem necessidade, a título de 'prevenção', sem saber que até água potável em exagero faz mal. Foi assim com a soja, com certos iogurtes e leites fermentados que pretensamente fariam o aparelho digestivo funcionar, e ainda é hoje, com alimentos surgidos do nada, como a famosa 'ração humana', comercializada de maneira errada, uma vez que seus ingredientes oxidam rapidamente se expostos à luz e ao ar. Ela vem, equivocadamente, sendo utilizada para substituir refeições inteiras - por vezes todas! - no afã de perder peso.

É preciso muito cuidado com os alimentos, digamos, arrivistas - se é que posso me expressar assim -, que caem na mídia de repente e parecem a panaceia, solução para todos os males.

No entanto, depois de tudo isso que escrevi aqui, atrevo-me a colocar uma lista dos 10 alimentos fundamentais. Sobre eles já existem dados de pesquisa consistentes, mas, ainda assim, melhor que sejam utilizados sem excessos e sem a expectativa de que, por si só, eles sejam a garantia de saúde e bem estar. Melhor procurar a ajuda de um médico endocrinologista, no caso de alterações metabólicas, e/ou o auxílio luxuoso de um profissional em nutrição para que o seu uso seja feito corretamente. Tal cuidado justifica-se, por exemplo, no consumo de uva, alimento que consta da minha lista, entretanto uma das frutas com o mais alto teor de frutose, um tipo de açúcar, que restringe o seu uso para portadores de diabetes. Ou a linhaça, desaconselhada para quem sofre de colite crônica, um tipo de inflamação do intestino.

Colocadas as recomendações, vamos ao rol dos 10 mais.

1. Linhaça ou peixes ômega-3: auxiliam na função cerebral, bons para a saúde cardiovascular. A linhaça ajuda no bom funcionamento intestinal.

2. Castanha-de-caju e do pará, nozes, amêndoas: a do pará é rica fonte de selênio, excelente para a memória.

3. Iogurte: fonte de cálcio e probióticos, bom para a saúde intestinal e por ser barreira protetora contra alergias, rinites e depressão.

4. Uva roxa: os flavonóides (tônicos circulatórios) presentes são bons para o coração.

5. Aveia: é barata, dá saciedade, controla a glicose e o colesterol LDL - o ruim.

6. Tomate, goiaba, melancia: contêm licopeno, substância anticâncer, melhor absorvida quando a fonte é aquecida.

7. Azeite: é gordura monoinsaturada, considerada mais limpa e saudável, principal elemento da dieta mediterrânea. Contém o ácido graxo ômega-9, gordura do bem.

8. Cacau em pó ou chocolate que tenha concentração de cacau acima de 50%: o ideal é consumir de 20 a 30g por dia (atenção chocólatras!). Contém substâncias antioxidantes e reduz a pressão arterial.

9. Alho: a alicina, substância presente no alho, atua no controle do colesterol, melhora o sistema autoimune, previne contra depressão e reduz a chance de se adquirir doenças por bactérias ou vírus.

10. Frutas cítricas alaranjadas: acerola, mamão e laranja são fontes de ácido ascórbico, que previne contra a gripe e o cansaço físico. É antioxidante.

Lembrete: prefira os alimentos de época e aqueles que nascem no país e no local onde você vive. Por que? Você faz parte de um ecossistema e tem afinidade com tudo que cresce no solo próximo a você.

Saúde! Beijos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A nova dieta francesa

(imagem do google)


Uma das coisas ótimas de se ter um blog são os amigos especiais que se faz no mundo virtual e o quanto eles têm prazer em contribuir com o serviço que você presta. Hoje a contribuição vem, novamente, da minha amiga Wilma Didou, do blog Mulher de Peito (http://cancerdemamamulherdepeito.blogspot.com).
Ela me enviou por e-mail o texto que reproduzo abaixo e que tem certa afinidade com minha postagem anterior O que há de novo, mas nem tanto...

