segunda-feira, 19 de abril de 2010

Manter o peso dormindo bem

É muito interessante poder constatar na prática aquilo que se aprendeu na teoria. Embora nem sempre seja agradável...
Certo dia, encontrei Mary, uma amiga de outros tempos - e ela continuava a mesma 'garota' divertida, mesmo já sendo uma senhora, divorciada e com um filho na faculdade. Sempre foi uma pessoa com os pés bem fincados no chão e que cumpria as metas estabelecidas para si mesma, sem caretice e com muito bom humor. Mas... estava obesa!
Trabalhou durante muitos anos no sistema financeiro, em uma instituição bancária privada, e, por ser muito competente, conseguiu construir um bom patrimônio. Um dia, porém, deu o basta! Estava estressada, meio deprimida, e tomou a decisão: saiu de circulação, reciclou a cabeça, viajou, relaxou por um tempo e voltou ao cenário em uma atividade inteiramente diferente da anterior - e, segundo ela, mais prazerosa. Criou um espaço confortável e bem equipado em sua casa e, como falava inglês fluentemente, passou a dar aulas para alguns clientes que já conhecia da instituição financeira e outros novos. Começou a namorar um sujeito 'do bem', vivia uma relação apaixonada mas... continuava obesa!
Com o passar dos anos, a gordura excedente começou a lhe criar problemas sérios de saúde. No entanto, por mais que se esforçasse, não conseguia reduzir o peso apenas através de dietas e sessões de psicoterapia - nada funcionava mais para ela, que comia por compulsão. Um belo dia, rendeu-se e resolveu submeter-se à cirurgia de redução do estômago. Quem já passou pela experiência sabe que é sofrida e que o processo é longo, em várias etapas. Naquele momento, perdemos o contato novamente e não sei onde, nem como Mary está agora.
Contei sua história porque me lembrei que ela dizia que o ganho de peso foi acontecendo, sem que ela percebesse, num período em que trabalhava noite adentro, on line, no banco. Passou a comer muito e o tempo todo. No dia seguinte tentava recuperar a noite insone, mas até o sono depende da produção de um hormônio - a melatonina - que só ocorre à noite, no escurinho do quarto de dormir. A falta de sono reparador, provavelmente, desequilibrou a produção de dois outros hormônios importantes: uma redução da leptina, que dá a sensação de saciedade, e um aumento da grelina, que provoca fome. Este desequilíbrio resultou em uma falsa e permanente sensação de fome. E ela comia cada vez mais.
O que se pode concluir disso é que uma alimentação equilibrada, atividade física e um sono saudável são condições essenciais para a manutenção do peso e da saúde. O que eu já sabia na teoria, pude constatar na prática e hoje, ao invés de lhes desejar 'bom apetite', desejo-lhes 'bom sono', cheio de sonhos agradáveis!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Massas e... massas

Volto para o sítio amanhã, depois de uma maratona de atividades que estavam pendentes em Belo Horizonte. Finalmente! Vou para meu espaço sagrado, desacelerar e reabastecer de energia boa. Só postarei novamente quando vier de lá. Aí estão as receitas que prometi.

Salada de Macarrão*
Ingredientes
1/2 xícara (chá) de vinagre balsâmico, 3 colheres de (sopa) de água, 1 colher (sopa) de azeite extra-virgem, 1 colher (sopa) de sal, 1 dente de alho picadinho, 1 xícara (chá) de flores de brócolis, 1 xícara (chá) de couve-flor, 1 xícara (chá) de cenoura cortada em palitos, 1 xícara (chá) de pimentão vermelho (pode misturar com amarelo, fica mais bonito)cortado em tirinhas, 4 xícaras (chá) de macarrão gravatinha cozido al dente sem sal e sem gordura, 2 colheres (sopa) de manjericão fresco picado.
Modo de preparo
Coloque os seis primeiros ingredientes em uma tigela e mexa bem. Reserve. Numa panela, cozinhe o brócolis e a couve-flor por 2 minutos e a cenoura até ficar levemente macia. Retire, escorra e resfrie em água corrente (se tiver pressa; eu prefiro deixar esfriar naturalmente, para preservar os nutrientes). Em uma saladeira, junte os vegetais já escorridos, o pimentão, o macarrão, o manjericão, o vinagre e o azeite e mexa delicadamente. Cubra e leve à geladeira. Sirva frio. Rende 5 porções.
* Esta receita faz o maior sucesso na minha casa no verão.

