segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Digressões sobre uma doença chamada câncer

(imagem da internet)

"Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão,
Eu... passarinho!" (Mário Quintana)

Tenho postado sobre dietas e alimentos saudáveis também para portadores de câncer - somos considerados portadores até que completemos 5 anos sem recidivas ou metástases -, enfatizando, também, sua prevenção. Entretanto, quando começo a pensar sobre o assunto, sempre me pergunto: o que é o câncer? O que deflagra o seu surgimento? Por que algumas pessoas se curam e outras não? Por que gente que sempre se alimentou corretamente, nunca fumou, nunca bebeu, leva uma vida saudável um dia é surpreendido com uma notícia devastadora? Por que gente cada vez mais jovem tem sido acometida? Por que alguns indivíduos que fumam e bebem, têm péssimos hábitos alimentares e uma vida desregrada nunca tem a doença? Tantos porquês...

Todos sabemos que médicos e pesquisadores nunca se debruçaram tanto sobre o problema como agora, mas mesmo eles, por vezes, se assustam com fatos novos e se sentem impotentes diante da destrambelhada reprodução de células modificadas que acabam por minar o organismo, fazer sofrer, mutilar e consumir a vida. Às vezes, não.

Para alguns sistemas de crença, a doença é vista como castigo para ações consideradas desviantes. Para outros, é carma, uma forma de elevação a partir da provação. Para outros, ainda, é destino, algo que já vem traçado inexoravelmente antes de a pessoa nascer. Para os que não creem, tudo se resume a genética e fatores ambientais, como alguns hábitos perniciosos, estresse, sedentarismo e alimentação errada. Ou mero acidente biológico, quando não há explicação aparente.

Eu, que já passei pela experiência e até hoje não consigo entender o porquê, repito para mim mesma todas essas perguntas. Obviamente, não encontro respostas. Busco, então, serenidade e superação. Difícil, mas possível.

Penso que este é um caminho para aqueles que já passaram, estão passando ou ainda passarão pelo diagnóstico. Há que seguir vivendo, conscientes de nossa finitude e da nossa incapacidade de controlar os acontecimentos.

No entanto, não há de ser uma doença, por pior e mais assustadora que ela seja, que irá atravancar o caminho daqueles que escolheram viver e lutam com tudo que têm por esse presente de Deus e essa oportunidade de crescimento e evolução que é a vida no planetinha azul.

Por isso, estudo cada dia mais sobre hábitos e alimentos que possam garantir uma sobrevida mais longa nesta nossa casa chamada Terra. E vou disseminando esse conhecimento para meus companheiros de jornada, junto com amor e carinho, juntando forças para enfrentar o imponderável. E permanecer por aqui, com certeza!

Este é quase um desabafo. Tenho certeza que muitos já se fizeram as mesmas perguntas e, como eu, ainda desconhecem as respostas. Não importa muito: importa é que escolhemos não entregar os pontos e continuar existindo e, como canta Rita Lee, enquanto estivermos vivos e cheios de graça, talvez ainda façamos um monte de gente feliz.

Beijos . E como diz o aforismo, fé em Deus e pé na tábua!

2 comentários:

Regina Rozenbaum disse...

Angelinha amaaaaada!
São perguntas que nunca (mesmo depois dos cinco anos) se calarão. Quem sabe não é para não emudecermos diante do aprendizado e continuarmos assim a semeá-lo?! Mesmo que não viermos a ver os frutos, muitos colherão.
Beijuuss n.c.

Geni Luzzim Mota disse...

Oi Angela, tudo na vida tem um propósito. A doença às vezes vem como um resgate, uma provação, um desequilíbrio.

Mas o mais importante é a dor e o sofrimento são instrumentos de evolução e um caminho que pode acelerar a espiritualização.

Continue beneficiando as pessoas com dicas de saúde por meio da alimentação, pois "Mente Sana em Corpore Sano" ainda é o melhor caminho.