O título é Dieta Francesa e tem tudo a ver com seu sobrenome francês, ou seja, há propósito e sincronicidade em tudo, concordam?
Voilà!
O Dr. Will Clower, médico neurofisiologista (há mais informações para ele no google, grifo meu), desenvolveu, durante sua estada de dois anos no Institute of Cognitive Science, em Lyon, na França, um plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta e, ainda assim, com saúde, como os franceses. "Descobri que os franceses violam todas as regras alimentares que estipulamos para nós". E, apesar de seus cremes, queijos, manteigas e pães, a taxa de obesidade na França é de apenas 11,3% da população, segundo pesquisa realizada em 2005 pela Internacional Obesity Task Force. O programa de emagrecimento saudável é baseado em quatro grandes princípios básicos: comer alimentos de verdade, aprender a comer, reduzir a quantidade de comida e ser ativo, sem necessariamente se exercitar. "Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios - fileiras e fileiras de queijos, uma geladeira inteira só para iogurtes e queijos frescos...Onde estavam os produtos light?!" Segundo o médico, estamos inundados de alimentos artificiais - açúcares sintéticos, gorduras sintéticas e produtos alimentícios artificiais. Falta-nos reaprender o que é comida de verdade, já que é a ingestão dela que proporciona ao corpo a nutrição na forma de que ele necessita. Clower afirma que em vez de estimular a ingestão de novas substâncias químicas para enganar o organismo, o programa mostra porque alimentos de verdade funcionam em favor do corpo. "Temos que reaprender o que é comida de verdade. Alimentos de verdade são os produtos naturais, que podem ser encontrados em um texto de biologia e que, normalmente, fazem parte da cadeia alimentar. "Refrigerantes não dão em árvore, margarina é uma invenção, os corantes, conservantes e estabilizantes que aumentam a vida do produto não foram feitos para o nosso corpo", defende. Em sua observação dos costumes alimentares franceses, o médico descobriu que os franceses não comem alimentos processados, não evitam gorduras, chocolates e nem carboidratos, não tomam suplementos alimentares, não se abstêm do vinho no almoço e no jantar e não comem com pressa. Ao adotar os hábitos franceses, ele e a mulher emagreceram onze e cinco quilos, respectivamente. Entre outras dicas, Clower prescreve uma limpa na despensa e na geladeira, com o auxílio de uma lista do que se deve ter em casa; fala sobre os benefícios do vinho, com moderação, é claro; da importância de se passar mais tempo à mesa, usufruindo do sabor da comida, e de como isso auxilia a diminuir o tamanho das porções, e da necessidade de se manter ativo. Os resultados, garante ele, surgem em seguida.

PLANO DE 10 ETAPAS PARA NUNCA MAIS FAZER DIETA

1 - Comer devagar. Comer muito rápido faz comer mais. O estômago demora cerca de 20 minutos para mandar um sinal para o cérebro. Comendo devagar, o cérebro tem tempo de receber a mensagem de que seu corpo está satisfeito.

2 - Garfadas menores. O paladar está na superfície da língua. Se a sua boca está cheia de comida, você nem sente o gosto.

3 - Concentre-se na comida. Comer em frente à TV ou no carro faz o momento se tornar irrelevante. A falta de atenção faz com que se coma demais.

4 - Apoie o garfo no prato. Se ainda tem comida na sua boca, coloque o garfo no prato. Não o encha novamente até que tenha engolido.

5 - Sirva a comida em pratos pequenos. Isso resolve dois problemas de uma só vez: o de lavar a louça e o fato de você comer com os olhos (o que já provoca saciedade, grifo meu).

6 - Comida sem gordura engorda. Comidas sem gordura não satisfazem e contêm mais açúcares.
7 - Se não for comida, não coma. Nosso corpo sabe o que é comida de verdade: carnes, frutas, verduras. Invenções como coca-cola causam problemas de saúde e de sobrepeso.

8 - Coma em etapas. Coma a salada primeiro. Isso ajuda a ganhar tempo à mesa e previne que você coma rapidamente e em grande quantidade.

9 - Gordura é necessária na dieta. Seu corpo e cérebro necessitam de gordura para serem saudáveis. Você come uma quantidade normal de gordura quando come alimentos de verdade, como manteiga, azeite, ovos, castanhas e queijos.

10 - Alta qualidade da comida leva a comer menos quantidade.

ALIMENTOS QUE SE DEVE TER SEMPRE EM CASA:

Peixes (salmão, sardinha, atum)

Grãos (granola, aveia, arroz)

Hortaliças(feijões, cebola, batata, abóbora, tomate)

Óleos e vinagres (azeite de oliva, óleo 100% vegetal, vinagre)

Produtos de padaria (farinha, ervas, temperos, açúcar mascavo)

Lanches(frutas desidratadas, biscoitos não-hidrogenados, nozes, azeitona)

Condimentos (mostarda, maionese de verdade, pimenta, sal)

Lacticínios (manteiga, queijo, leite, iogurte)

Bebidas (café, cerveja, suco de fruta, chá, água, vinho)

Ovos


Há uma postagem de alguns meses atrás em que abordo a dieta do mediterrâneo, que também tem afinidade com esta. Como se pode observar e concluir, há aí uma nova tendência surgindo em matéria de alimentação, que retoma os alimentos DE VERDADE. Muito bom.