Macarrão com gengibre e cogumelo shitake
Ingredientes
1 pacote de macarrão integral grão duro, 10 cogumelos shitake grandes, secos, 5 colheres (sopa) de molho de soja (shoyu), 2 colheres (sopa) de gengibre fresco cortado em palitinhos bem finos, 2 dentes de alho grandes.
Modo de preparo
Ponha o macarrão para cozinhar al dente, não coloque sal, só um fio de óleo. Deixe os cogumelos de molho para hidratar por 2 horas, cobertos. Descasque e pique o gengibre em palitinhos finos. Amasse os alhos. Ponha óleo em uma panela de fundo largo e doure o gengibre, depois o alho e, por último, os cogumelos espremidos e cortados em fatias finas (não despreze a água dos cogumelos!). Refogue bem. Quando estiver pronto, o gengibre bem dourado e crocante, coloque um pouco daquela água em que ficaram de molho os cogumelos. Deixe cozinhar por 2 minutos e, antes que evapore, coloque o macarrão. Misture bem e, ao final, coloque o shoyu e mexa. Sirva imediatamente.
Esta é uma receita exótica, mas garanto que é de dar água na boca e comer ajoelhado!
Esses pratos não engordam, desde que consumidos sem exagero, e fazem muito bem à saúde.
Um abraço. Até qualquer momento.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mangia che te fà bene

Minha família, pelo lado materno, é de origem italiana. Sua história foi resgatada e está contada no livro No coração capixaba, dissertação de mestrado de Luiz Carlos Biasutti, ele também um descendente da primeira colônia italiana no Brasil. Há mais de cento e trinta anos um grupo numeroso de imigrantes das regiões de Trento e Alto Adige - pertencentes ao Império Austro-Húngaro, extinto na Primeira Guerra Mundial - chegou ao Brasil e fincou raízes no vale do Canaã, que recebeu este nome por causa do romance homônimo, de autoria de Graça Aranha, traduzido em muitas línguas e que trata do fenômeno da imigração. Hoje, o vale é o município de Santa Tereza, no Espírito Santo, mais conhecido por um de seus ilustres cidadãos, Augusto Ruschi, o naturalista que mapeou a flora de orquídeas e bromélias e a fauna de beija-flores de sua terra e que também descendia dos primeiros italianos no país.
Era uma gente valorosa, ligada à terra, à família e aos valores religiosos. Suas tradições estão preservados pelo Circolo Trentino di Santa Teresa, uma sociedade sem fins lucrativos criada em 1987.
Minhas lembranças mais remotas dessa descendência levam-me às reuniões na casa de minha tia Rozinha Dalla Bernardina Pretti - na verdade tia de minha mãe, irmã de meu nonno (avô).
Pareciam festa, com muita conversa, cantoria e risos. A mesa era imensa e minha tia amanhecia na cozinha, com suas auxiliares, porque o tagliarini era feito em casa, em uma máquina importada. Nunca mais comi uma massa igual. O molho era feito de tomates maturados - os pomos de ouro (pomodoro) - e cozinhavam durante horas, para 'apurar'. Aí, vinham os temperos e virava aquele suco denso, rubro, perfumado, inigualável.
Uma coisa me chamava a atenção: enquanto os homens brasileiros de origem eram contidos uns com os outros, os 'nossos' - tios, primos e agregados - se abraçavam e beijavam sem constrangimento. Era bonito de se ver.
Hoje percebo que o meu amor pela terra e seus frutos, meu gosto pela cozinha simples, mas também elaborada, e meu jeito afetivo, caloroso, têm seu começo lá, nos meus genes mais distantes. Tenho muito orgulho deles e, por isso, compartilho esta história com vocês.
Aprendi que comer massas, seguramente, não engorda, desde que as combinações estejam certas. Não se deve misturar proteína animal com molho de tomate - o resultado é uma fermentação de efeitos nefastos, que vão desde a produção de gases, até o acúmulo de toxinas no sangue. A despeito de tudo que se fala sobre carboidratos e peso, macarrão preparado com azeite, alho, ervas e legumes é um prato leve, com a vantagem de ser nutritivo e rápido de preparar. Vou deixar aqui, no próximo post, algumas receitas gostosas, boas de consumir acompanhadas de um bom vinho tinto, que também é funcional, pois contem uma substância chamada resveratrol, que blinda o coração e as artérias, e polifenóis, os antioxidantes de primeira linha.
Até lá, saluti!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Rapidinhas da cozinha

