terça-feira, 19 de outubro de 2010

Árvore de pirilampos: show da natureza!

(imagem do google)
Mesmo estando no sítio - e adorando ficar por lá! - venho à cidade, uma vez por semana, para trabalhar. Dou passes e aplico reiki em uma fraternidade espírita. É meu modo de retribuir tudo de bom que recebo por lá: energia da boa, troca amorosa de conhecimentos e o senso de estar caminhando mais um pouquinho em direção a uma Angela melhor. Passando por BH, não pude deixar de vir aqui, contar para vocês como vão as coisas.
Pois é. Começou, de mansinho, a 'temporada das águas' por lá. A chuva tem nos batizado: tudo está mais verde e viçoso, há um renovar de esperanças para quem vive da terra, as cigarras 'cantam' sem cessar e uma turma grande de sapos e rãs vem à janela coaxar sua alegria.
Os últimos meses foram de seca e vento frio. No entanto, a natureza tem um relógio biológico que não falha. Mesmo sem água, com a chegada da primavera tudo começou a se renovar. Impressionante: flores nascendo em profusão, folhagens soltando novos brotos, a terra exalando um perfume diferente, orgânico, formigas saindo das tocas em fileiras em busca de alimento, passarinhos passando apressados para comer as frutas e a canjiquinha que ofertamos em bandejas generosas e, cheios de energia, indo cumprir o ritual de acasalamento. É vida se fazendo de novo.
Outro dia, aconteceu um espetáculo difícil de narrar. Vou tentar. Choveu forte durante cerca de uma hora e parou de repente. Já era noite. Saímos de casa e ficamos ouvindo o barulho dos pingos caindo das árvores e sentindo o cheiro bom de terra molhada. De um momento para o outro, não se sabe de onde, surgiu uma quantidade enorme de vagalumes. Começaram a voejar na mata atrás da casa, até que todas as árvores se encheram de luz, piscando sem parar. Parecia que o Natal havia chegado antes do tempo. Não conseguimos parar de olhar para aquela beleza e, de tanta alegria, meu marido, meu filho e eu começamos a rir e a dançar em roda, agradecendo a Deus pela oportunidade de estar ali, naquele momento.
É assim mesmo. Quando estamos mais próximos da natureza em seu estado puro e natural, nossos relógios biológicos também se acertam pelo ritmo das mudanças, constantes. Então, conseguimos nos despojar do nosso olhar urbano, exigente, e usufruir das belezas simples e, ao mesmo tempo, grandiosas que acontecem, a todo momento, ao nosso redor.
Volto amanhã para lá. As águas já voltaram. Vou lavar a alma. Beijos.

4 comentários:

Cristina disse...

Ângela, que lindo esse renovar da natureza. Quando vc fala do cheiro de terra molhada me dá vontade de ir para o seu sítio, coisa boa isso. Então que renovemos nosso olhar, nosso ouvir, nossso viver! Vá com Deus e muita paz para vc! Bjsssssssssss

Cancer de Mama Mulher de Peito disse...

Maravilhoso!
Existe alguma coisa melhor do que esse momento vivido?
Sim existe uma câmera fotográfica para registrar.
Se bem que ao cerrar meus olhos, consigo ver um lindo pé de vagalumes.
Um Grande beijo.
Wilma

Guma disse...

Olá amiga Angela,

Como em comunhão com a natureza, fora da urbe, da poluição sonora e ambiental, nossa capacidade de sorver as mais singelas manifestações da natureza, nos levam a nos emocionar e sentir-mo-nos partículas tão diminutas de um todo tão complexo e pensar com que direito mexemos tanto naquilo que deveria ser intocável e fazer permanecer como nos foi "emprestado".
Que bom poderem desfrutar por serem sensíveis, que bom partilhares esses momentos, que nos chegam lembrando o quão é importante voltar sempre que se pode ao contacto com o natural e dar-nos ao renovar e lavar da alma, como muito bem dizes.

Óptimo domingo em paz junto dos teus.
Bj. e kandandos meus.

Unknown disse...

Angela,

Se precisar de uma amiga para estar junto com você neste momento pode contar com a Virna, posso não estar aí fisicamente, mas em pensamento pode acreditar que estarei.
Será maravilhoso você colocar seu maiô e tomar um delicioso banho de mar.
Pensamento positivo sempre , minha linda.

Beijos enormes.
Virna Soledade
www.superandocancerdemama-virna.blogspot.com