Bon appétit! Santé!

sábado, 20 de agosto de 2011

Rapidinhas da cozinha: pílula contra o câncer

(magem do google)


Meu blog é sobre alimentação, mas não resisti em dar esta notícia, já que o objetivo de todos nós é criar melhores condições de saúde para todo mundo. E a novidade é muito boa: além de trazer à luz uma nova arma contra o câncer, podemos nos orgulhar de o trabalho de pesquisa ter tido a luxuosa contribuição de um jovem cientista brasileiro.




PÍLULA CONTRA O CÂNCER


Patologista brasileiro cria nova droga - sem efeitos colaterais - que vai revolucionar o tratamento da doença.


O interesse pela ciência começou cedo, aos 7 anos, quando ganhou do pai, que era clínico geral, e da mãe, médica bioquímica, seu primeiro microscópio. No segundo ano de Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o então estudante Jorge Reis-Filho, hoje com 36 anos, passou a se interessar pelo desenvolvimento de doenças e, atualmente, pouco mais de uma década depois, integra um grupo de estudos que está trazendo uma revolução no tratamento do câncer. "A tendência é que essa nova droga seja a mais usada no futuro próximo", diz Reis-Filho. A grande diferença é que, ao contrário dos remédios atuais, a descoberta ataca apenas as células doentes e não tem os graves efeitos colaterais da quimioterapia. Professor de patologia molecular do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer em Londres, um dos principais centros mundiais de estudos na área, Reis-Filho passa 14 horas por dia debruçado sobre microscópios ou no laboratório. O esforço está rendendo resultados e o remédio que ajudou a inventar deve chegar ao mercado ainda este ano. Ao lado da equipe do professor de biologia molecular Alan Ashworth e de seu próprio time de 12 pessoas, o brasileiro vem pesquisando alguns tipos de câncer de mama, do endométrio (a membrana que reveste o útero) e da pele nos últimos cinco anos.


Chamado por enquanto de inibidor da enzima PARP, o remédio evita a ação dessa substância no corpo dos doentes, contudo seu efeito é seletivo para células tumorais que têm alterações em certos genes que causam câncer de mama e de ovário. "Os inibidores não ficarão restritos a tumores resistentes à quimioterapia. Devem ser usados como padrão para alguns tipos de câncer de mama e de ovário também", afirma Reis-Filho. A droga para esse câncer deve ser licenciada já em 2011. Para o câncer de endométrio e de ovário, deverá chegar às farmácias nos próximos cinco anos.


(Fonte: Felipe Datt, Revista Galileu)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O que há de novo, mas nem tanto...


(imagem da Veja.com)


Primeiro uma apresentação: Michael Pollan é jornalista, escritor, ativista, professor de jornalismo na Universidade da Califórnia, em Berkeley e autor de um livro que permaneceu por muito tempo na lista dos mais vendidos do jornal americano The New York Times. Em suas obras mais recentes o tema alimentação saudável sem exageros é recorrente. Parece um sujeito muito simpático na entrevista dada à Veja.com em 2008, onde aparece magrinho, descontraído e sorridente.

O que publico aqui hoje foi extraído de seu livro De regras da comida - um manual da sabedoria alimentar, Editora Intrínseca. O que ele afirma faz parte do meu sistema de crenças e de tudo o que venho pesquisando e experimentando em matéria de alimentação. A maioria das ideias não são novas, no entanto é sempre bom reforçá-las. Diz ele:

" Comer está cada vez mais complicado. Prcisamos de especialistas que nos aconselhem sobre o que podemos consumir - médicos, livros sobre alimentação, meios de comunicação, órgãos governamentais, informações adicionais sobre nutrientes nas embalagens. Mas, depois de anos pesquisando o assunto, finalmente percebi que a resposta para o problema do que se deve comer, supostamente complexa, não é, de fato, nem um pouco complicada. Na verdade, pode ser resumida a apenas seis palavras: Coma comida. Não muita. Principalmente plantas.

Na guerra da nutrição, todos os competidores concordam que a chamada 'dieta ocidental' - na qual entram toda a sorte de alimentos industrializados, carne, adição de gordura e açúcar, cereais refinados e tudo em grande quantidade, exceto hortaliças, frutas e cereais integrais - nos faz mal E quem abandona essa dieta nociva para adotar um modo mais tradicional de se alimentar vê a própria saúde melhorar sensivelmente.

Conheça algumas regras simples para comer bem:

Coma comida

Falar é fácil, colocar algo em prática é que são elas, principalmente quando surgem milhares de produtos novos por ano no supermercado, todos brigando pelo seu dinheiro. Mas a maioria desses intens não merece ser chamada de comida. São preparados processadíssimos, compostos principalmente de ingredientes que nenhuma pessoa normal guarda na despensa. Hoje, boa parte do desafio de comer bem se resume a escolher comida de verdade e evitar novidades industriais.