Meus amigos que sabem do meu interesse por alimentação e saúde, e também do novo blog, enviam sempre contribuições valiosas, que estarei compartilhando com vocês ao longo dessa gostosa convivência.
Lukarol me mandou esta mensagem, junto com uma foto de morango silvestre - ele sempre me manda lindas fotos da natureza, porque sabe que eu adoro. A mulher dele faz parte de um grupo de estudos sobre 'comida viva' - vou falar sobre isso aqui um dia! - e ele fica antenado, porque viu, dentro de casa, a Vi ficar curada de fibromialgia com o auxílio luxuoso de bons hábitos alimentares e outras atitudes saudáveis.
Pois bem, aí vai:
O que acontece quando você acaba de beber uma lata de refrigerante
(peço desculpas pelo tom forte das colocações, mas julgo que são necessárias)

Primeiros 10 minutos
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% da quantidade diária recomendada.
Você não vomita imediatamente por excesso de doce por causa
do ácido fosfórico que seu corpo produz.
20 minutos
O nível de açúcar no sangue chega ao limite, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar em gordura
(porque é muito para esse momento em particular).
40 minutos
A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais gordura na corrente sanguínea.
Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para que você não tenha tonteira.
45 minutos
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo.
Fiscamente, funciona como a heroína, por isso, vicia.
50 minutos
O ácido fosfórico empurra cálcio, zinco e magnésio para o intestino grosso, acelerando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, você está, literalmente, 'urinando seus ossos', o que leva à osteoporose.
60 minutos
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação e você urina.
Aí é garantido que estará pondo para fora cálcio, zinco e magnésio de que seus ossos precisariam... Conforme a 'onda' decresce, você sofrerá um choque pela falta de açúcar.
Ficarrá irritadiço.
Você já terá posto para fora tudo que havia no refrigerante, mas junto terá expulsado substâncias que farão falta ao seu organismo.
Portanto:
Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere a ingestão!
Prefira sucos naturais.
Seu corpo agradece!
Cuidem-se, amigos. Vocês são essenciais para mim!
(desconheço a fonte, mas as informações são confiáveis, porque já ouvi mais de um profissional de saúde e nutrição discorrendo sobre isso)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Protegendo o habitat: porque comer orgânicos

Não era minha intenção postar este assunto ainda. Porém, por inspiração de minha querida amiga blogueira, Regina Rozenbaum (toforatodentro.blogspot.com), que publicou recentemente uma imagem bem humorada, mas contundente, sobre desmatamento, achei que caberia falar aqui sobre pequenas ações que podemos realizar para proteger nossa casa maior, nosso habitat tão lindo, mas tão maltratado, um certo planetinha azul chamado Terra.



CONSUMIR ORGÂNICOS

Eles são resultado de um sistema de cultivo inteligente, que não utiliza produtos artificiais e valoriza os recursos naturais. Além de trazerem vantagens para quem os consome, beneficiam a sociedade e o meio ambiente. Abaixo, conheça algumas razões da importância desses alimentos e entenda porque colocá-los à mesa vale a pena.

