
(imagem do google)
Prometi falar de ervas 'do bem' aqui quando criei este cantinho, mas parti por outros assuntos, fui seguindo minha intuição e as demandas dos meus seguidores e, assim, decidindo, sem, muitas rédeas, o caminho a seguir a cada dia.
Andei falando de algumas dessas plantinhas aqui e acolá, em postagens anteriores, mas elas nunca foram o assunto principal, as estrelas dos textos.
Sem problema. Chegou o momento de falar delas - e como acredito piamente em minha intuição, acho que elas estão chegando na hora certa. Com certeza, ocuparão mais de uma postagem, dada a riqueza de recursos e versatilidade destas folhinhas coloridas, que, com seu jeitinho modesto e encantador, saborizam, tratam, enfeitam e perfumam.
Enquanto escrevo, vou ouvindo o programa Brasil das Gerais, na TV Minas, e descubro que estou aderindo à permacultura, um conceito criado por dois australianos, que sistematizaram o conhecimento de povos primitivos com o objetivo de 'troca, permuta' equilibrada e respeitosa com a natureza. Em minha casa, as ervas estão plantadas em grandes vasos enfileirados em frente à porta da cozinha, à mão para serem usadas. Interessante: pequenos gestos fazem diferença. Fazemos compostagem com folhas que caem, restos de cozinha, como cascas e água de cozimento, e terra, para adubar os jardins e a horta. E, definitivamente, não usamos defensivos agrícolas. A partir desta temporada de águas, vamos aumentar a captação de chuva para molhar os canteiros durante a seca. Deste modo, tentamos deixar um mundo melhor para as futuras gerações. É como a gotinha de água no bico do beija-flor: não apaga o incêndio, mas vamos fazendo a nossa parte.
É importante mencionar que tais medidas fazem com que as ervas tenham mais qualidade, perceptível no perfume e no sabor. E também que fazer mudanças, como reduzir o sal e privilegiar as ervas no preparo dos alimentos, fazem uma significativa diferença para a nossa saúde.
Já pesquisei muito sobre ervas, em publicações as mais variadas, desde revistas e compêndios de três décadas atrás, até uma enciclopédia, Herbs, da Editora Dorling Kindersley de Londres, e livros de culinária. Sou fascinada por elas e vou tentar resumir de maneira didática sobre as propriedades daquelas mais comuns na cozinha brasileira. Começo amanhã, combinado? Inté.