Coma alimentos que apodrecem

No caso da comida, o que significa 'apodrecer'? Em geral, significa que fungos, bactérias e outras criaturas com as quais disputamos nutrientes e calorias chegaram a ela antes de nós. A industrialização dos alimentos começou como uma forma de aumentar o tempo de prateleira, protegendo-os desses competidores vorazes. Para conseguir isso, o mais comum é que se tente tornar a comida menos atraente para os micro-organsimos, buscando remover nutrientes que os atraem ou que podem ficar rançosos. Quanto mais processado um alimento, maior é o seu tempo de prateleira e menos nutritivo ele costuma ser.

A comida de verdade está viva e, portanto, deve acabar morrendo. (Há algumas exceções a essa regra: a vida de prateleira do mel, por exemplo, é medida em séculos.)

Observe também que a maioria das substâncias imortais que se parecem com comidas está geralmente localizada nos corredores do meio em supermercados.

Evite produtos alimentícios com mais de cinco ingredientes

O número específico é arbitrário, mas provavelmente, quanto mais ingredientes houver na elaboração de alimento embalado, mais processado ele será.

Coma principalmente plantas, com destaque para as folhas

Os cientistas podem discordar sobre o que há de tão bom nas plantas - são os antioxidantes? as fibras? os ácidos graxos ômega 3? - mas todos concordam que são muito boas para a saúde e, sem dúvida, mal não fazem. Além disso, uma alimentação baseada principalmente em plantas reduz bastante o consumo de calorias, já que os alimentos, como cereais e nozes, costumam ser menos 'densos em energia' do que outras coisas que comemos.

Coma colorido

A ideia de que um prato saudável é colorido é um bom exemplo de uma noção antiga comprovada pela ciência. As cores das hortaliças refletem os diversos antioxidantes fitoquímicos que contêm: antocianinas, polifenóis, flavonoides e carotenoides. Muitas dessas substâncias nos defendem de doenças crônicas, cada uma de um jeito diferente, de modo que a melhor proteção vem de uma alimentação com a maior diversidade possível de substâncias fitoquímicas.

Pague mais, coma menos

Quem gasta mais para ter uma alimentação melhor comerá menos e tratará a comida com mais cuidado. E, se essa alimentação tiver mais sabor, precisaremos de menos comida para nos sentirmos satisfeitos. Prefira a qualidade à quantidade. Ou, como diziam as sábias avós: 'Melhor pagar a quitanda do que o médico'.

Coma alimentos doces como encontrados na natureza

Quase sempre, na natureza, os açúcares vêm junto com as fibras que retardam sua absorção e nos dão saciedade antes de ingerirmos calorias demais. Por isso que é sempre melhor comer a fruta do que tomar o suco.

'Quanto mais branco o pão, mais cedo vem o caixão'

Esse conselho franco e transcultural (passados por avós judeus e italianos) indica que o perigo da farinha branca para a saúde é reconhecido popularmente há muitos anos. No que diz respeito ao organismo, a farinha branca não é muito diferente de açúcar. A menos que seja suplementada, não oferece fibras, vitaminas e gorduras saudáveis como os cereais integrais, mas uma dose alta de glicose que aumenta o potencial inflamatório e provoca o caos no metabolismo da insulina. Coma cereais integrais e minimize o consumo de farinha branca.

Pare de comer antes de se encher

Os japoneses têm um ditado - hara hachi bu - que aconselha todos a pararem de comer quando estiverem 80% satisfeitos. Na Índia, a tradição aiurvédica aconselha a comer até ficar 75% satisfeito; os chineses dizem 70%; e o profeta Maomé descrevia a barriga cheia como a que continha um terço de comida, um terço de líquido e um terço de ar. Os franceses também têm o que ensinar. Em vez de dizer 'Estou faminto', eles dizem 'J'ai faim' (tenho fome) e, ao acabar, 'je n'ai plus faim' - não tenho mais fome. É um jeito totalmente diferente de pensar na saciedade. Não se pergunte se já está satisfeito, mas se a fome já passou. Este momento geralmente chega muitas garfadas antes.

Desobedeça às regras de vez em quando

Ficar obcecado com a alimentação faz mal à felicidade e, provavelmente, à saúde também. Nas últimas décadas, as dietas e a preocupação excessiva com a nutrição não nos tornou mais saudáveis nem mais magros; é importante cultivar uma atitude tranquila em relação à comida. Em algumas ocasiões, você terá vontade de jogar as regras pela janela. O mais importante são os hábitos cotidianos que definem o seu modo de comer. Costuma-se dizer 'tudo em moderação', mas não devemos esquecer o sábio acréscimo atribuído, às vezes, a Oscar Wilde: 'a moderação, inclusive'.

(fonte: Reader's Digest, junho 2011)