1. O equilíbrio do meio ambiente é garantido com a agricultura orgânica. São priorizadas técnicas que causem o menor impacto possível no ecossistema da região.
2. A vida animal e vegetal ao redor das plantações é beneficiada, uma vez que estará livre de riscos de contaminação por substâncias químicas presentes em adubos artificiais e agrotóxicos.
3. O cultivo desses alimentos ajuda a reciclar o lixo orgânico, pois a terra é enriquecida com adubos naturais, formados a partir da decomposição de folhas, esterco, verduras, dentre outros.
4. A energia é economizada. Não é preciso fabricar fertilizantes e agrotóxicos, nem meios de aplicá-los, o que diminui o uso de recursos naturais energéticos, como petróleo e óleo diesel.
5. Estudos mostram que os orgânicos possuem mais ou a mesma quantidade de nutrientes que os alimentos convencionais.
6. A agricultura orgânica preserva o solo, evitando sua erosão e desgaste. Promove o uso racional de suas propriedades, cuidando sempre da qualidade e fertilidade natural.
7. Consumir orgânicos é ter uma vida mais saudável. Os insumos e produtos químicos do cultivo convencional podem afetar a saúde de quem consome os vegetais, causando problemas como reações alérgicas e respiratórias.
8. A qualidade da água não é prejudicada. Em cultivos não orgânicos há o risco de contaminação de riachos e lençóis freáticos pelas substâncias agrotóxicas.
9. A produção desses alimentos valoriza os pequenos agricultores e suas famílias, que têm a terra como única forma de sustento. O uso inteligente do solo permite que eles fiquem durante muito tempo no mesmo local.
10. Ao optar por orgânicos, contribui-se para proteger as futuras gerações, que terão acesso a recursos naturais preservados e não contaminados por produtos químicos.

(Fontes: José Antônio Azevedo Espíndola, pesquisador da EMBRAPA Agrobiologia; Fernando Teixeira Silva, pesquisador da EMBRAPA Agroindústria de Alimentos e RG/Nutri Consultoria nutricional, in Revista Vida Natural e Equilíbrio: Ed. Escala, SP, no. 26)

Vivo a maior parte do meu tempo em um abençoado pedaço de terra no interior de Minas Gerais e lá ponho em prática o que prego: alimentação saudável e agricultura orgânica de subsistência. No entanto, mesmo que você não tenha essa possibilidade, já existe um público consumidor de orgânicos crescente nas cidades, o que faz com que aumentem as opões de locais onde adquirir produtos certificados e de boa procedência. Eles custam um pouquinho mais caro - só um pouquinho! Mas valem cada centavo excedente: o sabor é incomparável e... bem, as razões você já sabe!
Comer bem é escolha. Faça a sua.

