quinta-feira, 2 de setembro de 2010

De volta ao começo

(imagem do google)

Sei que é verso de canção popular, mas dele me aproprio para nos remeter ao dia 01/06/2010, quando publiquei um texto com o título COMEÇANDO PELO COMEÇO. A intenção era - e é! - a de mostrar àqueles que têm medo de 'enfrentar' a cozinha, por julgarem que não sabem por onde começar, que cozinhar é uma questão de gosto: começa-se e não se quer mais parar. Acreditem: comigo foi assim.
Naquela postagem, falei sobre os utensílios necessários a quem se dispuser a 'tomar coragem e mexer o caldeirão'. Cozinha montada, vamos ao que interessa.
Hoje começo a falar sobre pratos simples de preparar. Vocês gostam de macarrão instantâneo? Muito fácil de fazer. Aí, me perguntarão: mas você não é a advogada da alimentação saudável? Sou, e na minha casa se come macarrão instantâneo, quando o tempo está curto para caprichar numa refeição mais elaborada.
A massa do macarrão instantâneo - de qualquer marca - é um alimento bastante leve, feito com sêmola e água e que quase não tem sabor; tão leve que cozinha em três minutos. O problema é aquele pacotinho prateado, cheio de substâncias artificiais, que vem junto, a guisa de tempero. Ali está o veneninho, em dose não-homeopática. Em especial, um vilão chamado glutamato monossódico, que sobrecarrega nossos rins de trabalho. O que fazer?
Meu filho adora macarrão instantâneo e costuma me pedir para fazer 'miojo rico'. Trata-se da massa preparada em forma de sopa com a adição dos meus temperos, ou seja, sal ou molho shoyu, cheirinhos verdes em quantidade, um dente de alho amassado, cebola picadinha e ervas a gosto - as que tenho em casa. Junta-se um tomate picadinho em cubos, sem pele e sementes, um pouquinho de couve cortada fininho - ainda segundo meu filho 'couve cabelinho de anjo' -, se tiver, batatinha, ou cenoura raladinhas, uma pimenta para quem gosta e está pronta uma sopa saborosa, rápida e nutritiva. Boa para se comer à noite, ficar satisfeito e não ter pesadelos.
Gostaram? Pois é, o negócio é inventar, tentar e fazer receitas diferentes com esta sugestão.
Uma dica preciosa: massas não devem ser ingeridas com molho de tomate, ou proteína animal - isso quer dizer carne bovina ou suína, frango e/ou similares. A mistura fermenta e... engorda!
Japoneses raramente apresentam problemas de obesidade. Japonês gordo geralmente é lutador de sumô. No geral, é um povo esbelto e isso tem a ver com genética, sim, mas também com hábitos alimentares. Eles gostam muito de comer macarrão instantâneo e, além da massa, acrescentam vegetais exóticos (para nós!), como raiz de bardana, muito boa para a digestão, gengibre, cheiros verdes - que plantam nos telhados, por causa da falta de espaço. E, vez por outra, pedacinhos de peixe cozido e bolinhas de arroz - lá tem muito dos dois! O interessante é que, diferentemente de nós, eles comem os sólidos com hashi, aquele par de palitinhos que nos parece tão difícil de manusear e, ao final, bebem o caldinho na própria tijela, sem qualquer cerimônia.
Já dá para se aventurar, não acham? Então... ao miojo!

4 comentários:

Regina Rozenbaum disse...

Ângela, iluminada, amada!
YESSSSSSS!!! Vou lhe contar um segredo: minha Preta adoooora esse Miojo (sem nada mesmo, purim do jeitim que 3' "pari" ele)e euzinha gosto nauuummm. Agora com essas dicas suas vou tentar... tentar rsrs é que sou daquela tchurma que aprecia o "fermento" rsrs Fazer o quê? Conviver com e na gordura!
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com

Angela Fonseca disse...

O miojo não tem gosto de nada, talvez um leve sabor de massa. Com temperos e uns vegetais, fica bem saboroso e, o mais importante, leve; o estômago agradece. Experimente, depois me conte. Beijinhos

foureaux disse...

Mais uma vez, o recorde de simplicidade é seu, com todas as honras!
beijinho!
;-)

Angela Fonseca disse...

Valeu, ZéLu! Quer comer um miojo comigo? Ah, não, é pizza, na próxima sexta, combinado? Vai ser de surpresa para o Eric e tenho certeza que ele vai ficar imensamente feliz. Coisas de amigos portadores de qualidades especiais... Bjs