domingo, 4 de abril de 2010

O tempero da vida

(imagem do google)
Amigos temperam a vida. Não tenho muitos, mas o suficiente: os que tenho me bastam e fazem saborosa minha jornada planetária.
Tem o Pedro, com quem venho tocando o barco há exatos 34 anos. O mar nem sempre esteve calmo, mas nunca desistimos de navegar juntos. E tem o Eric, bendito fruto de meu ventre, tão amoroso e divertido, com quem aprendi paciência e amor incondicional.
Tem a Consolação, xamã da tradição havaiana dos Kahuna, que vejo menos do que gostaria, em razão de nossas agendas(=rotina) sempre cheias, mas com quem falo muito ao telefone todos os dias, e troco experiências e vivências espirituais, junto com receitas e outras coisas de mulher. Ela me alimenta.
Tem o José Luiz, meu amigo professor de literatura portuguesa, de quem muito me orgulho e com quem tenho a intimidade necessária para trocar até os mais resguardados segredos. Ele me ama tanto que trouxe junto a sua família, a quem amo muito também. Tenho por ele um carinho e uma identificação com o feminino de sua alma.
Tem a minha irmã, Eliane, com quem sempre dividi espaço e amor dos pais. É minha afilhada, ou seja, como uma filha para mim. Já brigamos muito como acontece com os irmãos, mas sempre cultivamos um sentimento de proteção uma com a outra.
Tem a Inês, minha dentista, mas, antes de qualquer outra coisa, uma pessoinha delicada e gentil, amorosa, que encontrei numa das clínicas onde levávamos nossos filhos a se tratar. Temos em comum o gosto pela cozinha e a saúde.
Tem os meus amigos da fraternidade espírita que frequento, com quem estudo e vou aprendendo as lições necessárias para praticar o amor ao Criador e a todas as suas criaturas. Levo muito a sério essa troca.
Tem a Zilda, que trabalha comigo no sítio e cuida de tudo para mim quando não estou lá. Considera-me como mãe e tem sempre um sorriso contagiante, mesmo nos momentos mais complicados.
Tem o Edson, meu primo, com quem tenho uma afinidade de alma como se fosse um irmão. Nossa família, pelo lado do meu pai, não conviveu muito, por causa das idiossincrasias entre si, mas nossa amizade sobreviveu a essa mazelas.
Tem os amigos virtuais, com quem compartilho alegrias, preocupações, risadas e conhecimento. Alguns já conhecia antes de iniciarmos nosso contato no cyberespaço - mudaram-se, têm muitas atividades e difícilmente nos vemos. Outros vão chegando, de mansinho a princípio, e depois se tornam tão íntimos como se tivéssemos convivido a vida toda.
E tem ainda aqueles que não se acham mais neste mundo, mas continuam comigo, na minha memória e junto ao meu espírito: minha mãe, a Patty, tantos outros.
A lista não obedeceu a qualquer hierarquia, porque preparei um mesmo cantinho luminoso, bem cuidado e cheio de amor para eles no meu coração.
É para eles a minha homenagem nesta Páscoa, por tornarem a minha passagem pela vida uma aventura prazerosa e cheia de luz!
Beijos, meus amigos, e muitas bênçãos. Vocês merecem.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Chocólatras do mundo, uni-vos!

Amo chocolate! Não ligo muito para doces em geral, menos ainda aqueles que levam coberturas, cremes, granulados e outros atrativos que enchem os olhos de muita gente. Sei que sou minoria, mas acho bom não ficar desejando a delícia e ter que me privar dela. Agora, chocolate... Aquele tablete se transformndo em creme no calor da boca e deixando nela um sabor indefinível de gostosura e prazer... é absolutamente irresistível! Aliás, chocolate parece ser unanimidade: apenas uns poucos não gostam, ou não ligam para ele.
Pois bem. Para quem não é diabético, ou tem qualquer problema de saúde que justifique a restrição, bem como os que não querem engordar, trago boas novas:

CHOCOLATE VIRA REMÉDIO
Novas evidências provam que o chocolate faz bem à saúde.
Pode diminuir a pressão arterial. Pesquisadores do Hospital Universitário da cidade de Colônia, na Alemanha, deram a 44 pessoas com hipertensão arterial branda e limítrofe o equivalente a 30 calorias de chocolate meio amargo ou branco por dia. Após cerca de quatro meses, o número de pessoas que comeram chocolate meio amargo e tinham hipertensão caiu de 86% para 68%. De acordo com os cientistas, é provável que os resultados tenham sido causados pelo efeito antioxidante do chocolate meio amargo (meu favorito!).

Pode ajudar a queimar gordura. Homens que gostam de chocolate têm saúde melhor do que os que não comem a guloseima, dizem os médicos da Faculdade de Londres e da Nestlé. Durante cinco dias, um grupo de 22 jovens saudáveis comeu exatamente a mesma coisa. Metade acrescentou chocolate à dieta e a outra metade comeu pão. Testes de sangue e de urina mostraram que os amantes do chocolate processaram comidas gordurosas mais facilmente e tinham níveis mais baixos de colesterol LDL (o ruim).
Comer chocolate de vez em quando pode trazer benefícios de longo prazo, mas só se acompanhado de uma alimentação saudável. "O que não pode é comer chocolate o tempo todo e ficar sentado no sofá vendo TV", adverte o Dr Sunil Kochlar.
(Autoria: Cynthia Dermody, jornalista, divulgadora de resultados de pesquisa sobre alimentação e saúde)

Há vários cientistas hoje pesquisando o chocolate como alimento funcional. (Penso que são chocólatras como nós!) Tenho lido sobre o assunto com frequência em publicações diversas. O que já se sabe é que o chocolate em pequenas quantidades diárias melhora a memória e o funcionamento geral do cérebro. Quanto ao humor, não há dúvida: ele aumenta a produção de endorfinas - os hormônios do prazer - no cérebro.
Portanto, vamos celebrar a Páscoa como bem merecemos: comendo chocolate! Dá até para abusar um pouquinho, já que é festa e ninguém resiste. É só compensar no dia seguinte, tomando muitos sucos, comendo abacaxi e outros 'alimentos-vassouras' para desintoxicar.
Boa Páscoa para todo mundo e para o mundo todo!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Nada radical - 2a. parte

Retomando nosso assunto, após concluirem que a equação seria 'quanto mais antioxidantes, menos radicais livres', cientistas de algumas instituições foram para o laboratório experimentar. O grupo de antioxidantes mais estudado foi: vitamina C, vitamina E e betacaroteno, ou pró-vitamina A, além dos polifenóis. In vitro o resultado era animador. Entusiasmados, pesquisadores iniciaram, então, a observação em humanos. O número de indivíduos expostos foi bastante significativo e a metodologia escolhida bem criteriosa. Veio a decepção... Os antioxidantes não se comportaram conforme o esperado e, em certos casos, acontecia o contrário: ao invés de protegerem, tornaram-se tóxicos. À exceção da vitamina E, que mostrou algum efeito em relação a problemas cardiovasculares, as demais substâncias não apresentaram resultado significativo. E mesmo a vitamina E podia aumentar o risco de insuficiência cardíaca, o que parecia uma incoerência. Explico: existem oito formas diferentes dessa vitamina na natureza, mas nosso organismo utiliza apenas uma elas, chamada alfa-tocoferol, que é extraído da corrente sanguínea por uma proteína altamente especializada, presente no fígado. Além disso, sabe-se que todas as substâncias interagem, umas com as outras, em nosso organismo para serem absorvidas eficientemente, ou seja, são interdependentes.
A essa altura, milhares de pessoas no mundo inteiro estavam tomando suplementos sem qualquer critério, como sempre ocorre quando sai uma notícia bombástica sobre algo que promete milagres. Por essa razão, a ciência precisou - e ainda precisa - refazer o caminho da pesquisa, estudar mais. Algo de muito bom, no entanto, resultou disso tudo: hoje sabemos que uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras não é substituível pela ingestão de suplementos vitamínicos.
Faz sentido. De nada adianta ingerir substâncias sintéticas se continuamos a nos alimentar de forma errada, combinando mal os alimentos, usando 'falta de tempo' como desculpa para a preguiça de escolher, e mesmo preparar, um alimento saudável, vivo. Nosso paladar anda viciado em sabores artificiais e somos dependentes de tudo que é ruim para nosso corpo. Calma! Estou generalizando...
Conclusão: até que se tenha mais conhecimento a respeito, nada de tomar suplementos por conta própria, a menos que se tenha alguma deficiência, o que só um médico, a partir de testes laboratoriais, pode determinar e prescrever.
E os indivíduos que apresentam uma qualidade de saúde a partir da ingestão de determinados alimentos? Bingo! Nosso organismo assimila melhor aquilo que ingerimos em seu estado natural, minimamente processado. Assim sendo, a ordem do dia é: muita cor e variedade no prato e muito prazer à mesa. Vamos combinar que, cá na nossa maravilhosa terra brasilis, com a imensa diversidade de sabores que a natureza-mãe nos oferece, fica fácil mudar de rumo e viver melhor.
Saúde! E mais uma vez, boa Páscoa!